quarta-feira, 4 de maio de 2022

Estrada Real - Santuário do Caraça - Trilha interna para a Cachoeira Bocaina - 31/03/2022

Trilha para a Cachoeira Bocaina no Santuário do Caraça

O Santuário do Caraça oferece uma gama variada e múltipla de atrações naturais tais como cachoeiras, picos, cursos e tanques de água, ou religiosas, como o Cruzeiro e a Capelinha.

Hoje vamos visitar a Cachoeira da Bocaina e, para isso, vamos passar por outros atrativos naturais que se encontram no caminho, tais como a Prainha, o Bosque do Padre Leite e a Pedra da Paciência. 

A saída, a partir do estacionamento externo do Santuário, é a mesma da Prainha e da Cascatinha: 

Com menos de 1 km de caminhada, chega-se à Prainha, a qual atravessamos por uma ponte de madeira: 

O caminho é muito agradável e a estradinha inicial, pouco explorada, aos poucos vai se tornando uma trilha individual: 

Cerca de 35 minutos depois, novamente mata fechada, sombreada e o "Bosque do Padre Leite": 
Mais 10 minutos e a vegetação fica mais rala, a estradinha mais delineada e podemos apreciar a beleza e suavidade dos "chuveirinhos": 
No horizonte, a efígie que dá nome ao local distingue-se recortando o azul do céu: 
Quase uma hora de caminhada e e chegamos a uma pequena ponte de madeira, onde uma placa referencia a "Trilha do Lobo Guará" e nos mostra que estamos no caminho correto: 
A pedra da Paciência é um grande afloramento rochoso ao nível do solo. Pareceu-me algo comum, fiquei até um pouco decepcionado. Esperava algo que chamasse mais a atenção. A partir daí a trilha se torna realmente individual e só se ouve o farfalhar dos nossos passos roçando os arbustos e capins: 
Deparamo-nos, em seguida, 2 minutos depois, com uma cavidade no solo, no qual se fez uma escada rústica para facilitar a subida e a descida. Quando era criança, este tipo de depressão curta e estreita chamávamos de "valo". Diziam-nos que teriam sido feitos por escravos e eram utilizados em épocas remotas para separar propriedades. 
Mais 10 minutos à frente e já se percebe a configuração rochosa do solo. A vegetação fica mais rala ainda e os arbustos não chegam a se tornar árvores, devido à pouca presença de nutrientes e a existência de enormes pedras aflorando à superfície: 

Exatamente uma hora e meia após a saída, chegamos à entrada da cachoeira. Uma placa mostra dois caminhos: um para a parte de cima e outro para o poço ou parte de baixo. 
Optei por ver a parte a montante inicialmente. Havia pouca água escorrendo, mas as imagens mostram a beleza e o colorido do local. As pedras, no leito do rio, têm coloração esbranquiçada, com tons avermelhados, tintos, ainda, pelo verde dos musgos e pelo amarelado da água. 





Cavidades na rocha formam verdadeiras banheiras, um convite ao banho refrescante:


Mais acima uma parede rochosa emoldura o curso d'água, lembrando a lateral de um cânion: 
Se para chegar à parte alta é relativamente fácil, para descer ao poço é requerido um pouco mais de cuidado. Agarrando-se às rochas ou aos arbustos e raízes, vamos descendo, quase como um alpinista: 
O caminho, porém, é curto e a visão embaixo vale muito a pena: 





Foram 11,5 km entre ida e volta: 

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