terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Circuito Nascente do Rio Doce - 4º trecho - Sítio Cantinho do Céu (Ribeirão de Santo Antônio) a Presidente Bernardes - 26/08/2022

Sítio Cantinho do Céu (Ribeirão de Santo Antônio)/Itajuru/Limeira/Presidente Bernardes (Calambau)

A sede do sítio Cantinho do Céu foi construída sobre um platô obtido através do desbaste de um pequeno morro. Ficou lindo, confortável, espetacular. O proprietário, o Roberto, é fã de cavalgadas e já percorreu o Circuito Nascente do Rio Doce a cavalo. Ou melhor, de mula. Ele tem exemplares sob seus cuidados, aos quais dispensa muito carinho e atenção. Tem também alguns bezerros: 




Saindo do sítio, voltamos à estrada asfaltada LMG-840 pela qual chegamos, sentido Presidente Bernardes, virando à esquerda. O percurso aproveita 6 km dessa via. É um trecho caprichado, com árvores e flores à beira da pista:



É quase impossível ficar indiferente a um ipê amarelo, às margens do Rio Santo Antônio, de águas transparentes: 
Fazendas grandes e muito bem arrumadas, com cercas brancas de madeira e sedes coloridas, se destacam na continuação do caminho, além do asfalto novo: 

Logo após uma ponte, quando a continuação da estrada tem uma bifurcação no alto e ela sobe ao lado de uma casa com cerca de madeira também pintada de branco, tem que virar à esquerda, na porteira. O marco do caminho está bem visível, porém como a gente vem no embalo para a subida, acabamos não vendo a sinalização. O trecho de terra que vem a seguir é bastante agradável. Nota-se que o proprietário plantou abacateiros à beira da estrada, atitude que, particularmente, considero de muito bom gosto: 


Na propriedade Recanto do Sol, ao chegar à porteira, a sinalização foi colocada de costas para o viajante que está fazendo o percurso no sentido que estivemos. Tem que virar à esquerda na bifurcação. 
Seguimos subindo uns 7 minutos depois: 
Então passamos por uma casa de lazer muito bonita, parecendo construção nova. A gente fica pensando se lugares assim aderissem ao caminho, para receber viajantes. Convidativo, não?
Mais 3 minutos de pedal e chegamos a um trecho calçado com placas sextavadas de cimento. O mirante da Fazenda Bela Vista: 
A fazenda recebe para hospedagem e se trata de um lugar espetacular, que ainda está passando por obras no sentido de melhorar as ofertas de lazer: 





O Xopotó está logo ali. Sereno, silencioso... E já encorpado:

Dali, seguindo a sinalização, passamos ao lado de uma moita de bambu gigante, em direção à porteira: 
Após passar para o outro lado, enfrentamos uma pequena subida. Mais adiante, seguimos ao lado de um pequeno reservatório de água: 
E fomos avançando, ora sob o sol, ora aproveitando o frescor da sombra de nuvens ou árvores e sempre acompanhando o Xopotó: 



Aliás, não demorou muito e cruzamos o Xopotó. É muito prazeroso estar por aqui e poder curtir ao vivo o rio. É notável a reverência que os nativos demonstram orgulhosamente ao se referirem aos seus belos rios. 

Passamos quietinhos pela escola para não distrair as crianças: 
Registramos esta ponte pênsil, mas não tivemos coragem de testá-la: 
Uma travessia em meio a um rebanho de vacas (sem redundância, porque poderia ser de ovelhas....) que, entretanto, permaneceu bastante sossegado, ruminando e olhando com indiferença para nós: 
As estradas rurais são muito boas por aqui. Vamos pedalando com tranquilidade e avançando em direção ao objetivo do dia. Nossos percursos diários são relativamente curtos, por isso não há estresse, só curtição: 







Nossa água acabou. Felizmente, a gente sempre encontra pessoas boas, sempre dispostas a nos ajudar. Neste sítio, foram o Sr. Antônio e Dona Efigênia que nos salvaram: 
Um cata-vento gigante, outro menor e uma imagem que revelam o perfil lúdico e o caráter cristão do morador: 
Chegamos quase duas da tarde a Presidente Bernardes. No Bistrô Pelo Mundo a Fora, perguntamos se ainda seria possível almoçar. Após resposta afirmativa, sentamo-nos para comer, sem nem imaginar qual seria o almoço. 


Para nossa muito agradável surpresa, fomos servidos com uma maravilhosa feijoada. Detalhes: o feijão era tão gostoso, que dava vontade ficar comendo-o puro. A couve era crua, picada bem fininha. E os ingredientes muuuuuito saborosos e suculentos. Uma maravilha! Nas paredes, pratos decorativos vindos dos diversos países visitados pelo proprietário, Sérgio, que nasceu em Presidente Bernardes e viveu parte de sua vida no exterior. Ele lembra muito, comportamental e fisicamente, um primo nosso, daí a empatia foi imediata. Logicamente, voltamos à noite para celebrar a nova amizade e curtir os sabores da cozinha: 
Quilometragem do dia: 27,9 km. Altimetria: 644 m.