sexta-feira, 24 de julho de 2015

Via Claudia Augusta - 8º dia - Pfunds (Áustria) a Merano (Itália) - 19/06/2015

Hoje é o 8º dia na Via Claudia Augusta, 14º de pedal geral.
Estadia em Pfunds (Áustria):

Pension Fuchs - Stuben (Mardummelweg), 438 - tel. +43-5474-5452 - Custo de 55 euros com um bom café da manhã. Não tem restaurante. Quarto bom, limpo, cama confortável. Gente simpática. Só tem um problema: não há como prender a ducha em algum lugar alto, para o banho. Tem que segurar em uma mão e se lavar com a outra. Complicado. Não recomendamos.
Há uma bela vista a partir da janela do quarto. Vê-se a cidade de Pfunds, com as nuvens bem baixas, encobrindo parcialmente as montanhas:
Na saída, a ponte sobre o rio conduz a mais uma magnífica passagem sob edifício:
De manhã, o piso estava molhado, mas a chuva insistente da noite anterior, que dificultou nossa saída para jantar, havia parado. A paisagem continuava fantástica:
Entramos na Suíça na localidade de Hoch, mas infelizmente aquela tradicional passagem através de uma ponte de madeira apoiada numa torre, localizada no meio do rio, está interditada e tivemos que seguir por um desvio, através da estrada. 
O dia de hoje teve longos trechos em belas ciclovias asfaltadas, pequenos pedaços de caminho com ciclovias de terra e cascalho e muitos quilômetros em estradas junto com os automóveis, com um movimento razoável de veículos.

Se repararem bem, vão notar na foto abaixo, um túnel na lateral da montanha, com um lado vazado. Pois bem, dentro deste túnel são reservados cerca de 1,5 metros de largura para o tráfego de bicicletas, separados da rodovia apenas por uma faixa pintada no asfalto. Passamos por ali, em "alta" velocidade, porque era um declive, embora não muito acentuado e o asfalto, bem lisinho:
Prosseguindo, encontramos mais uma passagem sob edifício, situação inexistente no Brasil, mas relativamente comum na Europa. Esta é a segunda do dia:
O rio continua sendo nosso companheiro quase constante nesta viagem. Hoje, felizmente, estamos indo no mesmo sentido do rio, o que significa um pedal mais suave:
Ao chegarmos à cidade de Martina, voltamos a cruzar a fronteira, entrando mais uma vez na Áustria e concluindo o pequeno trecho de Suíça. Aí enfrentamos uma poderosa subida em zig zag, deixando o rio para trás. Na próxima foto é possível ver três trechos da pista e, lá embaixo, uma madeireira, ao lado da qual passamos antes de começar o aclive:
No alto da montanha, um hotel/restaurante com as bandeiras em homenagem à tríplice fronteira Suíça/Áustria/Itália:
A chegada à cidade de Nauders é marcada por este monumento:
Passamos então pelo Castelo Naudersburg:
A despedida da Áustria, nesta foto romântica, era para deixar saudades...
E a chegada à Itália, com muita alegria. Cruzamos a fronteira às 13:15 h.

 Às vezes, com apenas um gesto, se diz tudo. Vejam o "pedido de desculpas" do ciclista que invadiu a área de foco da nossa câmera. E reparem na sinalização da "ciclabile" italiana, em comparação com a austríaca: no solo e nas placas.
Nesta região (norte) da Itália, fala-se quase que exclusivamente o alemão. O menu dos restaurantes continua apenas nessa língua. As placas de sinalização estão escritas nos dois idiomas. É o Tirol do Sul ou Südtirol. Tudo aqui continua perfeito como na Alemanha ou na Áustria. É como se continuássemos naqueles países. E logo uma visão maravilhosa nos enche os olhos: o Lago Resia ou Reschensee:






As belezas italianas desfilam ante nós uma após a outra. Agora é o Lago della Muta, em São Valentino, a partir do qual se origina o rio Adige, ao lado do qual pedalaremos muito tempo daqui para a frente:

 A ciclovia ao lado do lago é assim:
Hoje, subida radical primeiro e depois, descida idem. Cheguei a pegar 54 km/h com a bicicleta, mas achei melhor ser precavido e freei. Atingia-se, com facilidade, 45 km/h a todo momento. Em Burgusio ou Burgeis, paramos no meio da descida para reabastecer de água nossas caramanholas, nesta fonte:
A Via Claudia Augusta atravessa pelo meio de Burgusio:
Já saindo de Burgusio, de surpresa, passamos por este magnífico castelo:
Numa descida vertiginosa, a água do Agide despenca ladeira abaixo, parecendo que aplicamos um efeito especial na foto:
Ao lado do rio, a bela ciclovia é um convite à velocidade, que aliás, é explorada ao máximo pelos usuários locais. Na Itália, o perfil dos ciclistas muda radicalmente, em função do relevo muito acidentado. Não temos mais os planos da Alemanha e os "bicicleteiros" idosos. Aqui, a quase totalidade dos frequentadores é de jovens, a grande maioria deles treinando, seja individualmente, seja em grupo. 
A proteção de madeira entre a ciclovia e o rio tem sinais de consertos recentes, ratificando o que falamos anteriormente sobre tudo aqui: alta qualidade em todos os aspectos. Tudo bonito, bem arrumado,  nada fora do lugar, asfalto impecável:


As plantações de maçãs se antepõem às montanhas, nas quais as pedras brancas lembram pequenos montes de neve:


Estas pontes de madeira, trabalho artesanal de valor histórico, continuam a enfeitar o caminho:

No quarto do Hotel Edelweiss, em Tel, proximidades de Merano, onde ficamos esta noite, as toalhas de rosto eram arrumadas de forma curiosa, com muito capricho:
 

Quilometragem do dia: 109.

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