De Catas Altas a Santa Rita Durão - 02/04/2022
Descemos as bicicletas, os alforjes e as bolsas escada abaixo e montamos tudo na rua, preparando-nos para o pedal do dia. Como não há café da manhã no albergue, fomos até uma padaria que fica bem próximo, na esquina da praça, ao lado da igreja. Caprichados canteiros de flores tornam mais bonita a imagem da Matriz de Nossa Senhora da Conceição:
Na saída da cidade, o caminho passa próximo a outra capela, a de Santa Quitéria: Dez minutos depois passamos por um marco da ER. Note-se que este teve suas adjacências limpas do mato, para permitir a visualização. Em muitos lugares da rota essa manutenção não é feita e se não estivermos muito atentos, especialmente nos locais que geram dúvida sobre a direção a seguir, fica muito fácil errar o caminho. Continuando, usufruímos de uma estrada extremamente agradável, cercada de floresta e com pouco trânsito:Mas, nem tudo são flores. Uma placa da Defesa Civil, fincada na parte mais alta da estrada, sinaliza ponto de encontro, lembrando-nos que estamos em zona perigosa, com rotas de fuga de possíveis rompimentos de barragens de dejetos de mineração: Mas a estrada segue com a superfície bem favorável ao pedal e as margens cobertas de verde: Com cerca de 30 minutos rodando o pé-de-vela, desde Catas Altas, um desvio nos leva a sair da estrada principal para uma secundária, com pedras e erosão:É um caminho curto, porém. Logo após a curva, uma visão surpreendente:
Lindo, não? Mas é uma beleza ilusória. Na verdade, trata-se de um represamento pleno de dejetos de mineração. A represa do Mosquito:
Nesta última foto, observem a escavação lá na montanha, ao fundo: Se não dá para ver bem em nossa foto, observem esta representação do local no Google Earth: Após a ponte amarela mostrada acima, seguimos em frente, por uma trilha bem rústica, com mato alto, trecho encharcado e barrento e chegamos a Morro da Água Quente, um simpático distrito de Catas Altas:
Prosseguindo, tivemos que enfrentar mais uma vez o tráfego pesado e perigoso da estrada asfaltada sem acostamento:
O imenso trem, com sua carga extraída da montanha dirigida ao processamento, faz ecoar sua buzina alertando eventuais descuidados: Porém, um pouco mais à frente, mais um totem da ER nos direciona para uma estrada lateral, de terra, salvando-nos do sufoco do tráfego pesado:
Este lugar se parece com um loteamento, porque há verdadeiras "ruas" paralelas e perpendiculares, embora não haja nenhuma indicação formal disso e também nenhuma construção. E nós continuamos seguindo os marcos:
Paramos para tomar um lanche, no ponto de ônibus: A estrada, a essa altura, tinha bastante poeira e as marcas nas folhagens das plantas mostram bem isso: No trecho final, até a cidade, foram mais 15 minutos de pedal, sob o sol, enfrentando a poeira provocada pelos caminhões de carga, que também trafegam por aqui. Nenhum registro fotográfico foi feito, porque nada chamou a atenção.
Ao contrário, porém, destas simpáticas casas que encontramos em Santa Rita Durão, ao entrarmos na cidade:
Atravessamos a ponte sobre o rio Piracicaba e paramos para contemplar a visão: Nosso destino era a Pousada Paredão, onde passamos a noite:
É uma casa antiga, com piso de tábuas grandes, que rangem ao serem pisadas e não estão dispostas de forma a vedar as gretas que surgem entre uma e outra. Os móveis também são rústicos e os banheiros, um masculino e um feminino, comuns a todos os hóspedes, foram construídos mais recentemente. Como o casario da cidade é tombado pelo patrimônio histórico (muitas cidades da região inclusive), não se pode efetuar alterações nas fachadas e nos telhados.
Atravessamos a ponte sobre o rio Piracicaba e paramos para contemplar a visão: Nosso destino era a Pousada Paredão, onde passamos a noite:
É uma casa antiga, com piso de tábuas grandes, que rangem ao serem pisadas e não estão dispostas de forma a vedar as gretas que surgem entre uma e outra. Os móveis também são rústicos e os banheiros, um masculino e um feminino, comuns a todos os hóspedes, foram construídos mais recentemente. Como o casario da cidade é tombado pelo patrimônio histórico (muitas cidades da região inclusive), não se pode efetuar alterações nas fachadas e nos telhados.
O custo do pernoite foi de R$ 140,00 o casal, com café da manhã, o qual foi servido na casa da proprietária, Dona Nádia, que, inclusive, lavou nossa roupa suja em sua máquina, ao custo de R$ 25,00. O telefone da pousada (Dª Nádia) é 31-99529-4042. As bicicletas ficam protegidas do tempo numa espécie de porão, embaixo dos quartos.
Para alimentação, há um restaurante na mesma rua da pousada, um pouco acima, onde Dª Sandra, mesmo tendo passado a hora do almoço, providenciou-nos uma marmita e prometeu-nos enviar outra para o jantar. Era sábado e, no domingo de manhã, mandou-nos recado perguntando se íamos querer almoço...
A topografia local é aquela típica das cidades mineiras, com subidas e escadas por todos os lados.
Por todo o caminho, o pessoal sempre é muito acolhedor e simpático.
Nenhum comentário:
Postar um comentário