O café da manhã foi na casa do Sr. Ênio, que fica nos fundos do bar. O terreno é bem grande e ele e a esposa mantêm um jardim e um pomar muito lindos, insuspeitos ao visitante que chega, além de horta e pequenos açudes para a criação de peixes. O pé de caqui estava em plena produção e pudemos saborear alguns frutos maravilhosos que, quando caiam ao chão, faziam a alegria das galinhas que se atiravam freneticamente ao petisco:
Na hora de partir, fotos para registro. A hospitalidade, aqui, está fora de qualquer questão:
O caminho de hoje é curto, sem subidas fortes, bonito, agradável, piso firme e bastante liso, bom de pedalar. Enfim, tudo o que um cicloturista sonha:
Trinta minutos após sairmos de Camargos, deparamo-nos com uma dupla que não sabia se sentia medo ou confiava em nós (estavam deitados na estrada quando chegamos, parecendo estar descansando):
Estavam assustados, mas nos esforçamos em passar o mais longe deles possível, para não perturbá-los e eles acabaram ficando para trás. O pedal prosseguiu sem dificuldades:
Estava bom demais, dava para curtir devagar, "ouvindo" o silêncio e o som da mata: Menos de 2 horas de pedal bem tranquilo e já se avistava Mariana:
Chegando à cidade, uma estradinha lateral, que fomos ver por curiosidade, levava a uma grande bica, cuja água escoava sobre areia de tons cinzas:
Entrando na cidade, enquanto procurávamos o hotel de pernoite, chegamos à igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, após subirmos uma colina muito íngreme. As pinturas nesta igreja são atribuídas ao pintor Manoel da Costa Ataíde, nascido em Mariana e contemporâneo de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (não pudemos vê-las porque a igreja estava fechada): Após o banho e o almoço, demos uma circulada pela cidade para conhecer o que fosse possível, no tempo do dia que nos restava. Vimos a Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção, também chamada de Catedral Sé, por sediar a Diocese de Mariana: No Centro Histórico, ladeando a Praça de Minas Gerais, estão as igrejas de São Francisco de Assis (à esquerda) e de Nossa Senhora do Carmo (à direita), ambas de frente ao Pelourinho. O Pelourinho é uma coluna de pedra que era utilizada para punir criminosos e escravos, com as bênçãos da igreja católica. Do outro lado da rua, fazendo frente à igreja de São Francisco de Assis, está a antiga cadeia e Casa de Câmara, criada no século XVIII, para administrar o município em conformidade com as determinações advindas de Portugal: Descendo a rua lateral à igreja de São Francisco, no sentido dos fundos, a 100 metros encontramos uma bela praça, com seu casario colonial: Na rua Direita, nº 50, encontra-se a Casa do Barão de Pontal, construída no século XVIII e tombada pelo IPHAN. A curiosidade dessa construção é que as 4 sacadas são feitas de pedra sabão, uma forma rendada única no Brasil: Pernoitamos no Hotel Muller, uma estrutura excelente, quarto de tamanho adequado, limpo, banheiro com chuveiro bom, locais disponíveis para a bagagem, frigobar e ótimo café da manhã. Localizado próximo ao Centro Histórico, à Avenida Getúlio Vargas, nº 34. Telefone 31-3557-1188. Custo: R$ 240,00 o casal, c/café da manhã. Distância percorrida: 18,7 km.
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