O quarto no Strasbourg Centre era grande, silencioso e confortável, proporcionando-nos uma ótima noite de descanso.
Na tarde/noite de ontem demos uma volta a pé pela cidade e eu quero fazer um alerta sobre Strasbourg: Cuidado com os ciclistas! Eles são doidos! Em muitos lugares a ciclofaixa é demarcada sobre a calçada, compartilhando o espaço com o pedestre. Os ciclistas não querem nem saber. Assisti, mais de uma vez, ciclistas se expressando nada amistosamente em relação a pedestres que atrapalhavam a faixa deles. Não diminuem a velocidade e vão prá cima mesmo!
O café foi bastante bom, embora nenhum funcionário do hotel tenha sido capaz de localizar guardanapos para o Fernando. Foi do tipo auto serviço, como na maioria dos hotéis que passamos, inclusive com máquina automática que oferecia um número grande de possibilidades, como café expresso, macchiato, café com leite, chocolate e cappuccino, além de água quente para o chá.
Saímos mais uma vez por volta de 9 horas e logo que nos afastamos da cidade o caminho se oferecia através de uma bela ciclovia, ao lado da estrada:
Mais à frente nos deparamos com um belo campo florido, que se estendia dos dois lados da pista. A ciclovia agora eram faixas na beira da estrada:
Muitas vezes, em todo o caminho, tivemos que procurar um lugar para comprar água, quando a nossa acabava. Então buscávamos por padarias, que invariavelmente fechavam às 10 horas da manhã. Quando passava desse horário, só mercados ou lojas de conveniência em postos de gasolina. As passagens pelas cidades sempre eram marcadas por caprichados arranjos floridos:
As ciclovias continuavam maravilhosas. As estradas estavam ali, do lado, embora vendo apenas a foto, assim, não dá nem para imaginar:
É prazeroso, ao pedalar, poder registrar com calma muitas das belezas que vamos encontrando pelo caminho. De automóvel, usualmente, às vezes nem vemos certas coisas, como um antigo carro do corpo de bombeiros que virou enfeite na praça, ou uma linda casa, plena de flores:
Imagens do rio encantam, mas não é só isso. Além da navegação comercial, ele é muito utilizado também para lazer:
Saímos da França, hoje e entramos na Alemanha. Às vezes a ciclovia e a estrada se fundem em uma só via:
Passamos no que parecia ser uma usina atômica. No entanto, a julgar pelos montes existentes, devia ser uma termoelétrica, pois era movida a carvão. Aliás, vimos umas três ou quatro em todo o caminho:
Cruzando os caminhos da Europa, sempre se avista cegonhas, geralmente uma, ou no máximo, um casal em seu ninho.
Nós tivemos um privilégio raro, a oportunidade de conseguir ver logo um bando delas:
Há canais maiores que se destinam à navegação. E a travessia neste caso, por pedestres ou ciclistas, é tratada de forma nada convencional. Você empurra a bicicleta uns 40 degraus escada acima, podendo usar uma canaleta, para facilitar (ou não, veja a Rose na foto), atravessa por uma ponte metálica, depois desce do outro lado da mesma forma:
Em razão da altura, navios podem passar sob a ponte com tranquilidade:
Erramos o caminho em algum lugar e andamos para lá e para cá, com muita dificuldade e perda de tempo para retomar o itinerário. No fim, chegamos às 17:38 h, quando o previsto seria, no máximo, 16 horas. A quilometragem inicialmente calculada, de 83,70 km, acabou virando 93,89 km.
Felizmente o Hotel Vater Rhein tinha um staff muito simpático e pudemos curtir intensamente a estadia. Havia uma área externa, com guarda-sóis, onde se podia degustar uma cerveja ao ar livre, antes de saborear o delicioso jantar. As bicicletas foram guardadas na garagem, em local bem protegido.
Quilometragem acumulada até agora: 788,35 km.
Nenhum comentário:
Postar um comentário