sexta-feira, 3 de junho de 2011

11º dia - De Puente y Hospital de Órbigo a El Acebo - continuação II

Encontramos hoje no Caminho um brasileiro de Perdões-MG. É o Castor. Prometemos colocar sua foto no blog para que suas filhas vejam. Aí está ele:
Este trecho do Caminho nos provocou muita sensibilidade espiritual. É uma floresta com aspecto de ter sido queimada e estar com a folhagem nova nas árvores. Mas, olhando bem, percebe-se que os troncos estão cheios de líquens e parasitas, indicando que já estão ali há muito tempo. Quase dá prá ver os duendes se escondendo por trás das pedras e árvores...
A cruz de ferro. É uma pequena cruz montada sobre uma tora de madeira de cinco metros de altura. Diz a tradição que o peregrino deve trazer uma pedra, desde a sua localidade de origem e depositá-la aos pés desta cruz. Todos os seus pecados ficarão depositados ali e você sai completamente liberto. Por isso deve ser uma pedra correspondente em tamanho ao volume dos seus pecados.

Muitas das coisas que conto aqui não acontecem diretamente comigo, mas com minha companheira de todas as horas. Hoje, mais uma vez, ela foi muito corajosa, forte e valente. Praticamente todos os últimos 19 km antes de chegarmos a El Acebo são muito difíceis, pois tanto aclives quanto declives estão repletos de pedras como o da foto abaixo. A última descida é vertiginosa e, com medo de estragarmos as bicicletas, ou até de sofrermos alguma queda indesejada, tal a quantidade de pedras, resolvemos descer a pé, segurando a magrela.


Hoje foi um dia espiritualmente muito rico. Passagens emblemáticas e a satisfação de termos atingido o objetivo do dia, apesar das grandes dificuldades do percurso. Abraço a todos e até o próximo. 

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