terça-feira, 13 de setembro de 2011

Caminho dos Anjos - 1º dia - Passa Quatro a Itamonte


Conta uma das lendas que uma princesa da grande nação tupi, de rara beleza, embora tivesse uma grande lista de pretendentes, não queria saber de nenhum deles e se apaixonou pelo Sol. Este, a princípio, a ignorava, mas com o passar do tempo notou aquele lindo corpo moreno quase nu e aos poucos, começou a se demorar mais sobre a terra, encurtando a noite. Jaci, a lua, com ciúmes, reclamou ao deus Tupã e este, diante do seu clamor, fez crescer a terra sobre a princesa, privando-a da luz do Sol. E a princesa chorou muito. Assim surgiram as montanhas da Mantiqueira e os rios todos que percorrem suas encostas. Mantiqueira, “a montanha que chora”.
Encravada na Mantiqueira, está Passa Quatro-MG. Uma linda cidade, muito limpa e caprichada, com seus belos e conservados casarões (cujas fotos mostraremos no último dia do percurso) e sua produção de água mineral, principal fonte de recursos para o município. Aqui começa o Caminho dos Anjos.  

Logo de saída, um carro de bois. No interior de São Paulo não se vê mais isso. O dono disse que tem outro carro que utiliza 9 juntas de bois, enorme, portanto. Este da foto, só tem 3 juntas:

Na beira do Caminho, as belas casas de madeira.

Floresta do Ibama. Não conseguimos entrar porque era segunda-feira e o local fica fechado para manutenção neste dia da semana. Ali, além da própria floresta em si, tem uma cachoeira e uma área de lazer para crianças, que não pudemos ver.
Trecho do Caminho. Alguns têm muitas árvores, outros nenhuma. Muita poeira nesta época, grossas camadas sobre a estrada. Para nossa sorte, pouco movimento de veículos.

Por sugestão do Rodolfo, do Hostel Harpia, “esticamos” o Caminho até o Paiolinho (foto abaixo), para visitar os Poços do Virtua e do Andorinhão.
Deixamos as bicicletas no Rancho do Cival, enquanto Dª Silvana preparava nosso almoço e fomos visitar o Poço do Virtua. A seguir, na trilha para o poço.
E finalmente o poço! Lindo, formado após uma corredeira, como mostra a foto. Mas não entramos na água porque estava muito fria.

Os nossos guias na empreitada: Samira, Amanda e Pedro.


 Na mesma propriedade existe o criadouro de trutas do Mauro (próxima foto). Ali, ele sozinho cuida de tudo, desde a reprodução assistida até o abate. Possui milhares de animais, separados por tamanho, os quais são servidos especialmente em seu próprio restaurante, à beira da estrada Passa Quatro – Itanhandu, a “Casa da Truta”.

Este é o Rancho do Cival, onde almoçamos.

Deliciosa comida mineira, caprichada. Este é o Cival e sua família. Recomendamos...

Depois do almoço, pé na estrada. Para voltar à trilha do caminho dos Anjos, seguimos as recomendações do Rodolfo e do próprio Cival. No início, uma trilha entre as árvores, bem rústica. Aqui começa o “empurra”, porque não dá para percorrer de bicicleta...

Logo depois, a travessia do rio Verde. Não tem ponte e a gente atravessa botando o pé na água mesmo...

Foi um maravilhoso dia de aventura. Esticamos o percurso inicial de 22 km, aumentando uns 14 para subir ao Paiolinho e retornar à trilha original, mas valeu muito a pena.  A foto a seguir é da subida depois do rio, continuando o “empurra”.  Saindo dali pegamos a estrada,onde finalmente começamos a descer, passamos pelo Bairro Jardim, depois retomamos a trilha. Já estava ficando um pouco tarde e resolvemos parar de fotografar para não atrasar mais e corrermos o risco de escurecer. Finalmente chegamos ao bairro Boa Vista e um km depois, a Itamonte. Hospedagem no Hotel Thomaz, muito bom. A foto mostraremos na próxima inserção...

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