sábado, 14 de outubro de 2017

Circuito Serras de Ibitipoca - Do lado de fora do Parque Estadual de Ibitipoca

O que tem depois da Janela do Céu?

É isto que iremos ver hoje. Contornando o parque, pelo lado de fora, fomos conhecer a continuidade do Rio Vermelho, que forma a Janela do Céu. 
No caminho, uma surpresa: nosso guia, o Gabriel Fortes, da Sauá Turismo, parou para conversar, num certo momento, com uma bióloga, amiga dele. E aí voltou para o carro com uma proposta: "Vocês querem ver a macaca Esmeralda? Ela está aqui pertinho".
Vou explicar. A Esmeralda é uma macaca Muriqui. Nesta espécie, quando chega a época da reprodução, a fêmea se afasta do seu bando e procura outro para cruzar, por questões de evitar a consanguinidade. Com a redução das matas, os bandos foram diminuindo e estão à beira da extinção na região. A Esmeralda se afastou de seu bando original e não encontrou nenhum outro. O bando que existe na Reserva Florestal de Ibitipoca está reduzido hoje a 2 machos. Os biólogos trouxeram a Esmeralda de outra região, onde vivia sozinha, há cerca de 8 anos e tentaram uma aproximação dela com os 2 machos da reserva que, por sua vez, vivem sozinhos há mais de 5 anos. Não deu certo. Quando foram postos frente a frente, a fêmea foi para um lado e os machos para o outro. Então, as biólogas seguem a Esmeralda diariamente, monitorando todos os seus passos, na tentativa de evitar que ela se perca ou sofra algum tipo de dano, na esperança, quem sabe, que ela ainda conviva com os machos e possa reiniciar a reprodução da espécie no local.
Aproximamo-nos com cuidado, mas ela, que está acostumada com a presença de humanos, não se incomodou e descansava tranquilamente sobre um galho de árvore. E depois foi se alimentar de folhas tenras, bem à nossa frente: 

As "mineirices" continuam (numa porteira do caminho):
Passamos, também, ao lado de uma pinguela bem engendrada:
Ao nos aproximarmos do local de destino, depois de passar pela Vila dos Moreiras, já se tinha uma visão do outro lado da Janela do Céu:

O Rio Vermelho, depois da Janela do Céu, despenca lá de cima, formando ao menos 7 cascatas até chegar embaixo. As que estão na parte mais alta são difíceis de acessar porque, além da dificuldade da subida, não há trilhas e teria que ser feito em meio à floresta. Para isso, seriam necessários muito cuidado, disposição e tempo. 
Nós visitamos as 3 últimas, na parte mais baixa, às quais se pode chegar através de trilhas existentes. A que está mais embaixo:

 A segunda, de baixo para cima: 




As trilhas seguem em meio à mata e sobre as pedras:


E chegamos à terceira cascata, a mais espetacular:

São duas quedas em seguida. A parte de cima possui uma "banheira" incrível, onde eu pude nadar com o arco-iris:






Infelizmente, não achei o pote de ouro... 
A parte de baixo também tem uma ducha maravilhosa:


Assim foi nosso dia, de pura curtição.
Amanhã, o último dia, com o Circuito das Águas do Parque Estadual de Ibitipoca.

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