segunda-feira, 31 de julho de 2023

Caminho de Nhá Chica - 5ª Etapa - Silvianópolis/Careaçu/Heliodora - 09/06/2023

Há, na saída de Silvianópolis, uma ampla área com calçada para caminhadas, arborizada, cuja parte central é um lago, formado pelo acúmulo de água em antigas cavas de mineração aurífera, de razoável tamanho e beleza inquestionável: 


Logo que passamos o lago, deparamo-nos com um monumento à memória de Nhá Chica, com amplas referências à beata, digna representante da fé cristã:

Já no alto da pequena serra, ao olhar para trás, vislumbra-se Silvianópolis, com a exuberante cadeia de montanhas ao fundo e o Lago dos Bandeirantes em primeiro plano: 
O trecho de hoje, mais uma vez, é formado por estradas rurais de boa qualidade em sua maioria e, na sequência do caminho, uma roda d'água é atração à beira da estrada: 
A sinalização continua de boa qualidade, clara e bem localizada, além de bem vindas placas de alerta aos raros motoristas: 


Em Minas, as situações que propiciam janelas do céu são muito frequentes, devido ao perfil montanhoso: 

E as capelas também constituem presenças constantes em todos os trechos, mesmo em áreas rurais: 

Vejam registros que atestam a boa qualidade da estrada e o aspecto agradável do pedal: 








Passagem por canalização de água para irrigação, elevada de forma bem rústica, sobre a estrada:
Pouco depois das 11 horas chegamos a Careaçu e paramos para almoçar em um bar e restaurante existente na entrada da cidade, às margens do Rio Sapucaí, chamado Bar da Ponte:

O local tem uma comida gostosa a preço acessível e um bom atendimento. Pedalamos até aqui 22,6 km, com 468 m de altimetria. 
Depois do almoço, retomamos o caminho em direção a Heliodora. Na saída de Careaçu, o cruzamento com a estrada asfaltada é evitado com uma passagem sob a rodovia: 
A seguir, atravessamos uma propriedade particular, com direito a porteiras e uma estradinha espremida entre cercas de arame:
Há passagens entre o gado, mas sem sustos. Parecem estar acostumados à presença humana e não fogem, olham-nos com indiferença, talvez com curiosidade. E as porteiras de arame farpado ou tronqueiras também se fazem presente. Neste trecho há 5 delas em seguida, separando pequenas áreas de pastoreio: 

O momento máximo desse pedaço do caminho foi a ilustre aparição de um gavião do peito branco, majestosamente instalado no galho de uma árvore que, sem se incomodar com nossa presença, possibilitou-nos várias fotos em busca do melhor ângulo: 
A passagem é muito pouco utilizada, a não ser pelo gado e pode-se notar isso pela ausência de marcas e o matinho crescendo no leito da estrada: 


Neste ponto, ao chegarmos na baixada, a sinalização do caminho aponta para uma fazenda, com uma porteira fechada. Há um pequeno charco a atravessar, uma subidinha e a porteira. A impressão que dá, por não haver quaisquer marcas naquela direção, é que aquele caminho não é utilizado. Há uma trilha à direita, cujo caminho apresentava mais sinais de utilização, inclusive com uma tábua rústica colocada sobre a parte mais úmida do brejo. Seguimos por ali e chegamos à beira da estrada asfaltada. Poucos metros adiante, uma estradinha saía à esquerda, subindo em meio a eucaliptos. Enveredamos por ali e ao chegar na direção da fazenda citada acima, havia um senhor que nos disse que poderíamos ter atravessado a fazenda, sem problemas. A estrada virava à direita e por ali prosseguimos. 
O pedal segue pela área rural e cerca de 20 minutos depois atravessávamos pela estrada em meio a dois pequenos reservatórios de água: 
Dali em diante o caminho segue a metade do trecho a pequena distância do Rio Turvo, estando este à direita e à esquerda as montanhas. Trata-se de um dos pedaços mais bonitos do percurso, por causa desse posicionamento, tendo o rio de um lado e a montanha do outro. Há travessia de mata e ampla cobertura vegetal nas margens da estrada, propiciando uma sombra refrescante: 
A organização do caminho desenvolve um esforço constante para incentivar o viajante que o percorre. Placas como a da foto abaixo posicionam o ciclista ou peregrino sobre o local onde está e o encorajam a prosseguir e a viver uma vida plena: 
O caminho segue agradável e na hora subsequente continuamos avançando por boas estradas rurais, muitas vezes à sombra da vegetação que às vezes é natural, outras plantada pela mão humana: 


Chegamos então ao asfalto e após pedalar um pequeno trecho por esta estrada, sem acostamento, chegamos a Heliodora: 

Nossa reserva era na Pousada Espora de Prata. Para chegar lá, atravessamos a cidade inteira, passando pelo recinto onde estava sendo realizada uma festa da cidade, com perspectivas de grande movimentação à noite. Passado o núcleo urbano, seguimos ainda talvez aproximadamente 1 km até avistar a entrada da hospedaria. O aspecto da pousada, por ter um grande pátio interno e cocheiras, dá a impressão de ser voltada a cavaleiros, mas ficamos bem instalados, ao lado do local onde é servido o café da manhã que, por sinal, foi o melhor de todo o caminho. O custo da estadia foi de apenas R$140,00, considerando-se o excelente café da manhã. Pedimos o jantar na cidade, com auxílio da proprietária da pousada e desfrutamos uma noite de muito silêncio e descanso merecido. O som da festa na cidade não incomodava. 
Quilometragem do trecho: 24,1 km. Altimetria 397 m. 

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Caminho de Nhá Chica - 4ª etapa - Espírito Santo do Dourado a Silvianópolis (MG) - 08/06/2023

Quando a estadia é agradável, a gente sempre registra a saída junto com os proprietários. Na hora de partir, a pose com o João Peru e Dona Rita: 

Foi muito satisfatória a passagem por Espírito Santo do Dourado, especialmente por causa das deliciosas comidas feitas por Dona Rita. São ambos muito simpáticos e foi realmente um prazer o jantar e o café da manhã com as saborosas iguarias que ela faz. Pracinha na saída da cidade: 
Mais uma vez encontramos estradas boas, às vezes com cobertura vegetal às margens, quase sempre inclinadas, seja subindo ou descendo em meio às montanhas: 
A gente sempre se lembra mais das subidas, pois o esforço é grande e demanda muito tempo. Depois, para descer, é um tiro. Por ora, é a serra de Imbiruçu, morro acima:

A medida que vamos subindo, sempre cabe uma boa olhada para trás. E o vale avistado é muito lindo: 

Na sequência, continuamos pela estrada recortada com seus altos barrancos, fluindo para uma área plana, enfeitada pela araucária, 
no bairro Moinho


Mas, a suavidade dura pouco. Logo retomamos mais uma subida, onde o leito da estrada sofreu com a ação das enxurradas: 
Vencido o morrinho, na meia hora seguinte não houve refresco e, embora usufruindo de alguma sombra, tínhamos que fazer força para continuar a subida: 

Então surgiu uma das passagens mais emblemáticas do caminho: a chamada "Porteira do Céu", exatamente porque está bem no alto do morro. Construíram um banco para que o viajante possa desfrutar do mirante, embevecendo-se com a maravilhosa paisagem à frente: 


Aquela estradinha lá embaixo é a sequência do caminho:







Atingido o topo, a sequência é em declive e vamos chegar rapidamente ao vale lá embaixo: 


Já na parte baixa, chegamos ao Caldo de Cana do Vaguinho e da Fátima, um lugar muito bem arrumado e onde pudemos desfrutar do maravilhoso suco, para amenizar o calor. Um papo muitíssimo agradável e a simpatia do casal fizeram com que nos demorássemos por ali: 



Ao lado da barraca, maravilhosas cristas de galo inundavam os olhos de prazer pela sua cor vibrante e formosura: 
Dali para a frente, foi mais cerca de meia hora tranquila de pedal, até chegar em Silvianópolis: 


Dormimos em Silvianópolis no Hotel Luciana, diária de casal de R$200,00, com café da manhã, bem fraquinho. 
Quilometragem do dia: 19,8 km. Altimetria 696 m.