Em Rio Negrinho ficamos no Hotel Pousada João de Barro. Custo por casal: R$ 149,00.
O quarto era razoável, mas como a casa oferecia jantar, à noite fomos ao refeitório, que também atende frequentadores externos. E tivemos uma grata surpresa: um restaurante muito acolhedor, com desenhos divertidos nas paredes e comida muito boa.
Quando saímos, o dia estava nublado, mas havia partes do céu sem nuvens. Temperatura agradável para o pedal. No caminho de hoje não estavam previstas grandes novidades:
Num repente, surge uma imagem bem no meio do nada, que mexe com a gente. Plantado ali, sabe-se lá por que alma passageira, um santuário:
E a gente segue o caminho pensando na vida que a gente leva ao pedalar.
Então pedimos licença a Rita Maidana, que escreveu "Catador de Lindezas", para ousar propor que ela se referia aos que viajam de bicicleta.
Pois tal como em seu poema, também por onde passamos "o bem é maior". "A maldade seca, não brota". Todos os dias são "de sol, mesmo em dia de chuva".
Se precisamos de água, sempre há uma casa onde podemos pedir e ser atendidos prontamente.
Aqui "tem cheiro de mato" e os passarinhos cantam e encantam.
Aqui há solidariedade e ouso dizer, é um outro mundo. As pessoas são amigas, há abraços na chegada e beijos na partida. "Quem parte fica para sempre" e quem fica vai com a gente, pois levamos e "deixamos somente boas lembranças".
Aqui "é paz", a gente vive "de encantamento", procurando "bonitezas e bem-querer". Somos "como passarinho" voando de galho em galho, "catando gravetos de cheiro" para perfumar o caminho...
E a gente vai seguindo, pois a distância a percorrer hoje é maior. Os lugares vão-se sucedendo e nós vamos registrando:
Olhando para o céu vemos que o tempo está fechando. As nuvens vão-se acumulando e se tornando escuras:
Então, duas horas depois da saída, começa a chover. Primeiro, devagar, de mansinho, mas aos poucos os pingos vão "engordando" e a gente é obrigada a guardar o equipamento de fotografia, pois não são a prova d'água:
Sob chuva, completamos o trecho. Na verdade, como disse nosso amigo Célio Marinho (aquele que não entra em museu por medo de que não o deixem sair...), este último dia não apresenta muitos atrativos. A gente sai de Rio Negrinho para ir a São Bento do Sul, mas vai em sentido contrário, de início, fazendo uma grande volta para chegar ao destino:
A distância do dia está na placa: 59,8 km.
Para encerrar, o que poderíamos dizer sobre o circuito está impresso nos certificados (nós ratificamos):