De Corumbá de Goiás ao Acampamento El Rancho - 22 e 23/05/2021
Uma explicação: vocês vão ver inicialmente, nos 4,2 primeiros quilômetros, que estamos usando 2 roupas de cores diferentes. Isto ocorreu porque, por motivos pessoais, tivemos que voltar para a cidade no primeiro dia e retomar o caminho no dia seguinte. Por isso também as duas datas ali em cima.
Saímos da pousada pouco depois das 8 horas da manhã, para tomar um típico café goiano, na "Casa da Picanha", um novo espaço que estava sendo inaugurado naquele sábado e ao qual havíamos sido convidados por indicação do Assis, da Associação dos Amigos do Caminho de Cora Coralina. Fomos gentilmente recebidos pelo proprietário, o Dr. Valter:
O belo casario da cidade, especialmente no entorno da igreja, com 52 casas em estilo colonial, foi tombado pelo Iphan:
Continuando em descenso, chegamos ao portal do Caminho. Enquanto tirávamos umas fotos no local, chegou um grupo de 12 ciclistas de Pirenópolis. Eram 09:15 h e eles já tinham vindo de lá e estavam iniciando a volta:Aqui encontramos também a primeira placa do Caminho, com frase inspiradora de Cora Coralina: Uma pequena ponte, logo depois do portal, permite a passagem sobre um curso d'água e a sequência do Caminho: Daí chegamos a uma estradinha aberta em meio a um fragmento de floresta em aclive, local conhecido como trilha da Cava, que remete aos tempos da exploração de ouro na região:
É um pequeno trecho e logo se chega a uma estrada asfaltada, a qual cruzamos e continuamos a subir, agora com asfalto. A cidade já fica para trás: Alcançamos o Bairro São João, conforme o mapa, ou Dona Feliciana, de acordo com o site do Caminho, ao final do qual também acaba o asfalto e iniciamos a estrada de terra, paraíso do mountain bike: O Caminho segue daí em diante por uma boa estrada de terra batida, alternando pequenas subidas e planos com descidas leves. Vamos mostrar aqui todas as placas com frases de Cora Coralina que encontramos no Caminho. Esta é a segunda delas:
Com cerca de 6 km de caminho encontramos uma sinalização que oferece duas alternativas ao peregrino ou bicigrino: seguir pela esquerda, via Vendinha, evitando o Parque Estadual da Serra dos Pireneus, que passou períodos fechados em razão da pandemia de corona vírus, marcando 26 km até Pirenópolis. Ou seguir pela direita, passando pelo Salto de Corumbá e pelo Parque, com 44 km. Optamos pela segunda opção, pois de acordo com informações obtidas, inclusive que o próprio Assis havia nos passado, o Parque estava aberto. E mesmo porque havíamos feito reserva na Estância Fazenda Dona Agnes, à qual não chegaríamos pelo atalho sinalizado.
Neste novo trecho, também muito agradável, fomos alcançados e ultrapassados por um casal, que aparece ao fundo na foto:
Depois disso, continuamos descendo por 2 km nessa estrada boa até uma baixada, com uma agradável e refrescante mata ciliar, onde cruzamos por uma ponte o riacho e começamos a subir do outro lado ao lado de um eucaliptal:Pelo bom acostamento do asfalto percorremos 4,5 km até chegar ao complexo do Parque Natural Salto de Corumbá. O lugar possui diversos atrativos, tais como cachoeiras, restaurantes, piscina, tirolesa, passeio a cavalo, caminhadas, hospedagem, rapel, boia cross, toboágua, etc. É um local fascinante, muito bem cuidado e que recomendo fortemente a visita. Três horas são suficientes para conhecer as principais atrações. O ingresso custa R$65,00 por pessoa para passar o dia. Maiores de 65 anos pagam meia entrada. Funciona das 8 h da manhã às 18 horas. É possível guardar as bicicletas em local protegido enquanto você visita o parque. Já lá dentro, após a área de estacionamento e restaurantes, para visitar as atrações temos que atravessar o rio Corumbá e há duas passagens: você pode ir através do rio, com os pés na água, de forma bem natural, ou passar por esta ponte pênsil, que balança um bocado e não deixa de provocar também bastante adrenalina:
A trilha para a Cachoeira do Salto é bastante agradável e tem trechos entre vegetação conservada de cerrado (há informações sobre distâncias em placas dentro do parque, para todas as atrações que oferecem):
A cachoeira é realmente um espetáculo e muita gente da região toda vem desfrutar. Ela tem uma prainha diminuta na sua base, muito frequentada e a subida, a partir dali, conta com passarelas de madeira:
Na parte final da trilha, a descida para a cachoeira tem uma escadaria de pedras com corrimão, relativamente bem íngreme, que acredito ter uns 50 degraus. A Cachoeira é bonita, mas bem menor:
Retomamos, depois, a trilha de volta. Observem a quantidade de pedras e nós, com alforjes e bolsas na magrela, arriscamos pedalar alguns trechos e fomos empurrando em outros mais difíceis:
Que bacana Eli e Eros! Lugares incríveis nesse Caminho de Cora. Muito bom ter conhecido vcs... Seguimos juntos nos pedais da vida. Luiz e Kênia.
ResponderExcluirObrigado pela mensagem, pessoal! É isso aí, a gente se vê qualquer dia desses, em algum lugar desse nosso Brasil...
ResponderExcluirEstamos viajando na sua viagem, pegando várias dicas! a nosso está próxima...dia 5 de julho está chegando! Parabéns pelos relatos!
ResponderExcluirOlá, obrigado por acompanhar. Nosso objetivo é mostrar o caminho da forma mais realista e fiel possível, considerando nossa condição de cicloturista amador. Abraço!
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