Foto da barraca com o "puxadinho" onde as bicicletas passaram a noite:
Minha cara de tristeza nos preparativos para sair: meu celular novinho, que comprei para a viagem, caiu sobre as pedrinhas e trincou o vidro em várias direções.
O hotel não chegava a ser de luxo, mas era de um padrão acima dos que a gente frequenta normalmente nestas viagens:
O lago Constance estava completamente tomado pela bruma:
Choveu a noite toda e de manhã continuava chovendo. Resolvemos fazer o trecho de hoje de trem. Partimos, então, para a estação:
Chegando lá, porém, verificamos que não havia linha de onde estávamos para Stein am Rhein. Teríamos que pegar o trem umas cinco cidades à frente. Bom, se teríamos que nos molhar até lá, então, já que estávamos na chuva, decidimos fazer o trecho todo de bicicleta.
Logo, felizmente, a chuva parou e pudemos curtir e fotografar o caminho, que se desenvolveu boa parte á beira do lago Constance:
Diariamente tenho colocado elogios para a Europa. Mas são tantas as coisas maravilhosas que encontramos aqui e eu fico vendo tudo o que poderíamos ter e não temos, que sinto necessidade de partilhar.
A sinalização, por exemplo, é algo a destacar. Vejam informações para os pedestres:
Paramos para almoçar em um restaurante à beira do lago, protegido por vidros do vento e da temperatura baixa:
Só como curiosidade, deixo aqui registrado o seguinte: íamos pela ciclovia tranquilamente quando encontramos um trecho em obras. Normalmente, nestas circunstâncias, sempre deixavam passagem para pedestres e ciclistas. Havia uma sinalização com a palavra "Poller!" que não sabíamos o significado. Atrás de nós, um casal de idosos, ao ver o dispositivo resolveu voltar. Não parecia haver desvio, então não saberíamos por onde ir. Resolvemos avançar. Uns 500 m adiante, deparamo-nos com uma máquina escavadeira funcionando e impedindo a passagem. Ficamos parados por alguns instantes, esperando que o pessoal abrisse passagem e fizesse algum sinal para avançarmos. Em vão. O condutor da escavadeira continuou trabalhando e nos ignorou. Outras pessoas que participavam do trabalho continuaram suas atividades e nem olharam para o nosso lado. Murchos, tivemos que voltar e procurar um jeito de contornar a obra. Enfim, demos uma volta de uns dois quilômetros para voltar ao caminho original.
Vimos depois que poller, em alemão, significava poste de amarração.
Enquanto a chuva deixou, registramos uns trechos de ciclovias:
Como já disseram em algum lugar, "de carro você vê as paisagens, de bike você faz parte delas".
Vimos hoje uma "favela" da Suíça:
Uns 100 m a frente, um bairro "classe média" (observem que a foto foi tirada no mesmo local, apenas virando a câmera para o outro lado):
Uma casa bem moderna, cercada por flores. Na rua, uma mãe passeia com seu filho:
Uns 10 km antes de chegarmos recomeçou a chuva e acabaram as fotos.
Quilometragem acumulada: 426,51 km
Quilometragem do dia: 75 km
Ficamos esta noite no Garni Hotel Mühletal, em Stein am Rhein. Apesar do "econômico" no nome, tivemos um quarto bem confortável, com um bom banheiro. As bicicletas ficaram no jardim interno, em meio às rosas, embora em um local sem cobertura. Ou seja, na chuva...
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