2º Dia: Inconfidentes a Borda da Mata (MG) - 05/06/2023
Dormimos em Inconfidentes na Pousada Santa Varanda. É um lugar muito bonito, o quarto tem tamanho adequado, bons banheiro e chuveiro. Café da manhã razoável.
O trecho compreendido entre Inconfidentes e Borda da Mata está incluído em vários caminhos, entre eles o da Prece e o de Nhá Chica. Só que estes dois percorrem trajetos diferentes. O de Nhá Chica segue o mesmo percurso do Caminho da Fé, virando à esquerda quando chega à rodovia MG-295, na saída de Inconfidentes. Neste mesmo ponto, o da Prece atravessa a rodovia e segue em frente, subindo a montanha. Assim, para concluirmos o Caminho da Prece e não termos que voltar a Inconfidentes para percorrer o início do Caminho de Nhá Chica, que iríamos fazer na sequência, decidimos que eu iria seguir a sinalização do da Prece, enquanto minha esposa faria o de Nhá Chica. Encontrar-nos-íamos em Borda da Mata, já havíamos feito reserva no Hotel Village. Despedimo-nos na MG-295, ela dobrou à esquerda e eu segui em frente. O caminho segue plano por cerca de 2 km, enquanto saímos da cidade. Depois inicia-se uma subida bem íngreme, com 2,5 km de extensão, por estrada de terra, boa parte dela com árvores à margem, propiciando sombra:No alto do morro chegamos à Cruz de Pedra, ponto de descanso e meditação ao viajante:
Alguns minutos depois, enquanto pedalamos no alto da montanha, a sinalização indica para virar à esquerda: Aí começa a descida. Numa fazenda, mais à frente, a religiosidade do proprietário se expõe à beira da estrada: O caminho segue com muitas subidas e descidas, aliás, em Minas, dizer isso é ser redundante. De repente, chegamos a uma inusitada arena abandonada, em plena área rural. Sabe-se lá o que levou alguém a consolidar uma ideia assim e depois abandoná-la.
Apesar dos sobes e desces constantes, o caminho segue bem bonito e agradável: Uma coisa que "pega" é a ausência de pessoas em pontos considerados de apoio pelo Caminho. Este aqui, assim como outros que mostrarei à frente, estava completamente fechado e não havia viva alma nas redondezas: As estradas são relativamente boas, quase nenhum tráfego e o pedal segue sem atropelos:
Em um certo momento a estrada se aproxima do rio e é possível apreciar os meandros do Mogi Guaçu:
No Bairro Paredes, outro ponto de apoio fechado:
Mas, se perdemos alguns carimbos no passaporte e as constantes subidas são cansativas, sempre há as descidas correspondentes e o visual é fantástico: Alguns pequenos trechos, como é costume nesta região de Minas, são calçados, porque o trânsito dos veículos fica muito dificultado na época das chuvas, com a lama e a possibilidade de "encravar": Pequena capela construída no Bairro Cana do Reino, que deveria ser mais um ponto de apoio. Embora a placa conclame a isso, tanto a capela quanto o banheiro estavam trancados: As três fotos a seguir mostram a sequência de uma subida bem íngreme:
No alto deste morro, mais uma cruz fixada:
Na meia hora seguinte de pedal, trechos agradáveis, parcialmente sombreados. Sem filtros, observem o maravilhoso céu das Minas Gerais:
Ficamos no Hotel Village, velho conhecido de passagens anteriores pela cidade, fazendo o Caminho da Fé. Os quartos são bons e o café da manhã também.
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