Muita gente já tinha falado desse lugar, mas ainda não o conhecíamos.
A oportunidade surgiu com a visita de um casal de amigos, Benê e Walkiria, que queriam pedalar mas não tinham muita experiência.
Marcamos para o domingo de manhã, 23/11/2014.
Mas, já no sábado fizemos o reconhecimento do percurso, para evitar dissabores com os amigos no passeio que ia valer de verdade.
A saída de Jaboticabal é pela estrada
vicinal que liga ao distrito de Luzitânia e à cidade de Pitangueiras, passando pela frente da portaria nº II da Unesp.
Antes de chegar ali há uma pequena ciclovia no canteiro central da avenida. Um tanto maltratada, com alguns buracos e irregularidades no asfalto que compõe o calçamento, mas que permite o trânsito do ciclista com menos risco do que se pedalasse pela rua. O lugar é até bem bonito:
Só dentro da cidade, foram cinco quilômetros de pedal.
Na estrada, o acostamento é ruim para trafegar de
bicicleta, em alguns lugares até nem é possível. Mas o trânsito de veículos não
é muito intenso, por isso dá para ir pedalando pela beiradinha da pista, quase
que entre a faixa e o fim do asfalto, desviando dos olhos de gato fixados no chão.
Na rodovia são outros cinco quilômetros, até chegar à estrada
de terra.
Logo que a gente passa o Sítio Estiva,
que fica à esquerda, ainda no asfalto,
onde uma fulgurante casa pintada de verde chama a atenção, a estrada faz uma
curva à esquerda, mas nós seguimos em frente, saindo do calçamento para a via
rural de terra, em meio aos canaviais e plantações de amendoim.
Pouco mais de dois quilômetros depois,
seguindo sempre em frente, encontramos a formação de pinheiros que mostramos na
próxima foto:
Ali, imediatamente após os pinheiros,
encontramos outra estradinha rural de terra (daqui para frente, é tudo terra!),
onde viramos à esquerda. Se seguir à direita, uns 500 m adiante há uma placa
indicando Barrinha. Qualquer dia vamos fazer esse percurso para ver no que
dá...
Por hoje, quando nosso objetivo é a
pedreira abandonada de Luzitânia, vamos seguir pela esquerda, cerca de 300 m.
Aí chegamos numa cerca viva de sansão-do-campo, aquela plantinha muito usada
para esse fim, cheia de espinhos, cujas podas enchem os caminhos de perigosos furadores
de pneus de bicicletas. A cerca viva protege uma plantação de laranjas que a
gente consegue enxergar através da muralha verde.
Viramos à direita, acompanhando a
cerca, por uns 100 m e passando por uma pequeníssima construção de alvenaria,
de cerca de dois metros de altura, com um buraco na parte mais alta, onde o
pessoal coloca imagens quebradas de santos católicos.
Depois disso, quando a cerca deflete à
esquerda, no local onde atualmente há um enorme pinheiro seco (ver a foto
abaixo), a gente também vira, continuando por uns 30 m.
Daí viramos ligeiramente à direita,
abandonando a cerca viva e seguimos por aproximadamente um quilômetro, quando
viramos à direita, na direção de uma alameda de flamboyants, que fica na
entrada de uma fazenda (que não é avistada daqui).
Estes flamboyants são a parte mais
bonita do caminho:
Ficamos ali algum tempo, tirando fotos
e curtindo a belíssima paisagem.
Mas, seguimos em frente, na mesma
direção em que estávamos vindo. Passamos por um tanque de caminhão ao lado do
qual há um mamoeiro e por um coqueiro solitário à esquerda, seguindo sempre em
frente, descendo.
A única coisa ruim disso aqui é pensar que na volta, vamos
ter que subir...
Quando a descida culmina numa
comunidade rural, cuja primeira casa, à direita, tem um telhado com uma
configuração sextavada, viramos à direita, numa espécie de rua que segue em
frente às casas simples existentes no local.
Passamos, logo que terminam as casas,
por uma ponte de concreto e logo adiante, à esquerda, está a pedreira.
Uma pena que estão utilizando o espaço
como depósito de lixo. Há vários montes de coisas velhas e resíduos,
prejudicando a vista que poderia ser até bem agradável, pelas paredes rochosas
de magma e vegetação que cresce no local.
Aliás, como a água das chuvas acaba
acumulando-se em meio às cavidades formadas pela antiga exploração comercial
das pedras, as poças se tornaram um criadouro muito propício ao desenvolvimento
de insetos, que existem em verdadeiros “enxames”. Recomenda-se não permanecer
no local, por causa das muriçocas, que picam sem piedade. Como a gente não
sabia desse detalhe, ao percebermos que estávamos sendo “devorados” pelos
desagradáveis mosquitinhos, saímos correndo e coçando as pernas, com manchas de
sangue por todo lado. Nem sei se repelente adianta, tal a voracidade dos
bichinhos.
Na saída, viramos à esquerda, ao invés
de voltar por onde tínhamos vindo, para circular a pedreira e observar a vista
pelo lado de cima.
Depois, continuamos contornando e
passamos por um carreador entre o canavial e uma matinha nativa, já iniciando a
volta, um belo lugar:
Logo adiante tem um armazém grande e,
antes de chegar nele, uma enorme mangueira, que nesta época do ano tinha o chão
repleto de mangas maduras. Ao lado da mangueira, um abacateiro, com seus frutos ainda
pequenos, em fase de crescimento.
Uns 50 m adiante, há uma casa de um
morador, da qual passamos ao lado, havendo do lado direito, outra mangueira e
alguns pés de pitanga. Logo depois da casa, viramos à esquerda, chegando a uma
ponte de madeira, ao lado de uma moita de bambu gigante.
Continuando, passamos entre casas do
bairro e logo avistamos a casa do telhado de seis lados. Viramos à esquerda e
pegamos o caminho do volta, o mesmo por onde viemos.
Quando chegar à alameda de flamboyants,
se desejar, o ciclista pode descer por ela, para observar o visual da fazenda
ali existente, cuja entrada, na sequência dos flamboyants, tem palmeiras dos
dois lados, mostrando o bom gosto de quem planejou e executou a entrada cinematográfica
do local.
Se não quiser voltar pelo mesmo
caminho, pode virar à direita, depois dos flamboyants, seguindo pelo carreador
entre o canavial e a vegetação à esquerda, que parece ser uma área legal de
preservação permanente (APP), totalmente arborizada e muito bonita. Uns 100 ou
200 m adiante, é só virar à direita, subir em meio ao canavial e dirigir-se ao
pinheiro seco e à cerca viva de sansão-do-campo, pelos quais passamos na vinda, perfeitamente visíveis hoje em
função do canavial ainda não ter crescido muito. Quando a cana estiver grande, a visualização dos pontos de referência poderá ser dificultada.
Aí, já no caminho de volta, é só seguir
em sentido contrário à ida e voltar para casa.
Mais uma curiosidade do caminho: um tronco de palmeira, com um buraco no topo, que certamente deve servir de ninho para pássaros: