domingo, 12 de junho de 2022

Estrada Real - Caminho Velho - Congonhas a Pequeri - 10/04/2022 - 4ª etapa

Congonhas/Alto Maranhão/Pequeri

Saímos às 09:35 h da Pousada Recanto de Minas, só lembrando que estávamos ainda a 6 km de Congonhas. 

Foi necessário atravessar a BR-040, um pouco antes do posto de gasolina, defronte à pousada, porque o caminho que teríamos que seguir fica à esquerda e a estrada tem defensas separando as mãos de direção. O intenso movimento exigiu muito cuidado na travessia e seguimos, depois, uns 200 m no contra fluxo, sob grande risco, já que a via não tem acostamento, para acessar a trilha da passarela que permite passar sobre o rio Maranhão, chegando à estrada de terra existente ao lado da ferrovia, em direção a Congonhas. 


O trecho, de 5 km, é muito agradável, plano, liso e continua assim mesmo depois que atingimos o asfalto. Só por nos ter livrado do intenso e perigoso tráfego da BR-040 já era uma boa e ainda pedalar com essa tranquilidade, era tudo o que poderíamos desejar. 

Chegando à cidade propriamente dita, decidimos visitar o Parque Ecológico da Cachoeira, a 7 km de distância. A via que conduz ao parque é calçada e praticamente toda ela está implantada em meio à floresta: 
Como sabemos, andar de bicicleta proporciona mais de 20 benefícios ao indivíduo. Não vou enumerar aqui todos eles, mas melhora o humor, aumenta a disposição, reduz doenças e consequentemente, despesas médicas, emagrece, tonifica os músculos, não polui e nos leva a enxergar o mundo com olhos de amor à natureza. Fazemos amigos por onde passamos, somos sempre bem-vindos onde chegamos. Regra geral, confia-se em ciclistas viajantes e somos sempre bem tratados. A bicicleta tornou-se objeto de investimentos governamentais nos países mais adiantados do mundo, com construção de ciclovias e infra estrutura, propiciando ao ciclista condições de viajar longas distâncias e usufruir destes benefícios. Infelizmente, o Brasil é diferente. Nada ou muito pouco se faz nesse sentido. Estamos décadas atrasados no tempo e Congonhas não é exceção. Os funcionários (municipais) do parque não nos deixaram colocar as bicicletas do lado de dentro, ou mesmo na portaria, sob as suas vistas, alegando normas da prefeitura. Poderíamos entrar, mas as bicicletas tinham que ficar no estacionamento externo, desprovido de mecanismo adequado à parada e guarda, o que não poderíamos aceitar, com toda nossa bagagem e pertences desprotegidos. Era um lugar cheio de gente, com vários ônibus de excursões e muitos carros, e todos nós sabemos todo o risco de furto que isto representava. Lamentável, porque assim não pudemos conhecer o parque. Quando será que teremos políticas públicas voltadas ao ciclista? 
Decepcionados, voltamos para a cidade. 
O objetivo era 
conhecer o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e as famosas obras do escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Antes, passamos pela Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição: 
Na ladeira que dá acesso à igreja onde estão as obras do Aleijadinho, as casas estavam enfeitadas com toalhas coloridas nas janelas, uma tradição em respeito à Semana Santa cristã: 
Uma placa instrui os visitantes sobre as obras. Todo o conjunto de monumentos que envolve a igreja, o pátio externo onde estão as 12 estátuas e as Capelas dos Passos foi considerado patrimônio cultural mundial pela Unesco e está tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. É certamente a mais importante obra representante da arte barroca do Brasil. 





As Capelas dos Passos são 6 pequenas construções que guardam 66 esculturas feitas pelo Aleijadinho e seus ajudantes, em cedro e representam a Paixão de Cristo no Calvário. Infelizmente, estruturas construídas nas celebrações da semana santa prejudicaram algumas fotos: 












Após admirarmos todas estas maravilhosas obras, carimbamos os passaportes no Museu de Congonhas, que fica ao lado e se integra a esse complexo religioso e cultural e partimos, dando continuidade à ER, seguindo a sinalização pela direita da Igreja Matosinhos, no sentido dos fundos. Meia hora depois de deixar o local, já estávamos nos limites da cidade: 

O trecho que liga Congonhas ao distrito de Alto Maranhão é calçado e corta uma floresta: 



O destaque em Alto Maranhão são as ruínas de uma cadeia antiga: 

Para chegarmos à Pousada Recanto do Havaí, no distrito de Pequeri, tivemos que enfrentar o tráfego da rodovia MG-155. Felizmente não tivemos problemas. Embora fique à beira da estrada e seja um local frequentado por casais e famílias em finais de semana, com muita bebida e criançada se divertindo, há silêncio à noite. O proprietário, Sr. Carlos, permite aos usuários levarem as próprias bebidas, sem restrições. O custo foi de R$120,00 o casal, com razoável café da manhã. Telefone 31-99568-7654. É possível obter refeições, combinando com antecedência. O local está necessitando alguma manutenção, entretanto, não foi ruim.
Quilometragem do dia, incluindo os giros por Congonhas: 31,5 km. 

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