Estadia
em Augsburg:
Hotel
Georgsrast - Georgenstrasse, 31 - Tel. 0821-50-26-10
Quarto
duplo: 53 euros, com café da manhã.
Esta
estadia não foi das melhores. Aliás, foi bem ruim. Apesar de ser um hotel
econômico, teria valido a pena pagar um tanto a mais e ficar em um lugar mais
simpático. Quando chegamos, a porta estava fechada e ninguém atendia à
campainha. Havia uma moça fumando do lado de fora e quando ela entrou, entramos
também. Ela se dispôs a chamar a recepcionista. Que chegou, com uma cara fechada e
não falava inglês. Entregou-nos a chave do apartamento e indicou, quando
inquirida, o porão para guardarmos as bicicletas. E se mandou para dentro.
Coloquei as duas bicicletas lá embaixo, através de uma longa escada em formato
de caracol. Havia um papel com o horário do café da manhã na recepção. Uma hóspede nos
explicou que a chave do quarto abre a porta da frente do hotel que, aliás, fica
nos fundos. Não há porta para a rua, a porta principal do hotel fica voltada
para a área interna, com escada para subir. Enfim, não recomendamos.
Destino
de hoje: Landsberg am Lech, ou mais precisamente Waal, uma pequena cidade
próxima, porque não conseguimos lá um preço razoável para o pernoite. Como
fizemos todas as reservas antecipadamente, acabamos não passando em Landsbeg, o
que, segundo uma senhora com quem conversamos, foi uma pena, pois a cidade é
uma das mais bonitas da Rota. Lamentável. Previsão de quilometragem: 45.
Hoje
tivemos uma boa parte do tempo ciclovias de saibro com pedriscos ou cascalho,
trechos asfaltados, estradas e até single tracks:
Há
muita deficiência na sinalização da Via Claudia Augusta. Em muitos pontos de
dúvida não há placas. Por exemplo: você chega por uma ciclovia que acaba em uma
estrada e aí não tem sinalização. Esquerda ou direita? Parece que a sinalização
é feita para quem conhece o caminho... Ou quem mora aqui e sabe a direção a
tomar. Resultado: erros, pedaladas extras e perda de tempo. As pessoas são
prestativas e tentam ajudar mas em mais de uma vez ensinaram-nos errado. Há a
sinalização com placas e setas verdes, da Rota Romântica e outros caminhos, mas
da Via Claudia, como disse um casal que já fez o caminho e postou na Internet,
"tem que ser ninja para descobrir"...
Mais
um longo trecho ao lado do rio Lech. Houve até um momento em que achamos que
tínhamos andado em círculo e voltado ao mesmo lugar de onde tínhamos saído,
porque chegamos a uma represa exatamente igual à anterior. O que diferenciava é que na primeira havia
uma ponte para os automóveis:
Momento
do lanchinho à sombra, para repor as energias:
Passagem
"mística" do caminho. Esta pequena igreja que encontramos e que
trazia a placa "Assisi Kapelle" (dedicada a São Francisco de Assis), estava
aberta, mas não havia viva alma no local. Entramos e ao tocar na imagem de São
Francisco, uma música sacra tocada em órgão se iniciou e encheu os ares daquele
som característico, transformando a contemplação em momento de pura emoção:
Um
roda d'água colocada em um dos locais que passamos dizia: "Atenção: só
olhar, não tocar":
Nas
proximidades das cidades, as pessoas fazem caminhadas e corridas nas ciclovias, levam
bebês para passear em carrinhos ou andam com seus cães:
E
a história romântica do dia: era 12 de junho, dias dos namorados. Esta senhora
que aparece na foto, Khristine, sai de Landsberg, com seu marido, ambos de bicicleta,
pedalam por 13 quilômetros e vêm à beira do rio Lech, onde há várias mesas de
madeira com bancos. As mesas estão envelhecidas pelo tempo e as chuvas e
intempéries desenvolveram musgos sobre a madeira, que aparenta envelhecimento.
Cobrem a mesa com uma toalha, servem uma garrafa de vinho e o lanche, tudo
trazido na bicicleta. E fazem a sua comemoração em grande estilo. Depois voltam
os 13 km. E disseram que fazem isso frequentemente. Não é lindo?
Quilometragem
do dia: 44 - Total acumulado: 475 km.
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