quarta-feira, 20 de junho de 2018

Circuito das Araucárias - 1º dia - São Bento do Sul aos Chalés Mokwa (Rota das Cachoeiras) - 05/06/2018

O tempo estava chuvoso desde a véspera. A previsão para a terça-feira, primeiro dia de pedal, anunciava chuva também. A temperatura máxima  do dia cravava 14° C.
Aí, vem aquele pensamento na cabeça: será que vale a pena? Chuva e frio, barro, riscos de quedas aumentados por causa do terreno escorregadio. 
Levantamos às 7 h com intenção de sair às 8:30 h. Acabamos saindo às 9:20 h. 
Embora estivesse tudo molhado, não estava chovendo:
Logo na saída passamos por um mirante, porque o hotel fica no alto de um morro. Tem uma vista da cidade, bastante encoberta pelas árvores, por isso mostramos só a passarela:
E já, no local, temos uma amostra do que certamente será a tônica deste circuito: muitas araucárias...
Na praça, localizada atrás do prédio do Departamento de Turismo, fica o coreto, marco inicial do caminho:
O ponto 0 do circuito está localizado logo atrás do coreto:
Há que se observar com muita atenção as indicações contidas nas placas de sinalização concomitantemente com as descrições da cartilha e o odômetro da bicicleta. No caso, a seta indica a direção da saída, mas não significa que a distância indicada nela (0,4 km) tenha que ser percorrida em linha reta. Desacostumados com essa forma de orientação, tivemos um pouco de dificuldade no começo, porque não lemos com atenção a descrição na cartilha, que dizia "contorne o quarteirão"...
Acertado devidamente o caminho, percorremos um trecho em paralelepípedos e 5,5 km depois era hora de deixar o asfalto e ir para a terra:

Outra característica da região, as casas de madeira, que vamos ver muito durante o percurso:
E logo deslisávamos pela estrada lisa e bem feita, cercada de verde, que se apresentava aos nossos olhos, sempre tendo as araucárias como pano de fundo:

Km 8,5: aqui começam os 10 quilômetros de descida do primeiro dia. Um dócil e lindo cachorro veio animar a manhã:

A descida, em meio à floresta, propicia paisagens encantadoras:


No km 12,2, a passagem pela "cachoeirinha":

Muito isolamento, floresta e piso bom, bem liso. Normalmente, a estrada é um recorte na montanha, tendo de um dos lados, um despenhadeiro, que termina em um riacho, ao lado do qual se desenrola grande parte do caminho:




No km 23,4, uma casinha protegendo uma bisca d'água:
No km 24, passagem por Rio Natal: o cemitério e a igreja:


Aí começou a chover. A princípio, de leve, porém logo começaram os "pingos gordos". Foram ao menos três pancadas de chuva em seguida. Mas, continuamos assim mesmo, nossos alforjes e mochilas estavam devidamente protegidos.
Neste ponto (próxima foto), a paisagem que se descortinava abaixo era encantadora (foto seguinte). Ainda não sabíamos, mas iríamos atravessar o rio por aquela pontezinha de concreto que se vê em primeiro planto, antes da ponte da linha férrea:

E aí estávamos nós atravessando a pontezinha. Então, da ponte de concreto avistando a ponte de ferro, depois, da ponte ferro vendo a ponte de concreto...

E aqui está a ponte e a estrada de ferro. É sempre um motivo de alegria encontrar uma ferrovia, pois o Brasil, um país de dimensões continentais, quase extinguiu sua malha ferroviária....


Um nevoeiro muito denso foi nossa atração seguinte:

Também é sempre uma diversão curtir e registrar a passagem por dentro de um pequeno curso d'água que escorre montanha abaixo:
Os antúrios do sr. Morel, morador deste trecho do caminho, que combatia o frio sorvendo seu chimarrão fervente:

As plantações de banana serão outra constante ao longo do caminho. E a montanha, semi-encoberta pelo nevoeiro, é uma curiosidade que enche os olhos de admiração...

Finalmente, 38,7 km depois, chegando aos Chalés Mokwa:
Aí, tivemos um outro problema: nos chalés e nas casas nas proximidades, não se via viva alma. Procuramos por todos os lados, até encontrar um rapaz que trabalhava em um barracão. Perguntado sobre quem tomava conta dos chalés (onde havíamos feito reserva antecipadamente), ele nos disse que dª Maria, que cuida do local, havia ido para a casa da filha, que estava doente e que seu marido estava trabalhando na roça e ia chegar mais tarde. 
Resolvemos então ir para o Camping Rio Novo, a cerca de um quilômetro de distância, onde havíamos solicitado, também antecipadamente, que nos preparassem o jantar. Entramos e também não encontramos ninguém. Depois de chamar e aguardar um bom tempo, sem nenhuma resposta, resolvemos perguntar em uma casa próxima. O morador nos disse que o casal responsável pelo acampamento havia ido para a cidade, ao médico e que, provavelmente, chegariam mais tarde...
Aguardamos até às 18 h, já estava escuro e ninguém apareceu... Voltamos então para os chalés onde, felizmente, o sr. Elton, o marido da dª Maria, havia chegado e nos recepcionou. Ao contarmos a história do jantar para ele, sensibilizou-se e prometeu ir falar com o sr. Dias, que tem um restaurante próximo, para ver se ele teria alguma coisa para comermos, pois estávamos sem almoço...
Então, finalmente, pudemos tirar a roupa molhada e tomar um reconfortante banho quente. O sr. Elton voltou e nos disse que o sr. Dias estava numa novena, mas que voltaria depois das 19:30 horas e que daria um jeito de preparar ao menos um sanduíche para nós...
Boas notícias, afinal. 
E assim sucedeu-se. Depois do banho, subimos para o restaurante, onde pudemos repor as energias com um sanduíche de hambúrguer caseiro e salada. O café da manhã do dia seguinte, veríamos o que se poderia fazer, já que o sr. Dias não tinha nada, nem nos chalés. 
O jeito seria tentar de novo lá no acampamento Rio Novo...

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