São Bartolomeu/Glaura/Cachoeira do Campo/Santo Antônio do Leite - 08/04/2022
Saímos do Receptivo São Bartolomeu às 09:25 h, despedindo-nos do Marco Aurélio e seguindo em direção a Glaura. Pouco depois atravessamos a ponte, ainda na estrada asfaltada:
O asfalto, embora tivesse alguns buracos que poderiam atrapalhar o tráfego de automóveis, era bom para o pedal e alguns minutos depois da primeira, atravessamos a segunda ponte, em um local com densa vegetação:
Mais 10 minutos e saímos do asfalto para uma agradável estrada rural:
Não confie cegamente nas informações do site do Instituto Estrada Real. Muitas delas estão desatualizadas ou mesmo erradas. Por exemplo, essa trilha. Ela tem 3 km de extensão e antecede a chegada a Glaura. Está totalmente intransponível para o ciclista, a menos que queira literalmente carregar a bicicleta. Absolutamente fechada pelo mato, com obstáculos que inviabilizam o pedal, tais como árvores caídas, pedras, erosões. A transcrição ipsis litteris do site é "são apenas 3 km de trilhas de fácil acesso". Não condizem com a realidade.
Depois de atravessar por dentro de um pequeno curso d'água, empurrar as bicicletas sobre pedras e buracos provocados pela água da chuva, encontramos uma árvore caída, com muitos galhos, obstruindo o caminho, que iria dificultar enormemente a transposição. Desistimos. Havia um relato de um ciclista (Daniel Pedrollo) no Wikiloc, que não recomendava pedalar pela trilha, pois havia levado uma hora para percorrer 3 km. Verificamos que a estrada por onde estávamos indo dava uma volta mas conduzia a Glaura. Optamos por seguir por ela. Subimos, descemos, mas o piso era bem agradável, liso, cortando a mata:
Meio dia mais doze minutos estávamos subindo a ladeira que dá acesso ao simpaticíssimo distrito de Glaura, pertencente ao município de Ouro Preto, embelezada pela primavera vermelha:
Transposta a ladeira, uma praça de grandes árvores destaca símbolos e monumentos religiosos:
Continuando, passamos defronte a uma escola e chegamos à praça principal. No Butekim Fi de Zé conhecemos Jaquison, Alex, José Geraldo e Altair, com quem batemos divertido papo:
Após comer um salgado, beber um refrigerante gelado e carimbar nosso passaporte, aceitamos o gentil convite do Jaquison para conhecer sua casa e tomar um café. Ele diz que vai construir uma pousada no local para atender os viajantes da Estrada Real.
A casa tem bastante espaço nos fundos para construção dos chalés pretendidos e está repleta de manifestações artísticas do proprietário:
Partimos de Glaura levando a lembrança da excelente acolhida e a certeza de que viajantes da Estrada Real sempre terão aqui suporte, caso necessário, pois a cidade e seus moradores mostraram estar de braços abertos e dispostos ao recebimento caloroso do visitante.
Bem próximo dali está Cachoeira do Campo, outro Distrito de Ouro Preto, onde chegamos pouco mais de 10 minutos depois:
Transcorridos mais 50 minutos, chegamos a Santo Antônio do Leite. Foi complicado chegar à casa que havíamos reservado por indicação do Marco Aurélio, do Receptivo São Bartolomeu, devido às ladeiras e ruas em meio à mata em que o Google nos jogou. Trata-se da Pousada Café no Leite etc, rua Niterói, nº 912, cujo custo foi de R$150,00, sem café da manhã. Os proprietários são Bernd (alemão) e Martinha, os quais moram na mesma rua, nº 764. O telefone é 31-98541-0552. Trata-se de uma casa que os proprietários alugam e embora seja bem confortável e bonita, a televisão e a Internet não funcionaram, mesmo após intervenção do proprietário. Só estávamos nós na pousada, não haviam outros hóspedes. Para "jantar" e desjejum, compramos frutas, pão e salsichas em um armazém nas proximidades.A lembrança boa da estadia em Santo Antônio do Leite foi a imagem do abacate projetado sobre o pôr-do-sol: Foram 49 km pedalados e no percurso mostrado pelo Relive dá para ver o trecho que voltamos pelo mesmo caminho para procurar a trilha antes de Glaura e também a volta que demos depois que resolvemos seguir pela estrada:
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