Sendo dia útil, o hotel estava movimentado quando descemos.
Ao contrário do domingo, o restaurante estava aberto e era onde se servia o café da manhã.
Satisfeitos, após o desjejum, fizemos o check-out na recepção (que hoje tinha gente, também...), pegamos nossas bicicletas e preparamo-nos para a partida:
Depois que saímos da cidade, uma primeira parte do caminho foi ao lado de um canal:
Logo, porém, voltamos às margens do Reno. Notem que a ciclovia está sobre o dique, construído para contenção de enchentes. Mas há também um caminho entre o dique e o rio, para o lazer do povo. Vi muita gente caminhando por ali, curtindo a tranquilidade, a paz e a brisa fresca:
Às vezes, por alguma circunstância que impede a passagem na beira do rio, são feitos desvios como este, que leva o ciclista a contornar a situação, devolvendo-o, assim que possível, às proximidades da água:
As flores enfeitam muitas passagens:
O cuidado, de forma geral, com tudo, é meticuloso. Vejam, por exemplo, a disponibilização de saquinhos, para a higiene canina, na ciclovia, uma área que serve a viajantes ciclistas e ao lazer da população, mesmo não estando próximo a nenhuma cidade:
A preocupação com a sinalização também é constante e placas de orientação aos ciclistas e pedestres são distribuídas estrategicamente por todos os caminhos:
Gosto das pontes. Grandes ou pequenas, são sempre fascinantes. Acho que esta afinidade tem origem no que elas representam: são elos de ligação, de união. Elas aproximam, juntam.
Paramos para um café à beira do lago Konstanz. O curioso é que, ao perguntar para o garçom se estávamos na Suíça ou na Alemanha, ele respondeu: "Na Áustria":
O caminho hoje foi de muita troca de fronteiras. Depois de pedalar em Liechtenstein, na Suíça, na Áustria e na Alemanha, tudo no mesmo dia, de repente estávamos entrando na Suíça novamente:
Cisnes são avistados com frequência no rio Reno:
Vejam o tamanho e imaginem a idade da criança que vai de bicicleta, para a escola:
Como já falei antes, os pais transportam crianças em carrinhos, puxados por bicicletas. Eles tês infraestrutura e mentalidade para isso:
Agora, o que eu não imaginava encontrar na Europa mas que, surpreendentemente avistamos, foram búfalos:
Falar sobre a qualidade das ciclovias é chover no molhado. Mas, sinceramente, a gente sofre vendo nosso imenso país, cheio de extraordinárias belezas naturais, tão medíocre na oferta de opções ao cicloturista:
Nosso hotel de hoje fica no alto de uma montanha. Penamos para chegar lá, com trechos tão íngremes que tive que empurrar a bicicleta.
Mas o visual valeu a pena:
Chegamos às 16:30 h sob chuva, no Schloss-Hotel Wartensee. Este era o hotel mais caro do percurso, exceção feita ao de Amsterdã. Ao efetuarmos a reserva, consideramos que merecíamos, ao menos uma vez, um conforto mais explícito...
Nossas bicicletas ficaram sob a aba de uma barraca que há no jardim. Não gostei porque, com o vento, elas iam se molhar completamente, com certeza. Mas, sendo o que nos ofereciam, o jeito foi relaxar.
E, apesar desta justa contrariedade, tudo o que pudemos desfrutar do hotel valeu a pena. Quarto muito confortável, vista para a montanha, ótimo banheiro. Até o jantar em alto estilo:
Odômetro acumulado: 351,51 km
Quilometragem do dia: 58,04 km.
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