Quero registrar aqui a péssima passagem que o circuito utiliza para chegar a Bombas. Um morro asfaltado, sem espaço para o ciclista, apenas uma faixa de cerca de 50 cm, que em certos trechos nem existe, cheia de concreto que cai dos caminhões de transporte do produto, secam e deixam o piso intransitável. Um sério risco para a vida dos passantes, pois os veículos passam raspando, sem reduzir a velocidade. O pessoal da organização precisa trabalhar junto aos órgãos públicos para melhorar isso. Do jeito que está, o perigo é muito grande...
Como resolvemos parar um dia na praia de Bombinhas, dividimos o restante do caminho em dois trechos, a percorrer em dois dias. Mas, vamos mostrar aqui o finalzinho do 5º dia, até a praia de Zimbros e o que seria o 6º dia, de Zimbros até Balneário Camboriú, tudo junto.
O dia, surpreendentemente, amanheceu brilhante e cheio de sol. No hotel, tivemos a dica de ir para a praia da Sepultura, assim conhecida por ter sido um cemitério indígena. É uma pequena praia que se alcança através de uma passarela de madeira existente no pontal sul da praia de Bombinhas, seguindo, ao final da passarela, por uma rua e depois um caminho bem definido em meio à mata existente à beira mar.
É uma linda praia, onde pode-se alugar cadeiras e guardas-sóis, de águas transparentes e cheia de peixinhos que, acostumados a ganhar guloseimas dos frequentadores, mordiscam nossas pernas se ficarmos parados no meio deles. Não há lanchonetes ou restaurantes no local, apenas bebidas e para comer há a necessidade de ir à praia Retiro dos Padres, relativamente próxima dali.
Iniciando o pedal no dia seguinte, passamos pela praia de Mariscal, que também preserva a vegetação das restingas e tem uma passarela de madeira elevada para conduzir o banhista à beira do mar:
Depois de passar pela praia do Canto Grande, chegamos ao trapiche do bairro de Morrinhos, cuja praia também é espetacular, pela calma e transparência das águas:
E chegamos a Zimbros, que seria o local determinado pelo circuito como fim do 5º dia.
O primeiro e único selfie do caminho: Para chegarmos novamente a Porto Belo, tivemos que subir este "morrinho" aí. Garanto que não foi moleza:
O piso era cheio de pedras e a roda girava em falso. O jeito foi empurrar...
Do alto do morro, a vista para a praia de Mariscal era lindíssima:Em Porto Belo, na praça, há uma placa com o mapa do circuito. Aquele restaurante que aparece lá atrás, o "Panela de Barro", foi o lugar onde almoçamos, com preço por quilo. Do outro lado há uma área verde com mesas que têm cobertura de sapé, onde você pode se sentar depois de servir-se.
Em Porto Belo há um lindo e imponente pier:
Seguindo o caminho chegamos ao bairro do Perequê, onde, numa parada para um café, conhecemos o Pedro, proprietário do posto Abu Dhabi. Ele está preparando o lugar para tornar-se um point no próximo verão e certamente nos seguintes. Já tem hoje uma loja de conveniência, onde pudemos tomar este maravilhoso cafezinho:
Ele está construindo no local uma pista de kart, um boliche, vai instalar mesas de sinuca, um restaurante 24 horas, um piano bar, pista de dança e cafeteria. E tudo fica pronto no próximo mês de novembro, bem a tempo para o verão. Vai bombar, certamente e atrair os turistas e moradores locais. Desejamos ao Pedro a melhor sorte do mundo e voltaremos para outro café, dessa vez com um desenho de bicicleta...De Porto Belo seguimos caminho com destino a Itapema, desta vez pelo interior, em uma estrada de terra:
Dormimos em Itapema, na Pousada Terra do Sol, com diária de casal de R$ 90,00, mas sem café da manhã. Os hotéis na cidade são caros. E partimos na manhã seguinte. Embora com mais morrinhos para subir neste último dia, o caminho continua bastante agradável, sempre circundado ora pela mata Atlântica, ora por florestas artificiais.
Na subida de mais um morro, quando registrávamos a visão da praia do Estaleiro, fomos agraciados com o aparecimento de baleias. Estávamos distantes e tentamos várias fotos, sem conseguir captá-las de forma clara. Acreditem, tenho um filminho: eram baleias!
Seguimos pedalando e chegamos à praia do Pinho, a primeira praia oficial de naturismo do Brasil. O local é este, mas não dá para ver a praia...
Na sequência de fotos abaixo, a vista do alto do morro para a praia de Taquaras, de ondas fortes, a ciclovia do lugar e uma passagem entre a vegetação nativa preservada, para chegar à areia e à água:
A vista ao nível da praia, deserta àquela hora de céu encoberto:
Na vegetação da restinga, pés de cacto carregados de frutos:E uma academia de ginástica ao ar livre, à beira da praia:
Os visuais de praias seguem fantásticos neste recortado e belo litoral catarinense:
E para fechar o dia, um barco "guardado" por garças...
Assim, estamos de volta a Balneário Camboriú, fechando o circuito.
Considero que valeu muito a pena. Teremos que voltar com mais tempo para visitar as opções existentes ao longo de todo o caminho.
Agradeço a quem teve a paciência de acompanhar. Até o próximo, pessoal...
Oi adorei seu blog, falei com vocês em Itapema, vocês lembram? Havia deixado meu email para contato, jmcypriani@gmail.com me mande que lhe passo meu fone. Aço
ResponderExcluirComo sempre, um blog com muitas informações, fotos lindíssimas e histórias para guardarmos no coração! Saudades de vcs...
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