domingo, 19 de junho de 2022

Estrada Real - Caminho Velho - Entre Rios de Minas a Casa Grande - 12/04/2022 - 6ª etapa

Entre Rios de Minas/Camapuã de Cima/Serra de Camapuã/Casa Grande

Na saída, às 8:45 h da manhã, com a lembrança de Dª Maria de Lourdes, fizemos a foto de despedida: 

Logo à frente, dois senhores sentados em banco da praça, defronte à estátua que homenageia o soldado Geraldo Baeta da Cruz, morto aos 28 anos na batalha de Montese, na Itália, na 2ª guerra, gostaram de ser fotografados e fizeram pose: 
Belas rosas, plantas ornamentais e uma frondosa árvore completam o harmonioso jardim: 
Como já disse na postagem anterior, Entre Rios de Minas é uma bela cidade, que chama a atenção pela limpeza das ruas, inexistência de lixo espalhado, jardins bem cuidados, ausência de pichações e povo bem humorado. 
Prosseguimos, chegando aos limites da cidade, encontrando mais uma comprovação disso: a Igreja de Santa Efigênia, com pintura perfeita, um caprichado jardim e uma sequência de palmeiras imperiais formando um quadro digno de um postal: 

Prosseguindo, o portal da cidade agradecia a visita e, embora não estivesse escrito, parecia desejar boa viagem: 
Ao chegar à estrada, mais uma estátua, simbolizando a raça equestre campolina, que tem origem em Entre Rios de Minas, cujo nome é uma homenagem ao seu criador, Cassiano Campolina. Trata-se, segundo consta, da raça de cavalos mais altos do Brasil: 

Daí, seguimos à direita, pela MG-383: 

Após 1,7 km, um marco à beira do asfalto nos direciona para uma estrada de terra à esquerda, pela qual seguimos. Depois disso, é um emaranhado de estradas rurais, bifurcações, finais de vias, muito cascalho e pedras soltas, descidas muito técnicas e subidas íngremes e até alguns planos. Felizmente, a boa sinalização da ER no trecho nos manteve no caminho certo: 





Na passagem pela localidade chamada Belchior ou Camapuã de Cima, o nome bem humorado e criativo de um estabelecimento chamou a atenção: 
Um lugar de povo hospitaleiro que, mesmo diante de desconhecidos, não fecha suas portas e nos recebe com alegria, ofertando-nos com prazer a preciosa água que já tinha secado em nossas reservas: 
Soraya

Soraya, Bruno e Maria Rosa
Mas, não era só a gentileza do povo ou a exuberância da natureza que nos encantavam. Também surpreendiam construções inusitadas, como esta igrejinha e estes muro e galpão erguidos em pedra:  

 
Alguns piquetes às vezes estão encobertos pela vegetação, por isto é necessário estar sempre muito atento e seguir um mapeamento via GPS é muito útil, evitando erros e aborrecimentos. No geral, hoje, trecho muito agradável, pedal prazeroso: 


Os cicloturistas, peregrinos e cavaleiros ganharam há pouco tempo mais um caminho de peregrinação em Minas Gerais. Trata-se do Caminho de São Tiago, que une as cidades de Ouro Preto e São Tiago no interior do estado. São 274 km de extensão, sinalizados com 360 totens como esse: 
Quando bem visíveis, os totens da Estrada Real, solitários e impávidos, indicam silenciosamente a direção a tomar: 
Antes de chegar à Serra do Camapuã, passamos pela Capela dos Olhos D'Água, dedicada a Nossa Senhora da Lapa, cuja construção se iniciou no século XVII e foi concluída no século XVIII. Como tradicionalmente ocorria naquela época, instala-se o cemitério ao lado da igreja: 




Inacreditavelmente, de 12:04 h, quando saímos dessa capela, até 13:59 h, quando chegamos a Casa Grande, só registramos uma única passagem agradável aos olhos (abaixo). Lamentavelmente, atravessamos o Distrito de Serra do Camapuã sem tirar nenhuma foto e faço aqui o 'mea culpa' por isso. 
Em Casa Grande, reabastecemos nossas reservas de água na Rodoviária, onde é disponibilizada água potável bem fresca, provavelmente originada em alguma mina nas redondezas: 
Infelizmente não há restaurantes na cidade. Há uma padaria, uma "venda" onde se pode obter sanduíches e frutas e o Bar e Lanchonete do Negão. Na venda, conseguimos sanduíches com um incrível recheio de pastel, que estava uma verdadeira delícia. Ou será que era a fome!? 
Há duas pousadas na cidade, a da Dª Irene, na rua principal, que alegou estar lotada e a da Dª Madalena, que fica na entrada da cidade e que nos foi indicada pelo Marcelo, da Casa da Cultura local, a quem nos dirigimos em busca de informações. O Marcelo gentilmente ligou para a Dª Madalena, que não se encontrava em Casa Grande e que estava em uma consulta médica em Conselheiro Lafaiete, salvo engano. Dª Madalena disse que tinha vaga, sim, que voltaria mais tarde e poderia nos receber.
Assim, sentamo-nos em bancos defronte à "venda", onde ficamos batendo um divertido papo com moradores. Um deles era motorista do veículo escolar, ciclista também e protagonista de muitas histórias. Nem vimos o tempo passar! À tardinha fomos para a Pousada Casa Grande, um casarão muito bem arrumado, com quartos muito confortáveis, ao custo de R$ 200,00 o casal, incluído o café da manhã. Telefone 31-98389-7151. Dª Madalena só recebe viajantes da ER, com raras exceções. Mais tarde um pouco, chegaram mais três ciclo viajantes, que também estavam fazendo a ER: Amanda (@atracao.consciente, no Instagram), Rodrigo (@rosukam) e Ulysses (@ulyssesribas). 
Quilometragem do dia: 31,9 km. 

terça-feira, 14 de junho de 2022

Estrada Real - Caminho Velho - Pequeri a Entre Rio de Minas - 11/04/2022 - 5ª etapa

Pequeri/São Brás do Suaçuí/Entre Rio de Minas

A saída de Pequeri é feita à direita, na MG-155, pelo asfalto. Pouco mais de 1 km depois, vertemos à direita, no Distrito de Pequeri: 

No pequeno aglomerado urbano, que é constituído praticamente  de uma única rua, logo viramos à esquerda, em acentuado aclive, atravessando o povoado de ponta a ponta. Ao olhar para trás, do alto da cidade, esta é a visão: 
Em continuidade, saindo do asfalto para uma agradável via de terra, permanecemos subindo, ao lado de uma sequência de pinheiros, tendo do outro lado um condomínio de chácaras: 
Ato contínuo, atravessamos por uma porteira e adentramos em uma densa floresta, daquelas que fazem a gente esquecer dor nas pernas, cansaço, lamentações, para nos embevecer com a beleza da natureza e o frescor da sombra, agradecendo a vida por permitir-nos desfrutar desses momentos: 


Tudo perfeito? Nem tudo. Como o sol não atinge o solo em razão da vegetação, uma parte em que a água da chuva se acumula estava alagada: 
Prosseguindo em declive pela estradinha agradável, chegamos a uma parte com vegetação mais baixa, maior claridade, porém com inclinação mais acentuada, erosão e pedras, exigindo cuidado redobrado na descida: 



E, por pouco tempo, o caminho volta a ficar bom, para chegar ao final do trecho com uma pedreira indigesta: 

A vereda termina em uma ponte, ao lado da via asfaltada, para logo mergulhar novamente em uma estradinha rural: 


Mas o novo trecho se revela muito bom, de piso bastante propício ao pedal e por meia hora, pedalamos entre fazendas por uma estrada assim: 
Então chegamos à periferia de São Brás do Suaçuí, pedalando ao lado de prédios abandonados que não foram concluídos. Seguimos por uma rua de terra paralela à estrada asfaltada e, após um trevo, chegamos à sede do município. Uma bela cidade de ruas largas e limpas e com aspecto agradável: 




Em São Brás reabastecemo-nos de água e frutas e continuamos o pedal. O caminho continuava agradável e a gente subia e descia, seguindo a boa sinalização e curtindo o visual: 





Quase todas as descidas são bem técnicas, com pedras soltas e cascalhos ou pedriscos, além daquelas ondulações provocadas pelas águas das chuvas, costumeiramente chamadas costelas de vaca. 

Estadia em Entre Rios de Minas na Pousada das Pedras, da Dª Maria de Lourdes. Telefone 31-99901-2208. Custo de R$ 170,00 por casal, com café da manhã. 
Quilometragem do dia: 32,9 km.