sábado, 2 de setembro de 2023

Caminho de Nhá Chica - 6ª Etapa - Heliodora a Conceição das Pedras - 10/06/2023

Heliodora/Natércia/Conceição das Pedras

Na saída, após um maravilhoso café da manhã e um papo muito divertido com os proprietários e outros hóspedes, fizemos registros do local, com as pessoas: 


Para retomar o caminho, voltamos em direção à cidade e viramos à direita, em uma rua com forte aclive. No alto, mais uma virada à direita, chegando rapidamente à estrada de terra, onde a sinalização não deixava margem a dúvidas: 
Em dois momentos distintos, o primeiro mais próximo, o seguinte mais longe, observamos a cidade que ficava para trás e vislumbramos um belo panorama: 

A estrada, recém aplainada, é boa e nos conduzia montanha acima, com recortes na terra e cobertura vegetal proporcionando uma sombra refrescante: 
Frases ou palavras motivadoras são estrategicamente dispostas pelo caminho, para incentivar os viajantes: 
A paisagem encantadora concorria para um pedal muito agradável, até quando atravessávamos lavouras de café, que exibiam um verde exuberante, revelando a perceptível saúde das plantas, mesmo aos olhos leigos: 

Do alto da montanha, avistamos uma parte da cidade de Natércia, passagem para o nosso próximo destino: 

Em pouco mais de 10 minutos chegamos à entrada da cidade, que já se chamou Santa Catarina. Uma homenagem à padroeira se ergue altaneira sobre os passantes: 
A praça central de Natércia (cerca de 5 mil habitantes) é também muito bonita e bem cuidada. Aliás, tenho que deixar aqui um elogio às administrações da maioria das pequenas cidades mineiras por onde temos passado. Sempre limpas, ordeiras, ajardinadas, floridas: 
Dali prosseguimos, descendo em direção ao bairro rural de Varginha e ao encontro dos meandros do rio Turvo: 



A atração seguinte do caminho é surpreendente e maravilhosa: uma belíssima cachoeira chamada "da Usina", que se descortina ante nossos olhos já de uma razoável distância e que vai se apresentando cada vez mais espetacular, à medida que vamos nos aproximando: 


Depois da cachoeira, a subida não é das mais íngremes e em pouco mais de 15 minutos já estamos desfrutando da sombra e da boa estrada no alto do pequeno monte: 
De passagem ao lado de áreas de plantações, alguns mamoeiros chamavam a atenção pela fartura de frutos: 
E às 14:50 h (saímos de Heliodora logo depois das 10 da manhã), cruzávamos o portal de Conceição das Pedras. 
Pose na praça central defronte à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição: 
Também na praça central, um quadro expõe e sugere o percurso de trilhas da região: 
Ficamos em Conceição das Pedras na Pousada Por do Sol, da Dona Fiinha, localizada atrás de um posto de gasolina. O alto custo foi de R$160,00, sem café da manhã. Basta comparar com a Pousada Espora de Prata, em Heliodora, que custou R$140,00 com um lauto desjejum, composto de frutas, pães, cereais, sucos, café, leite, chá, bolos e confeitos diversos, tudo muito saboroso. Entretanto, o quarto tem um bom tamanho, banheiro privativo e alguns problemas. A pia do banheiro vaza água, o cano está furado. O vaso sanitário fica quase embaixo do chuveiro. A cortina que "veda" a janela do quarto não cobre toda a extensão. Ao amanhecer, o sol e a claridade invadem o quarto, assim como olhares curiosos de pessoas do lado de fora. O colchão é bom e havia bastantes cobertores.
A quilometragem do dia foi de 23,8 km, com 895 m altimetria. 

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Caminho de Nhá Chica - 5ª Etapa - Silvianópolis/Careaçu/Heliodora - 09/06/2023

Há, na saída de Silvianópolis, uma ampla área com calçada para caminhadas, arborizada, cuja parte central é um lago, formado pelo acúmulo de água em antigas cavas de mineração aurífera, de razoável tamanho e beleza inquestionável: 


Logo que passamos o lago, deparamo-nos com um monumento à memória de Nhá Chica, com amplas referências à beata, digna representante da fé cristã:

Já no alto da pequena serra, ao olhar para trás, vislumbra-se Silvianópolis, com a exuberante cadeia de montanhas ao fundo e o Lago dos Bandeirantes em primeiro plano: 
O trecho de hoje, mais uma vez, é formado por estradas rurais de boa qualidade em sua maioria e, na sequência do caminho, uma roda d'água é atração à beira da estrada: 
A sinalização continua de boa qualidade, clara e bem localizada, além de bem vindas placas de alerta aos raros motoristas: 


Em Minas, as situações que propiciam janelas do céu são muito frequentes, devido ao perfil montanhoso: 

E as capelas também constituem presenças constantes em todos os trechos, mesmo em áreas rurais: 

Vejam registros que atestam a boa qualidade da estrada e o aspecto agradável do pedal: 








Passagem por canalização de água para irrigação, elevada de forma bem rústica, sobre a estrada:
Pouco depois das 11 horas chegamos a Careaçu e paramos para almoçar em um bar e restaurante existente na entrada da cidade, às margens do Rio Sapucaí, chamado Bar da Ponte:

O local tem uma comida gostosa a preço acessível e um bom atendimento. Pedalamos até aqui 22,6 km, com 468 m de altimetria. 
Depois do almoço, retomamos o caminho em direção a Heliodora. Na saída de Careaçu, o cruzamento com a estrada asfaltada é evitado com uma passagem sob a rodovia: 
A seguir, atravessamos uma propriedade particular, com direito a porteiras e uma estradinha espremida entre cercas de arame:
Há passagens entre o gado, mas sem sustos. Parecem estar acostumados à presença humana e não fogem, olham-nos com indiferença, talvez com curiosidade. E as porteiras de arame farpado ou tronqueiras também se fazem presente. Neste trecho há 5 delas em seguida, separando pequenas áreas de pastoreio: 

O momento máximo desse pedaço do caminho foi a ilustre aparição de um gavião do peito branco, majestosamente instalado no galho de uma árvore que, sem se incomodar com nossa presença, possibilitou-nos várias fotos em busca do melhor ângulo: 
A passagem é muito pouco utilizada, a não ser pelo gado e pode-se notar isso pela ausência de marcas e o matinho crescendo no leito da estrada: 


Neste ponto, ao chegarmos na baixada, a sinalização do caminho aponta para uma fazenda, com uma porteira fechada. Há um pequeno charco a atravessar, uma subidinha e a porteira. A impressão que dá, por não haver quaisquer marcas naquela direção, é que aquele caminho não é utilizado. Há uma trilha à direita, cujo caminho apresentava mais sinais de utilização, inclusive com uma tábua rústica colocada sobre a parte mais úmida do brejo. Seguimos por ali e chegamos à beira da estrada asfaltada. Poucos metros adiante, uma estradinha saía à esquerda, subindo em meio a eucaliptos. Enveredamos por ali e ao chegar na direção da fazenda citada acima, havia um senhor que nos disse que poderíamos ter atravessado a fazenda, sem problemas. A estrada virava à direita e por ali prosseguimos. 
O pedal segue pela área rural e cerca de 20 minutos depois atravessávamos pela estrada em meio a dois pequenos reservatórios de água: 
Dali em diante o caminho segue a metade do trecho a pequena distância do Rio Turvo, estando este à direita e à esquerda as montanhas. Trata-se de um dos pedaços mais bonitos do percurso, por causa desse posicionamento, tendo o rio de um lado e a montanha do outro. Há travessia de mata e ampla cobertura vegetal nas margens da estrada, propiciando uma sombra refrescante: 
A organização do caminho desenvolve um esforço constante para incentivar o viajante que o percorre. Placas como a da foto abaixo posicionam o ciclista ou peregrino sobre o local onde está e o encorajam a prosseguir e a viver uma vida plena: 
O caminho segue agradável e na hora subsequente continuamos avançando por boas estradas rurais, muitas vezes à sombra da vegetação que às vezes é natural, outras plantada pela mão humana: 


Chegamos então ao asfalto e após pedalar um pequeno trecho por esta estrada, sem acostamento, chegamos a Heliodora: 

Nossa reserva era na Pousada Espora de Prata. Para chegar lá, atravessamos a cidade inteira, passando pelo recinto onde estava sendo realizada uma festa da cidade, com perspectivas de grande movimentação à noite. Passado o núcleo urbano, seguimos ainda talvez aproximadamente 1 km até avistar a entrada da hospedaria. O aspecto da pousada, por ter um grande pátio interno e cocheiras, dá a impressão de ser voltada a cavaleiros, mas ficamos bem instalados, ao lado do local onde é servido o café da manhã que, por sinal, foi o melhor de todo o caminho. O custo da estadia foi de apenas R$140,00, considerando-se o excelente café da manhã. Pedimos o jantar na cidade, com auxílio da proprietária da pousada e desfrutamos uma noite de muito silêncio e descanso merecido. O som da festa na cidade não incomodava. 
Quilometragem do trecho: 24,1 km. Altimetria 397 m.