sábado, 4 de julho de 2015

Rota Romântica - Romantic Route - Romantische Strasse - Alemanha - 2º dia - Wertheim a Bad Mergentheim

Estadia em Wertheim:
Hotel Garni Löwensteiner Hof - Bahnhofstrasse, 11 - Tel. +49-9342-1259 - Quarto duplo: 62 euros, com café da manhã.

A palavra "garni" nos nomes dos hotéis, significa "econômico".
Levantamos um pouco mais tarde, por termos ido dormir depois da meia noite no dia anterior. Dia ensolarado.
Após o café, fomos procurar o posto de informações (que, aliás, está presente em todas as cidades da rota), para nos orientarmos com relação à saída. Abastecemo-nos de água e partimos, por vota de 10:30 h.
Destino de hoje: Bad Mergentheim. Previsão de quilometragem: 49.
Não passamos por nada interessante para fotografarmos na saída. Acabamos ficando com o adeus ao rio Main:

As trilhas hoje, durante a maior parte do tempo, eram asfaltadas e muito bem cuidadas, como são, frise-se, em toda a Alemanha. 
Muito frequentadas, o movimento era intenso. Casais, famílias com crianças, idosos, enfim, todo tipo de gente. 
Quando paramos para tirar uma foto, um ciclista que vinha em sentido contrário, pedalando com seu filho, parou e se ofereceu para batê-la de nós dois juntos. 
Afinal, isto prova que os alemães não são tão frios e indiferentes como se pensa:

Cortamos florestas de um vigoroso verde e atravessamos passagens bucólicas como esta:

Às vezes ao lado da linha do trem, outras ao lado do Rio Tauber, mas sempre por uma pista lisinha. Não há nem ondulações no asfalto. Vi marcas de reformas, que são feitas assim: um sinal em vermelho é feito com pincel em volta do local que precisa ser consertado, em forma de quadrado ou retângulo, dependendo do tamanho. Aí, este quadrado ou retângulo é recortado e o asfalto todo refeito, mas com tal competência que, quando você trafega sobre a emenda, nem percebe. Só se sabe que foi refeito por causa da cor do asfalto novo. Tudo com muita qualidade. E a ciclovia fica assim:

Na foto seguinte dá para ver o rio Tauber ali, bem do ladinho esquerdo:

Almoçamos em Gamburg, em um restaurante com um sistema inédito, ao menos para mim: ele tem dois tipos de carnes e vários de salada. Perguntei: It is self-service? O dono respondeu: Yes. Só que quem serve é ele. Você aponta as saladas e ele vai servindo em um prato. Depois você escolhe a carne e ele corta um pedaço do tamanho que você quiser. E só pesa a carne. A salada tem preço fixo. Gostei:

Por todo o tempo passamos por jardins extremamente bem cuidados, especialmente nas residências, onde se desenvolvem roseiras como esta:



De tempos em tempos há no caminho pontos de descanso com ao menos um banco grande ou que podem ser utilizados para um lanche, contendo lugares para sentar e mesa:

Neste edifício da foto abaixo, em Tauberbischofsheim, funciona um museu. Engraçado é que, neste dia, nossa água tinha acabado e estávamos procurando um lugar para comprar e reabastecer as caramanholas.  Em frente deste museu tem um restaurante e eu entrei. A moça que servia e que estava do lado de fora do restaurante, sentada a uma mesa, com mais algumas pessoas, entrou e me atendeu. Pedi água. E ela disse: lá fora? Não entendi porque, mas tudo bem. Respondi: ok! Saí e fiquei esperando. E ela demorando. Pensei: Puxa! Por que será que está demorando tanto só para pegar uma água? Passados mais alguns instantes apareceu ela com dois copos grandes de água gaseificada, com limãozinho e tudo. Ela estava servindo a água! Paguei, agradeci, transferi as águas para as caramanholas e partimos.

Quando falo dos jardins das casas, não estou brincando ou mentindo. Veja este:

Mais uma evidência do capricho na elaboração dos caminhos. Vejam o tamanho das pedras utilizadas para escorar a terra e o estado impecável da ciclovia, inclusive em termos de limpeza:

As menções à bicicleta estão intensamente presentes ao longo de todo o trajeto. Em Lauda-Königshofen encontramos esta escultura. Mais uma vez, alguém se ofereceu para bater a foto:

Neste dia aconteceu uma coisa interessante. Num determinado momento, haviam duas placas para a continuação do caminho, apontando em direções diferentes. Uma delas, indicando para a frente, mostrava degraus e uma distância de 19 km até o destino. A outra, no mesmo poste sinalizador, mostrava para o lado esquerdo, sem escadas e um quilômetro a mais, ou seja: 20 quilômetros. Na nossa frente havia uma escada, com cerca de 15 degraus, mas que tinha do lado uma rampa estreita, por onde daria para passar uma bicicleta. Pensamos: por causa de um quilômetro só, vamos ficar enfrentando escadas? Ficamos com medo de quantos degraus mais haveria neste caminho mais curto e resolvemos pegar a rota mais longa, que imaginamos tratar-se de outro caminho. Para nossa surpresa, depois de percorrermos uns 500 metros para a esquerda, a sinalização indicava uma curva de quase 360° e a volta bem ao pé daquela primeira escada. Era só um pequeno desvio e o caminho era o mesmo...
Eram muito frequentes também ao longo da rota, os acampamentos. Mas não eram de barracas e sim de trailers. Tudo muito organizado, com espaço dividido para o estacionamento do carro e do trailer, quando separados, banheiros, loja, enfim, toda estrutura. Este da foto é um deles:

Mesmo tendo parado para almoçar por cerca de duas horas, às 17 já estávamos em Bad Mergentheim. O odômetro marcou 53 km.


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