terça-feira, 23 de setembro de 2014

Circuito Costa Verde e Mar - SC - 6º dia

Quero registrar aqui a péssima passagem que o circuito utiliza para chegar a Bombas. Um morro asfaltado, sem espaço para o ciclista, apenas uma faixa de cerca de 50 cm, que em certos trechos nem existe, cheia de concreto que cai dos caminhões de transporte do produto, secam e deixam o piso intransitável. Um sério risco para a vida dos passantes, pois os veículos passam raspando, sem reduzir a velocidade. O pessoal da organização precisa trabalhar junto aos órgãos públicos para melhorar isso. Do jeito que está, o perigo é muito grande... 
Como resolvemos parar um dia na praia de Bombinhas, dividimos o restante do caminho em dois trechos, a percorrer em dois dias. Mas, vamos mostrar aqui o finalzinho do 5º dia, até a praia de Zimbros e o que seria o 6º dia, de Zimbros até Balneário Camboriú, tudo junto. 
O dia, surpreendentemente, amanheceu brilhante e cheio de sol. No hotel, tivemos a dica de ir para a praia da Sepultura, assim conhecida por ter sido um cemitério indígena. É uma pequena praia que se alcança através de uma passarela de madeira existente no pontal sul da praia de Bombinhas, seguindo, ao final da passarela, por uma rua e depois um caminho bem definido em meio à mata existente à beira mar.
É uma linda praia, onde pode-se alugar cadeiras e guardas-sóis, de águas transparentes e cheia de peixinhos que, acostumados a ganhar guloseimas dos frequentadores, mordiscam nossas pernas se ficarmos parados no meio deles. Não há lanchonetes ou restaurantes no local, apenas bebidas e para comer há a necessidade de ir à praia Retiro dos Padres, relativamente próxima dali.

Iniciando o pedal no dia seguinte, passamos pela praia de Mariscal, que também preserva a vegetação das restingas e tem uma passarela de madeira elevada para conduzir o banhista à beira do mar:

Depois de passar pela praia do Canto Grande, chegamos ao trapiche do bairro de Morrinhos, cuja praia também é espetacular, pela calma e transparência das águas:

E chegamos a Zimbros, que seria o local determinado pelo circuito como fim do 5º dia.
O primeiro e único selfie do caminho: 
Para chegarmos novamente a Porto Belo, tivemos que subir este "morrinho" aí. Garanto que não foi moleza:
O piso era cheio de pedras e a roda girava em falso. O jeito foi empurrar...
Do alto do morro, a vista para a praia de Mariscal era lindíssima:
Em Porto Belo, na praça, há uma placa com o mapa do circuito. Aquele restaurante que aparece lá atrás, o "Panela de Barro", foi o lugar onde almoçamos, com preço por quilo. Do outro lado há uma área verde com mesas que têm cobertura de sapé, onde você pode se sentar depois de servir-se.
Em Porto Belo há um lindo e imponente pier:


Seguindo o caminho chegamos ao bairro do Perequê, onde, numa parada para um café, conhecemos o Pedro, proprietário do posto Abu Dhabi. Ele está preparando o lugar para tornar-se um point no próximo verão e certamente nos seguintes. Já tem hoje uma loja de conveniência, onde pudemos tomar este maravilhoso cafezinho:
Ele está construindo no local uma pista de kart, um boliche, vai instalar mesas de sinuca, um restaurante 24 horas, um piano bar, pista de dança e cafeteria. E tudo fica pronto no próximo mês de novembro, bem a tempo para o verão. Vai bombar, certamente e atrair os turistas e moradores locais. Desejamos ao Pedro a melhor sorte do mundo e voltaremos para outro café, dessa vez com um desenho de bicicleta...

De Porto Belo seguimos caminho com destino a Itapema, desta vez pelo interior, em uma estrada de terra: 

Dormimos em Itapema, na Pousada Terra do Sol, com diária de casal de R$ 90,00, mas sem café da manhã. Os hotéis na cidade são caros. E partimos na manhã seguinte. Embora com mais morrinhos para subir neste último dia, o caminho continua bastante agradável, sempre circundado ora pela mata Atlântica, ora por florestas artificiais.


Na subida de mais um morro, quando registrávamos a visão da praia do Estaleiro, fomos agraciados com o aparecimento de baleias. Estávamos distantes e tentamos várias fotos, sem conseguir captá-las de forma clara. Acreditem, tenho um filminho: eram baleias!

Seguimos pedalando e chegamos à praia do Pinho, a primeira praia oficial de naturismo do Brasil. O local é este, mas não dá para ver a praia...
Na sequência de fotos abaixo, a vista do alto do morro para a praia de Taquaras, de ondas fortes, a ciclovia do lugar e uma passagem entre a vegetação nativa preservada, para chegar à areia e à água:


A vista ao nível da praia, deserta àquela hora de céu encoberto:
Na vegetação da restinga, pés de cacto carregados de frutos:
E uma academia de ginástica ao ar livre, à beira da praia:
Os visuais de praias seguem fantásticos neste recortado e belo litoral catarinense:
E para fechar o dia, um barco "guardado" por garças...
Assim, estamos de volta a Balneário Camboriú, fechando o circuito.
Considero que valeu muito a pena. Teremos que voltar com mais tempo para visitar as opções existentes ao longo de todo o caminho. 
Agradeço a quem teve a paciência de acompanhar. Até o próximo, pessoal...

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Circuito Costa Verde e Mar - SC - 5º dia

Neste quinto dia, segundo o guia, deveríamos, saindo de Camboriú, chegar até a praia de Zimbros, percorrendo a distância de 44 km e subindo três morros bastante íngremes, um deles numa extensão de dois quilômetros. 
Mas, nós já tínhamos um plano: iríamos parar em Bombinhas e passar um dia na praia, embora o tempo estivesse totalmente nublado e houvesse previsão de chuva.
Passamos a noite no Hotel Arco do Sol, pagando a diária de casal de R$ 120,00.
Recomendamos, a quem tiver que almoçar na cidade, o Restaurante da Sogra, a uma quadra do Hotel. Comida ótima e saborosa, por quilo para quem come pouco ou à vontade, por pessoa, pagando R$ 18,00, com sobremesa de cortesia.
A maior parte do caminho hoje, enquanto no interior, é feita por uma estrada de terra, em meio à intensa vegetação. Vários flagrantes que colhemos mostram como foi agradável a pedalada:







Subimos o primeiro morro, o "do Encano" (não há erro, é "Encano" mesmo) e na descida avistamos Itapema:
Chegando à cidade, começamos a perceber o capricho como tudo é cuidado por aqui. Na passagem pelo canal, a criativa passarela chama a atenção:

A pose, sentada na mureta, mostra o interior da passarela e fica parecendo até que nem estamos no Brasil...  
Aliás, como vamos ver mais adiante, a ciclovia de Itapema é a mais "mais" que já pude registrar: bonita, organizada, bem projetada e executada. Coloca a cidade, o estado e o país em um nível muito alto, rivalizando com quaisquer outras e eu digo até superando muitas, até a nível internacional... Um espetáculo!
Chegamos, então à praia. Águas tranquilas, limpa, dava vontade de parar, deitar na areia e mesmo sem sol, permanecer ali, desfrutando o magnífico ar marinho e a serenidade do local.
De fato, só podíamos comemorar o fato de estar aqui, conforme diz a placa:
Valia até dar uma voltinha na praia, só para curtir:
Saindo dali, antes de chegar à bela ciclovia da cidade, passamos por um viaduto que é uma obra de arte:
Chegamos novamente à praia, onde decks de madeira com bancos criam a melhor atmosfera para o "dolce far niente": a contemplação, tendo no rosto a fresca brisa marinha.
E chegamos finalmente à maravilhosa ciclovia. Vejam se não tenho razão de estar embevecido: duas pistas para as bicicletas, canteiro central ajardinado, com iluminação moderna, pista para pedestres à esquerda e mais uma faixa ajardinada para separar da praia. Nada de automóveis. Acham exagero?
Depois de percorrer e curtir a ciclovia de ponta a ponta em Itapema, chegamos a Porto Belo. 
O nome, segundo o guia do caminho, se deve ao fato de que o local é considerado um porto natural, é utilizado com este objetivo há muitos séculos e até hoje é destino de cruzeiros marítimos. 
E amanhã, gente, é dia de praia! Em Bombinhas, onde chegamos hoje e vamos pernoitar. Hotel Bombinhas Palace, diária de casal, com café da manhã, de apenas R$ 80,00. Beleza!
Só uma coisa a lamentar: o Centro de Informação Turística, citado no guia do Circuito, só funciona no verão. Tem a placa na rua indicando o local, mas não existe. Ou seja, nada de selo no guia!