Estadia
em Wertheim:
Hotel
Garni Löwensteiner Hof - Bahnhofstrasse, 11 - Tel. +49-9342-1259 - Quarto
duplo: 62 euros, com café da manhã.
A
palavra "garni" nos nomes dos hotéis, significa
"econômico".
Levantamos
um pouco mais tarde, por termos ido dormir depois da meia noite no dia
anterior. Dia ensolarado.
Após
o café, fomos procurar o posto de informações (que, aliás, está presente em todas
as cidades da rota), para nos orientarmos com relação à saída. Abastecemo-nos de água e
partimos, por vota de 10:30 h.
Destino
de hoje: Bad Mergentheim. Previsão de quilometragem: 49.
Não
passamos por nada interessante para fotografarmos na saída. Acabamos ficando com o adeus
ao rio Main:
As
trilhas hoje, durante a maior parte do tempo, eram asfaltadas e muito bem
cuidadas, como são, frise-se, em toda a Alemanha.
Muito frequentadas, o
movimento era intenso. Casais, famílias com crianças, idosos, enfim, todo tipo
de gente.
Quando paramos para tirar uma foto, um ciclista que vinha em sentido contrário, pedalando com seu filho, parou e se ofereceu para batê-la de nós dois
juntos.
Afinal, isto prova que os alemães não são tão frios e indiferentes como
se pensa:
Cortamos
florestas de um vigoroso verde e atravessamos passagens bucólicas como esta:
Às
vezes ao lado da linha do trem, outras ao lado do Rio Tauber, mas sempre por
uma pista lisinha. Não há nem ondulações no asfalto. Vi marcas de reformas, que
são feitas assim: um sinal em vermelho é feito com pincel em volta do local que
precisa ser consertado, em forma de quadrado ou retângulo, dependendo do
tamanho. Aí, este quadrado ou retângulo é recortado e o asfalto todo refeito,
mas com tal competência que, quando você trafega sobre a emenda, nem percebe. Só
se sabe que foi refeito por causa da cor do asfalto novo. Tudo com muita
qualidade. E a ciclovia fica assim:
Na
foto seguinte dá para ver o rio Tauber ali, bem do ladinho esquerdo:
Almoçamos
em Gamburg, em um restaurante com um sistema inédito, ao menos para mim: ele
tem dois tipos de carnes e vários de salada. Perguntei: It is self-service? O
dono respondeu: Yes. Só que quem serve é ele. Você aponta as saladas e ele vai
servindo em um prato. Depois você escolhe a carne e ele corta um pedaço do
tamanho que você quiser. E só pesa a carne. A salada tem preço fixo. Gostei:
Por
todo o tempo passamos por jardins extremamente bem cuidados, especialmente nas
residências, onde se desenvolvem roseiras como esta:
De
tempos em tempos há no caminho pontos de descanso com ao menos um banco grande
ou que podem ser utilizados para um lanche, contendo lugares para sentar e
mesa:
Neste
edifício da foto abaixo, em Tauberbischofsheim, funciona um museu. Engraçado é
que, neste dia, nossa água tinha acabado e estávamos procurando um lugar para
comprar e reabastecer as caramanholas.
Em frente deste museu tem um restaurante e eu entrei. A moça que servia
e que estava do lado de fora do restaurante, sentada a uma mesa, com mais
algumas pessoas, entrou e me atendeu. Pedi água. E ela disse: lá fora? Não
entendi porque, mas tudo bem. Respondi: ok! Saí e fiquei esperando. E ela
demorando. Pensei: Puxa! Por que será que está demorando tanto só para pegar
uma água? Passados mais alguns instantes apareceu ela com dois copos grandes de
água gaseificada, com limãozinho e tudo. Ela estava servindo a água! Paguei,
agradeci, transferi as águas para as caramanholas e partimos.
Quando
falo dos jardins das casas, não estou brincando ou mentindo. Veja este:
Mais
uma evidência do capricho na elaboração dos caminhos. Vejam o tamanho das
pedras utilizadas para escorar a terra e o estado impecável da ciclovia,
inclusive em termos de limpeza:
As
menções à bicicleta estão intensamente presentes ao longo de todo o trajeto. Em
Lauda-Königshofen encontramos esta escultura. Mais uma vez, alguém se ofereceu
para bater a foto:
Neste
dia aconteceu uma coisa interessante. Num determinado momento, haviam duas
placas para a continuação do caminho, apontando em direções diferentes. Uma
delas, indicando para a frente, mostrava degraus e uma distância de 19 km até o
destino. A outra, no mesmo poste sinalizador, mostrava para o lado esquerdo,
sem escadas e um quilômetro a mais, ou seja: 20 quilômetros. Na nossa frente
havia uma escada, com cerca de 15 degraus, mas que tinha do lado uma rampa
estreita, por onde daria para passar uma bicicleta. Pensamos: por causa de um
quilômetro só, vamos ficar enfrentando escadas? Ficamos com medo de quantos
degraus mais haveria neste caminho mais curto e resolvemos pegar a rota mais
longa, que imaginamos tratar-se de outro caminho. Para nossa surpresa, depois
de percorrermos uns 500 metros para a esquerda, a sinalização indicava uma
curva de quase 360° e a volta bem ao pé daquela primeira escada. Era só um pequeno desvio e o caminho era o mesmo...
Eram
muito frequentes também ao longo da rota, os acampamentos. Mas não eram de
barracas e sim de trailers. Tudo muito organizado, com espaço dividido para o
estacionamento do carro e do trailer, quando separados, banheiros, loja, enfim,
toda estrutura. Este da foto é um deles:
Mesmo
tendo parado para almoçar por cerca de duas horas, às 17 já estávamos em Bad
Mergentheim. O odômetro marcou 53 km.
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