De Jaraguá a Palestina - 01/06/2021
Fotografamos, a partir do último andar do hotel, a montanha da Serra de Jaraguá:
E logo depois do farto café da manhã do Boa Vista Park Hotel pegamos o caminho. Na saída passamos pela bela igreja da Penha:
Compramos umas frutas para comer no caminho e passamos ainda pela igreja do Rosário, na entrada do Parque da Serra de Jaraguá: Não pegamos a estrada que sobe para o parque, porém. Seguimos pelo asfalto para contornar a montanha, uma vez que a passagem interna consideramos impraticável ao cicloturista que viaja com bagagem, devido às pedras cobertas por pó e cascalho que dificultam o pedal tanto para subir quanto para descer e o consequente risco de queda. O parque não tem sinalização interna de nenhuma espécie para orientação ao turista, tanto para indicar os mirantes, por exemplo, ou como pegar a trilha, saindo da estrada, na qual ainda se encontram bifurcações sem indicação das direções a seguir.
Assim, fomos pela BR-010 até a rotatória, quando saímos dela para uma rua ainda asfaltada que margeia o bairro e passa em frente à Unidade Prisional de Jaraguá. Após a prisão, uns 100 m à frente acaba o asfalto e a via de terra, bem larga, movimentada e poeirenta, se oferece ao pedal.
Avistamos hoje (não tínhamos visto na vinda) as marcas bem evidentes que indicam aos que estão no Caminho de Cora em direção a Jaraguá o acesso à Serra através do Parque. Ou o ponto de saída para quem vem de Jaraguá.
Logo chegamos ao Rio Pari:
Felizmente o trecho na estrada principal não é longo e subindo pouco depois do rio, o Caminho é direcionado para uma estrada vicinal menor, à esquerda, com tráfego ínfimo ou nenhum:
As passagens por cursos d'água sempre são sombreadas e agradáveis:
Desde São Francisco, a maior parte das estradas percorridas é ótima, de chão batido, que não chega nem a incomodar quem carrega bagagem sobre a roda traseira. Trechos planos relativamente longos, sombras esparsas e, tal como diz o site do Caminho, fácil até Vila Aparecida, moderado em razão de algumas subidas mais íngremes depois, daí para a frente, até Palestina. A sinalização do Caminho, quando chega o momento de virar à direita, com destino à cidade de Goiás, está muito clara e objetiva: E o Caminho continua "gostoso":
Em Vila Aparecida comemos nossas frutas e reabastecemos nossas caramanholas. O Caminho continua bastante tranquilo, apesar de alguns aclives e declives mais acentuados:
Observem, nesta foto, que o galho da árvore acompanha o contorno da montanha ao fundo:
A religiosidade é intrínseca nos versos motivadores de Cora Coralina: Árvores belíssimas e flores alegram nosso viajar e cobrem de pétalas o chão que caminhamos:
São belíssimos os instantâneos que recortam a silhueta humana no espaço. Chamamos de "janela do céu":
Curiosamente, chega-se de repente a Alvelândia:
Por não estarmos atentos, achamos que já fosse Palestina. Um letreiro de escola no muro nos trouxe de volta à realidade. No entanto, faltavam ainda pouco mais de 5 km para o destino, um trecho bem fácil e que não exige esforço:
Passamos então por uma maravilhosa plantação de tomates e pepinos. A natureza, que nos propicia tantas belezas na variada vegetação do Caminho, também nos enche os olhos com a magnífica e caprichada produção de hortaliças:
Um apetitoso almoço nos esperava em Palestina. Havíamos combinado com a Luciana, do Hostel Vovó Catarina e tão logo chegamos foi servido. Uma delícia para saciar a fome com prazer:
Resumo do dia:
O Hostel Vovó Catarina foi concebido a partir de uma escola abandonada, que foi reformada para receber os hóspedes. Assemelha-se a um albergue pelo número de camas (10) em cada um dos dois quartos, que eram salas de aula. Mas, com muito mais espaço. Tudo muito limpo, cheiroso, organizado. Diária de casal no valor de R$200,00, incluídos jantar, pernoite e café da manhã.
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