Na hora do café fomos procurar o refeitório. Não havia indicação de onde era, naquela confusão de três prédios, corredores e espaços do Rhein River Guesthouse. A recepcionista havia nos explicado no momento do check in, mas quem se lembrava?
Jardins dotados de estacionamento para bicicletas, porque estas têm tratamento igual ou superior ao automóvel. Edifícios, vias, praças, restaurantes, padarias, farmácias, mercados, enfim, por todos os lados há espaço reservado ao ciclista e seu veículo:
As excepcionalmente bem cuidadas ciclovias propiciam um caminho seguro ao ciclista, que pode pedalar tranquilo em direção ao seu objetivo, sem o estresse do tráfego na mesma via do automóvel: No belo rio de águas límpidas, o cidadão se diverte:
Aliás, Dusseldorf, como de resto todas as da Alemanha, é uma cidade com grandes espaços verdes, suas fontes e cursos d'água muito bem protegidos e edifícios tradicionais que convivem harmoniosamente com prédios moderníssimos:
Almoçamos macarrão a 7,90 euros, barato para o padrão europeu. Normalmente custa de 11,50 a 20 euros.
Atravessamos a cidade com tranquilidade, utilizando as eficientes ciclovias e rumamos na direção de Duisburg:
Quilometragem do dia: 53,99 km
Acumulados: 1.409,02 km.
Estadia no Hotel Mirage, em Duisburg. Quarto confortável, banheiro razoável, completo, com espaço suficiente. As bicicletas ficaram numa sala no térreo, cuja chave a recepcionista deixou conosco. Estavam bem protegidas.
Saímos para jantar, mas não encontramos o restaurante que o hotel havia nos indicado, muito menos qualquer outro em condições satisfatórias, que atendesse nossas expectativas. Acabamos comendo em um local meio estranho, o único que encontramos aberto. Parecia árabe, pelas pessoas que trabalhavam lá. Enfim, uma comida apenas razoável.
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12/06/2019 - Quarta-feira
Havia previsão de chuva durante todo o percurso, até às 17 horas. Quando saímos, às 8:30 h, não chovia. O céu estava entreaberto, temperatura de 14°C. Pouco ou quase nenhum vento, o que tornava o pedal agradável, sem necessidade de blusa corta-vento.
Logo na saída de Duisburg, atravessamos o Reno, utilizando uma grande ponte, dotada de ampla ciclovia:
Demonstração da refinada educação europeia. Fila do caixa no supermercado: um casal ofereceu-me passar à frente, ao ver que eu só tinha uma garrafa de água a pagar. Uma senhora logo em seguida, também ofereceu-me seu lugar. Gentileza é bom e a gente gosta...
Mas hoje foi um dia de ciclovias espetaculares:
Chegamos cedo em Xanten, ao meio dia. Resolvemos entrar na cidade para procurar um restaurante e almoçar. Vimos as torres de uma igreja e imaginamos que o centro seria naquela direção. Tínhamos razão. Logo chegamos àquela tradicional praça das cidades alemãs, ampla, com calçamento e sem carros, onde centralizam restaurantes, cafés, padarias e outros tipos de comércio.
O tempo havia fechado e ameaçava chover. Colocamos as bicicletas em um estacionamento apropriado, cobrimos os alforges com as respectivas capas plásticas, escolhemos um restaurante de comida italiana e sentamos para almoçar.
A chuva era iminente e o garçom preparava os toldos da área externa, onde sentamos, para esta possibilidade. Mal sentamos e a chuva desabou. Parecia que a natureza tinha-nos permitido exatamente chegar, proteger nossa bagagem, para começar, primeiro devagar, depois com mais intensidade, até cair bem forte, formando um verdadeiro "córrego" com a enxurrada, a poucos metros de onde estávamos. A intensidade da chuva fez até com que tivéssemos que mudar de mesa, para um lugar mais perto da área interna do restaurante, pois começou a cair água sobre uma das mesas que ocupávamos.
Aos poucos foi diminuindo, enquanto almoçávamos.
Após o almoço, ficamos esperando a chuva parar. Quando raleou bastante, cogitamos de sair, mas acabamos decidindo esperar parar por completo, o que, pela previsão meteorológica, deveria acontecer às 17 horas. Como, pela mesma previsão, o sol voltaria a brilhar às 18 horas e só iria se por às 21:50 horas, teríamos tempo de sobra para chegar ao hotel, a 6 km de distância dali.
Mas, não havia mais chuva às 14:30 horas e nos preparamos para retomar o caminho. Curiosamente, a praça tinha no chão, uma marca que indicava o melhor ponto para um selfie com a igreja de Saint Victor ao fundo, que fomos visitar em seguida:
Saindo dali, avistamos, pela primeira vez no caminho, ainda na Alemanha, um dos maiores símbolos da Holanda: o moinho de vento!
De volta às ciclovias e às margens do Reno, em pouco tempo chegamos ao hotel reservado para hoje, o Landhaus Spickermann, ainda no município de Xanten:
Um pessoal muito agradável, tanto na recepção quanto no atendimento. Jantamos no próprio hotel, uma comida deliciosa. O local é bem tranquilo, fica a uns 100 metros da estrada. As bicicletas ficaram em uma garagem particular no próprio hotel. Adoramos e indicamos.
Quilometragem do dia: 47,82 km.
Acumulados: 1.456,84 km.