Do Santuário do Caraça a Catas Altas
O dia amanheceu chuvoso e carrancudo. Dúvidas para a cabeça: ficamos mais um dia? Porque, como já disse aqui anteriormente, uma coisa é você estar na estrada e começar a chover. Outra é sair na chuva.
Entretanto, o tempo foi melhorando e, às 11:26 h, estávamos prontos para partir:
Hoje iríamos desfrutar dos 12 km de descida no asfalto lisinho da estrada do Caraça, tão difíceis de subir na vinda. Com pouco pedal o Centro Histórico do Santuário já parecia longe: Já no mirante, o dia ainda nublado, a bela imagem com e sem a bicicleta:Com 4 km percorridos, fomos visitar os Taboões, conforme descrevemos na postagem anterior. Tiramos as bicicletas da estrada e as escondemos em meio à vegetação, prendendo-as às árvores e exercitando a caminhada.
Pouco mais de uma hora depois já estávamos novamente pedalando. Deixamos os comprovantes de pagamento da hospedagem na portaria e, na descida da estrada do Santuário, chegamos a atingir a fantástica (para nós) marca de 69 km/h. Até assustamos quando percebemos. Uau!
Chegando a Brumal, enveredamos à direita, por uma subida muito íngreme, que se inicia defronte a um ponto de ônibus. Não havia sinalização da Estrada Real, mas o objetivo era pegar o caminho de terra com destino a Catas Altas, evitando a via asfaltada, que tem tráfego intenso e é muito perigosa para o ciclista.
Assim que atingimos a parte mais alta, a estrada de terra vermelha se abria em meio à floresta e paramos para ingerir o lanche que trouxemos, já que não haveria onde almoçar no percurso de hoje.
Depois partimos e a estrada se apresentava boa e com muito pouco tráfego:
Ficamos felizes quando encontramos um marco da Estrada Real, ao lado do qual havia também um do Caminho de Dom Viçoso, a que já nos referimos anteriormente:O percurso continuou agradável e até com alguma sombra para amenizar o sol: Às 15 horas, finalmente, deparamo-nos com o famoso Bicame de Pedra, o qual eu tinha particularmente muita vontade de conhecer. Uma construção espetacular e que a gente nem imagina que possa existir aqui no Brasil. Mais um trabalho extraordinário de escravos, a quem devemos a possibilidade de poder admirar hoje a grandiosa obra do século XVIII. Servia para a condução de água da Serra do Caraça até Brumado, onde era extraído ouro, para a lavagem das preciosas pedras. Felizmente, ao menos uns 200 metros da prodigiosa construção de pedras ainda resistem, razoavelmente conservados:
Continuando o caminho, chegamos a uma passagem sob a estrada de ferro. Água da chuva acumulada dava uma certa apreensão, pela possibilidade de buracos, mas a travessia ocorreu com tranquilidade, sem incidentes: Logo estávamos pedalando ao lado da estrada de ferro, um trecho curto, que não chega a 5 minutos:
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