Há um marco da ER em frente à igreja de Carrancas, mas não localizei indicação da direção a tomar. Perguntando a moradores vimos que a saída era pela rua lateral esquerda da igreja, para quem está de frente a ela. Como a pousada em que passamos a noite não oferece café da manhã, tivemos que procurar uma padaria. Lá encontramos o Bruno, também cicloturista, de Volta Redonda, que havia vindo de bicicleta daquela cidade e ia voltar. Depois do café, partimos, subindo pelo calçamento e, logo que terminam as últimas casas da cidade, já começa a estrada de terra. O dia seria parco de atrações e fizemos poucos registros fotográficos. Após 30 minutos de pedal esta foi a primeira foto, com vegetação alta e alguma sombra:Encontra-se todo tipo de estrada neste trecho: cascalhada com pedras soltas, onduladas, com as famosas costelas de vaca muito acentuadas, chão áspero de terra batida e também trechos bons, lisos, fáceis de pedalar. São relativamente largas em todo o trecho, sem trilhas. Exatamente 30 minutos depois da primeira, fizemos a segunda foto, já com vegetação rasteira e sem sombra:Alguns mata burros longitudinais e outros transversais muito bons, com os suportes de ferro mais próximos um do outro, bem largos, facilitando a passagem da bicicleta. O fato mais curioso ocorrido neste trecho, foi que, por volta de 10 e meia, ao chegarmos em um mata burro, encontramos boiadeiros que estavam tentando fazer com que o gado entrasse em uma porteira lateral. Estavam tendo dificuldade, porque os animais, ao serem pressionados, tendiam a ir para o mata burro. Pediram-nos que ficássemos parados em frente, para que o gado sentisse que não deveria ir para aquele lado. Meio receosos, ficamos ali, parados, enquanto as vacas nos olhavam desconfiadas. No fim, depois de muito trabalho dos condutores, acabou dando certo e elas entraram onde eles queriam.
O caminho estava monótono e observamos que há muito menos trechos que atravessam ou ladeiam fragmentos de florestas. Pedala-se ao sol, mas, em contra partida, amplia-se a visão lateral, permitindo visualização da paisagem até o horizonte.
Praticamente todos os dias, sempre encontramos uma "janela do céu": Cerca de vinte minutos antes de chegarmos à Fazenda Traituba, passamos por uma propriedade, onde há uma igreja dedicada a Nossa Senhora Aparecida e uma grande imagem representando-a: Talvez a maior atração deste trecho seja a Fazenda Traituba que, no entanto, está em reforma e fechada à visitação. Foi construída magnificamente, por volta de 1830, com elegantes pórticos nas duas laterais e na parte frontal do muro que circunda a área da entrada principal. Diz-se que a sede da fazenda foi construída para hospedar D. Pedro I, que visitaria a região, o que acabou não acontecendo. A principal produção da fazenda foi, durante muito tempo, o cavalo manga larga marchador, que tem origem na região. Cruzília abriga, inclusive, um Museu Nacional do Cavalo Manga Larga Marchador.
Praticamente todos os dias, sempre encontramos uma "janela do céu": Cerca de vinte minutos antes de chegarmos à Fazenda Traituba, passamos por uma propriedade, onde há uma igreja dedicada a Nossa Senhora Aparecida e uma grande imagem representando-a: Talvez a maior atração deste trecho seja a Fazenda Traituba que, no entanto, está em reforma e fechada à visitação. Foi construída magnificamente, por volta de 1830, com elegantes pórticos nas duas laterais e na parte frontal do muro que circunda a área da entrada principal. Diz-se que a sede da fazenda foi construída para hospedar D. Pedro I, que visitaria a região, o que acabou não acontecendo. A principal produção da fazenda foi, durante muito tempo, o cavalo manga larga marchador, que tem origem na região. Cruzília abriga, inclusive, um Museu Nacional do Cavalo Manga Larga Marchador.
Não se consegue atualmente nem ao menos se aproximar para fotografar, tudo trancado e amarrado com arame. Assim, por não ter onde comer ou dormir, o viajante da ER é obrigado a percorrer os mais de 60 km que separam Carrancas de Cruzília, distância que praticamente inviabiliza o percurso a pé.
Causa desapontamento e é lamentável que não parece haver nenhum esforço dos responsáveis pelo caminho, no sentido de conseguir viabilizar um local para pouso e alimentação do viajante.
Entretanto, há um restaurante em Vista Alegre, mais à frente, bem simples, que serve prato feito a R$20,00 por pessoa. O site da ER diz que se pode dormir lá. Não verificamos.
De Traituba a Cruzília, há muitos trechos planos e três subidas mais íngremes e longas. O restante é formado por aqueles sobes e desces de pequenas elevações. São sempre bonitas de se ver as plantações, para nós que moramos na cidade e geralmente conhecemos apenas o produto final. Esta é de abóbora: Uma gigantesca carvoaria, com 80 fornos, ajuda a entender a grande quantidade de eucaliptais que se encontra hoje em dia pelo interior a fora: A multiplicidade de estradas na região exigiu a colocação de uma grande quantidade de totens pela ER. Não tivemos problemas de orientação. Na foto os marcos 1066 e 1067: A parte final do trecho tem cerca de 3 km de asfalto. Nossos odômetros assinalaram hoje distância total percorrida de 68,2 km.
Passamos a noite no Hotel Central, localizado, como diz o próprio nome, no centro da cidade, ao lado da igreja matriz. Muito bom atendimento, quarto limpo e café bem simples. Endereço: Praça Capitão Maciel, nº 20. Telefone: 35-3346-1257. Diária por casal de R$ 140,00.
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