Entre Rios de Minas/Camapuã de Cima/Serra de Camapuã/Casa Grande
Na saída, às 8:45 h da manhã, com a lembrança de Dª Maria de Lourdes, fizemos a foto de despedida:
Logo à frente, dois senhores sentados em banco da praça, defronte à estátua que homenageia o soldado Geraldo Baeta da Cruz, morto aos 28 anos na batalha de Montese, na Itália, na 2ª guerra, gostaram de ser fotografados e fizeram pose: Belas rosas, plantas ornamentais e uma frondosa árvore completam o harmonioso jardim: Como já disse na postagem anterior, Entre Rios de Minas é uma bela cidade, que chama a atenção pela limpeza das ruas, inexistência de lixo espalhado, jardins bem cuidados, ausência de pichações e povo bem humorado. Prosseguimos, chegando aos limites da cidade, encontrando mais uma comprovação disso: a Igreja de Santa Efigênia, com pintura perfeita, um caprichado jardim e uma sequência de palmeiras imperiais formando um quadro digno de um postal:Prosseguindo, o portal da cidade agradecia a visita e, embora não estivesse escrito, parecia desejar boa viagem: Ao chegar à estrada, mais uma estátua, simbolizando a raça equestre campolina, que tem origem em Entre Rios de Minas, cujo nome é uma homenagem ao seu criador, Cassiano Campolina. Trata-se, segundo consta, da raça de cavalos mais altos do Brasil:
Daí, seguimos à direita, pela MG-383:
Após 1,7 km, um marco à beira do asfalto nos direciona para uma estrada de terra à esquerda, pela qual seguimos. Depois disso, é um emaranhado de estradas rurais, bifurcações, finais de vias, muito cascalho e pedras soltas, descidas muito técnicas e subidas íngremes e até alguns planos. Felizmente, a boa sinalização da ER no trecho nos manteve no caminho certo:
Na passagem pela localidade chamada Belchior ou Camapuã de Cima, o nome bem humorado e criativo de um estabelecimento chamou a atenção: Um lugar de povo hospitaleiro que, mesmo diante de desconhecidos, não fecha suas portas e nos recebe com alegria, ofertando-nos com prazer a preciosa água que já tinha secado em nossas reservas:
Soraya |
Soraya, Bruno e Maria Rosa |
Alguns piquetes às vezes estão encobertos pela vegetação, por isto é necessário estar sempre muito atento e seguir um mapeamento via GPS é muito útil, evitando erros e aborrecimentos. No geral, hoje, trecho muito agradável, pedal prazeroso:
Os cicloturistas, peregrinos e cavaleiros ganharam há pouco tempo mais um caminho de peregrinação em Minas Gerais. Trata-se do Caminho de São Tiago, que une as cidades de Ouro Preto e São Tiago no interior do estado. São 274 km de extensão, sinalizados com 360 totens como esse: Quando bem visíveis, os totens da Estrada Real, solitários e impávidos, indicam silenciosamente a direção a tomar: Antes de chegar à Serra do Camapuã, passamos pela Capela dos Olhos D'Água, dedicada a Nossa Senhora da Lapa, cuja construção se iniciou no século XVII e foi concluída no século XVIII. Como tradicionalmente ocorria naquela época, instala-se o cemitério ao lado da igreja:
Inacreditavelmente, de 12:04 h, quando saímos dessa capela, até 13:59 h, quando chegamos a Casa Grande, só registramos uma única passagem agradável aos olhos (abaixo). Lamentavelmente, atravessamos o Distrito de Serra do Camapuã sem tirar nenhuma foto e faço aqui o 'mea culpa' por isso. Em Casa Grande, reabastecemos nossas reservas de água na Rodoviária, onde é disponibilizada água potável bem fresca, provavelmente originada em alguma mina nas redondezas: Infelizmente não há restaurantes na cidade. Há uma padaria, uma "venda" onde se pode obter sanduíches e frutas e o Bar e Lanchonete do Negão. Na venda, conseguimos sanduíches com um incrível recheio de pastel, que estava uma verdadeira delícia. Ou será que era a fome!?
Há duas pousadas na cidade, a da Dª Irene, na rua principal, que alegou estar lotada e a da Dª Madalena, que fica na entrada da cidade e que nos foi indicada pelo Marcelo, da Casa da Cultura local, a quem nos dirigimos em busca de informações. O Marcelo gentilmente ligou para a Dª Madalena, que não se encontrava em Casa Grande e que estava em uma consulta médica em Conselheiro Lafaiete, salvo engano. Dª Madalena disse que tinha vaga, sim, que voltaria mais tarde e poderia nos receber.
Assim, sentamo-nos em bancos defronte à "venda", onde ficamos batendo um divertido papo com moradores. Um deles era motorista do veículo escolar, ciclista também e protagonista de muitas histórias. Nem vimos o tempo passar! À tardinha fomos para a Pousada Casa Grande, um casarão muito bem arrumado, com quartos muito confortáveis, ao custo de R$ 200,00 o casal, incluído o café da manhã. Telefone 31-98389-7151. Dª Madalena só recebe viajantes da ER, com raras exceções. Mais tarde um pouco, chegaram mais três ciclo viajantes, que também estavam fazendo a ER: Amanda (@atracao.consciente, no Instagram), Rodrigo (@rosukam) e Ulysses (@ulyssesribas). Quilometragem do dia: 31,9 km.
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