segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Caminho de Aparecida - Bairro Gomeral (Guaratinguetá) a Aparecida - 8ª e última etapa - 06/08/2022

Bairro Gomeral (Pousada Santa Maria da Serra - município de Guaratinguetá) a Aparecida (Hotel Maria da Fé) via descida de Pedrinhas

A Pousada Santa Maria da Serra está localizada em um prédio grande, construído para este fim específico e tem, na sua área de lazer, um açude. Nesse dia em que pernoitamos lá, estava hospedado também um grupo grande de pessoas que fazia treinamento a pé para competições dessa natureza. Haviam pessoas que tinham vindo de várias localidades diferentes, para participar do evento promovido por uma empresa que reunia treinadores e participantes. Tanto na véspera, quanto no café da manhã, o papo foi muito descontraído e divertido.

Na saída, um registro do local com uma participante do treinamento: 

Iríamos, finalmente, conhecer a famosa descida de Pedrinhas, pela qual nunca havíamos passado em nossas múltiplas viagens pelo  Caminho da Fé. 
De início, já percebemos que a via recebe inúmeros imóveis destinados ao turismo, tais como pousadas, restaurantes e estabelecimentos afins. 
A perspectiva de atravessar um denso nevoeiro surpreendentemente avistado à frente, tornava a aventura mais instigante, emocionante: 



As pedras, que durante muito tempo ouvíamos falar sobre a dificuldade de pedalar que provocavam, tiveram seu efeito bastante minimizado pela passagem de motoniveladoras e era possível descer sem grandes riscos: 

Os sinais do nevoeiro já estavam começando a se fazer sentir, quando chegamos a uma passagem onde foi erguida uma pequena e bela capela: 

Se, por uma lado, o nevoeiro impedia a visão de longo alcance, por outro nos proporcionava uma inusitada sensação de prazer, ao atravessar a neblina que se intensificava: 






Placas motivadoras também não faltam: 

À uma certa distância, só era possível visualizar o vulto: 

O trecho é muito movimentado por ciclistas, sejam os que estão, como nós, no Caminho de Aparecida, sejam os do Caminho da Fé e ainda muitos outros, da região, que vêm aqui só para treinar ou se divertir. O tráfego é intenso nos dois sentidos. Também tivemos movimento de motociclistas e automóveis, embora em menor escala: 
Uma clareada e deu prá ver flores roxas, no detalhe: 

Uma hora e meia depois da partida de manhã, paramos em um ponto de encontro: uma cafeteria com muita gente fazendo seu desjejum ou simplesmente parando para um papo legal e uma forrada no estômago: 
Vinte minutos depois largamos para a etapa final, continuando nosso pedal pela estrada, agora alternando trechos de descidas com planos e alguns raros pequenos aclives. O nevoeiro perdia força:


Passamos pela entrada de Potim e os pontos de agito à beira da estrada se intensificavam: bares, restaurantes, pessoas aglomeradas, residências. Algumas se caracterizavam apropriadamente para chamar a atenção: 

Às 14 horas passamos por um monumento representando uma tradicional crença dos católicos, na origem da Senhora de Aparecida: o Milagre da Pesca. 
Pouco mais de 10 minutos depois cruzamos o portal de entrada da cidade, onde um monumento homenageia os visitantes: 

Mais 5 minutos de cuidadoso trânsito ao lado dos veículos automotores e atingimos nosso objetivo: 





Ficamos, em Aparecida, no excelente Hotel Maria da Fé. Quarto ótimo, excepcional café da manhã, com reposição imediata de tudo que estivesse próximo de faltar, pessoal educadíssimo e super atencioso. Recomendamos fortemente. Custo de R$ 160,00, que vale muito a pena, no nosso entendimento. Há restaurantes nas proximidades, não fica longe da rodoviária, nem dos principais atrativos da cidade, inclusive turísticos e religiosos.
Pedalamos hoje 36,1 km e a altimetria ficou apenas em 238 m. Podemos resumir este caminho como muito agradável, bem sinalizado e perfeito para o cicloturismo. Voltaremos oportunamente para percorrer outros ramais. 

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Caminho de Aparecida - 7a. etapa - Do Bairro do Charco à Pousada Santa Maria da Serra - 05/08/2022

Bairro do Charco ao Gomeral (Guaratinguetá - Pousada Santa Maria da Serra)

Quando saímos eram mais de 9 e meia da manhã, ficamos curtindo ao máximo a experiência do Chalé da Suzi: 


Placa indicativa do caminho a seguir, na saída do Charco: 

Três minutos depois, o caminho oferece duas opções. Seguir pelo Horto de Campos do Jordão, com aumento de 15 km na extensão, ou ir pela Trilha dos Carneiros. Optamos pela segunda alternativa, queríamos conhecer a famosa trilha. 

A estrada de terra, recortada no solo, nos conduz em direção às montanhas, mostrando um céu totalmente azul, sem nuvens. 

Logo surgem as primeiras árvores e começamos a penetrar a floresta. 


A vegetação fica mais densa e espetacular. A estrada vai se afunilando, até se tornar uma trilha.

Assim são os 3 primeiros quilômetros. São caminhos simples, exigindo cuidados com barrancos, pedras, erosão, buracos, raízes altas, etc., mas, embora exigente, o pedal é muito divertido.








A partir do km 3, há uma série de 4 subidas bem íngremes. A placa de sinalização ali colocada é totalmente didática e esclarecedora. 

As duas primeiras são trilhos em meio ao pasto, com trechos de alta inclinação e com pedras. Pesado mesmo para empurrar a bicicleta com alforje e bolsa de guidão, cujo peso acredito que  chegue a uns 20 kg. Olhando de baixo para cima ou de cima para baixo, sempre a impressão do forte aclive:


Entre uma subida e outra, trechos planos em meio às árvores. No primeiro, paramos para descansar um pouco e fazer um lanche. 

Não tenho dúvidas de que este seja o caminho mais lindo e emocionante que eu já tenha percorrido de bicicleta! 




Depois da segunda subida, há no alto uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, na divisa dos estados de Minas e São Paulo. 

Eis a visão da paisagem, neste ponto da montanha, com o vento refrescante amenizando a ardência do sol causticante: 
Até esse ponto, como pudemos ver, a trilha é bem rústica e sem trato, em meio à exuberante natureza. A partir dali, o dono da propriedade permitiu e foi passada máquina, alargando a trilha e tornando-a mais palatável. 
Alguns trechos planos no alto do morro, têm o solo constituído de uma terra esbranquiçada.
As descidas exigem muita atenção, por causa dos buracos provocados pela erosão das chuvas.
Curiosamente, além das pedras, neste trecho há uma quantidade enorme de marcas de cavalos. Então, chegamos à terceira das quatro subidas e, mais uma vez, para nós, só empurrando, morro acima:


O entorno continua lindo e a sinalização eficiente: 





Antes de começar a última das 4 subidas, a passagem por uma casa abandonada: 



Ao final dela, chegamos a uma outra estrada, na qual viramos à direita, seguindo a sinalização: 
E assim vamos, agora com descidas e subidas suaves, intermediadas por planos agradáveis: 



E mais uma das nossas tradicionais "janelas do céu": 
Há passagens com o mato bem seco nos pastos, embora haja outras com o verde se sobressaindo: 

A água da chuva se acumulou em uma baixada e o resultado é um barrão meio complicado de atravessar:
Um regato de águas cristalinas correndo mansamente sobre algas: 
Um portão fechado em Carneiros assusta de início: _ Epa, como é que vamos passar? Mas, ao nos aproximarmos, vemos que o portão está destrancado e há instruções para atravessar. Inclusive, caso esteja trancado, na orientação diz para chamar os empregados da fazenda, que virão abrir. 
Dali o caminho continua por uma estrada rural de boa qualidade: 
 
Meia hora de pedal depois, 
pouco antes de chegar à pousada, encontramos as marcas do Caminho da Fé.
Chegamos às 14:20 h. Almoçamos sanduíches. O quarto que ficamos é apertado, tem só um criado mudo para suporte da bagagem. O armário não se presta ao uso, tem espaço apenas para os cobertores. O colchão e o banheiro são bons, assim como o chuveiro. Tem suportes para coisas no banheiro. Custo de R$ 250,00 o casal, com café da manhã.
Hoje foram apenas 17,3 km, mas aproveitamos todo o tempo para curtir o magnífico percurso e degustar cada metro com grande prazer. A altimetria chegou a 675 m.