sexta-feira, 19 de julho de 2019

Eurovelo 15 - Rhine Cycle Route - 4º dia - De Ilanz/Glion a Chür

25/05/2019 - Sábado - 2º dia do Eurovelo 15

Aqui também as bicicletas ficaram guardadas na parte de trás do hotel, em uma espécie de depósito do bar. Sem problemas...
Nosso destino de hoje é a cidade de Chür, capital do Condado de Grisões, a mais antiga da Suíça (Coira, em italiano, ou Coire, em francês). A distância prevista era de apenas 34,30 km, porque iríamos passar pelo desfiladeiro de Ruinalta, um trecho especialmente belo do caminho. Por isso, também, levantamos e saímos mais tarde.
Após o bom café da manhã, estávamos prontos para a largada: 
O início foi em ligeiro aclive, com uma visão de maravilhar os olhos: 

O rio Reno estava ali do lado. Durante um bom tempo iríamos avistá-lo assim, de cima: 

Não havia mais ciclovia, seguíamos agora por uma estrada tranquila e de asfalto perfeito:

Passávamos frequentemente por regatos de águas límpidas, escorrendo montanha abaixo: 
A paisagem deslumbrante se descortinava a cada curva, a cada lance da estrada:




Aqui comemos nosso lanche diário, tendo à nossa frente a visão de um maravilhoso campo florido:

Neste trecho, o Eurovelo 15 correspondia à rota 2 da Suíça:
Depois de passar pela cidade de Versam, já bem no alto da montanha, tivemos, de surpresa, mais uma descida vertiginosa, em zigue zague, ao estilo do Oberalp Pass, terminando em uma longa ponte sobre o Rio Reno:

Do alto da ponte, a visão do Rio Reno era um encanto só:
Do outro lado do rio, saímos da estrada principal e fomos direcionados para uma secundária, espetacular, escavada, às vezes, na pedra. Havia um tráfego bastante intenso, porque era muito procurada pelas extraordinárias belezas do lugar: o desfiladeiro de Ruinalta.









O rio Reno, ainda sem toda a imponência que seu volume de água caracteriza, mas cortando montanhas majestosas, vai propiciando seu espetáculo: 


Num certo momento tivemos dúvida sobre o caminho e perguntamos a um senhor se a direção que estávamos indo era a de Chür. Eu dizia "churrr" e ele não entendia. Repetia "churrr" e ele me olhava tentando descobrir o que é que eu estava dizendo. De repente, seu rosto se iluminou e ele disse sorrindo: "Ah, Kurr! Yá, yá!" e confirmou em um gesto a direção. Não sei nada de alemão e esta foi uma das vezes em que isso nos criou embaraços...
Antes de chegarmos ao destino, passamos por Bonaduz. A sinalização assinalava a velocidade máxima ao cruzar a cidade e uma plaquinha pequena, embaixo, alertava que havia tráfego de bicicletas: 
Achar o hotel foi um problema: 


Chür é uma cidade relativamente grande, tem cerca de 35.000 habitantes e as pessoas a quem perguntávamos na rua não o conheciam. Fica numa região central, em calçadão, com quarteirões disformes, por isso, mesmo estando perto dele, não conseguíamos chegar lá. Uma senhora oriental se dispôs a ajudar-nos, mas consultando o GPS parecia que ela estava nos levando para mais longe. Somente depois de rodar 11 km pela cidade e com a ajuda de um policial, muito gentil, conseguimos achar o hotel, às 17:55 h. Era um prédio grande, de 5 andares, com longos corredores. O quarto era relativamente confortável, os espaços justos.
No Hotel Post, que ficamos essa noite, para guardar as bicicletas tivemos que carregá-las escada acima e colocá-las numa saleta interna cuja porta, segundo haviam nos informado na recepção, só abriria com o cartão chave do apartamento. Ninguém nos acompanhou. Havia duas pequenas salas, mas ambas estavam abertas e não trancavam. Uma delas não estava vazia. Assim, supusemos que era para utilizar a que estava vazia, mesmo que o cartão do quarto não fizesse nenhum efeito sobre a porta. Colocamos os nossos cadeados e deixamos lá.
Depois de nos instalarmos, enquanto eu aguardava o banho da Eros, disparou o alarme de incêndio do prédio. Fui olhar pela janela e não havia nenhuma movimentação na rua. Abri a porta que dava para o corredor e não vi ninguém correndo para a saída. Nenhum sinal de incêndio em nenhum lugar. Fui bater no apartamento do Fernando e a Rose abriu a porta: "Fui eu! Coloquei a toalha sobre a lâmpada para secar e ela pegou fogo. O Fernando já está lá embaixo explicando a situação". O alarme não parava e depois soubemos que não estava sendo localizada a chave do quadro de incêndio para desligá-lo. Enfim, o alarme parou e tudo acabou bem, os bombeiros entenderam a situação e não cobraram deles as despesas por conta do deslocamento.
Jantamos em um restaurante nas proximidades. Chovia levemente quando voltamos para dormir.
Odômetro acumulado: 235,39 km - Quilometragem do dia: 44,18 km.

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