sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Estrada Real - Caminho dos Diamantes - 1º dia - Diamantina a São Gonçalo do Rio das Pedras - 22/11/2015


              Diamantina...



                     Berço de JK


Cujo centro histórico foi declarado "patrimônio mundial" pela Unesco

Foi o local que escolhemos para início da ciclo-viagem mais dura que já fizemos em nossos 10 anos de pedaladas. 
Nosso grupo, desta vez, estava composto por cinco pessoas: Benê Almeida Prado, Eros, Walkiria Mamedes, Renata Baruffi e eu:
Preparação: Colocamos as cinco bicicletas na Montana, retirando a roda dianteira de quatro delas e protegendo o local do freio a disco com o equipamento apropriado. O trajeto, de aproximadamente 750 km, entre Ribeirão Preto e Diamantina, foi feito passando pelas seguintes cidades: Batatais, São Sebastião do Paraíso, Passos, Piumhi, Pimenta, Pains, Arcos, Lagoa da Prata, Moema, Bom Despacho, Martinho Campos, Pompéu, Curvelo, J.K. e Gouveia.
As estradas estão boas, encontramos apenas alguns trechos em MG com pequenos buracos no asfalto e outros que estão em obras. Também há pedágios, mas os preços não são extorsivos como os de alguns pontos que todo mundo conhece no Estado de São Paulo.
Neste carro fomos minha esposa e eu, sendo que o restante do grupo seguiu em outro veículo. 
Chegamos no sábado à tarde, dia 21/11/2015, com reservas feitas na Pousada Nhá Mocinha.
Os carros, por gentileza de Dª Ana, gerente da pousada, ficaram na garagem e viríamos buscá-los ao final da pedalada.

Partimos por volta de 8 horas do dia 22/11/2015, após o delicioso café da manhã:

Mandamos confeccionar camisetas alusivas ao evento, porém tivemos problemas com questões de tamanhos e cores, que acabaram não ficando conforme o combinado. Mas, não íamos perder o humor por causa disso e estávamos prontos para curtir o pedal.
A planilha da Estrada Real marca o começo na Catedral Metropolitana:







Saímos subindo pela rua lateral da igreja, neste piso de pedra que não facilitava nada:
Logo adiante passamos em frente à casa da Chica da Silva, personagem de nossa história, vivida magistralmente no cinema por Zezé Mota:
Como chegamos no sábado à tarde e o dia seguinte, obviamente, era domingo, não havíamos conseguido o passaporte, pois o Centro de Turismo estava fechado e a pessoa, cujo telefone era disponibilizado, disse que não fazia mais este tipo de atendimento. 
Então, na saída da cidade, ao passarmos pela Pousada do Garimpo e encontrarmos o primeiro marco, em conversa com pessoas no local (hóspedes e funcionários da pousada), acabamos descobrindo que eles fornecem o passaporte e apõem o 1º carimbo:

Já na periferia da cidade, encontramos um grupo de motociclistas de Florianópolis-SC. A interação foi imediata e extremamente amigável:
E então as paisagens das Gerais começaram a se descortinar aos nossos olhos:



















A pose, que se repetiria várias vezes durante toda a viagem, era clássica: os aventureiros, montados em seus cavalos de alumínio, com as montanhas ao fundo.

















A estrada de terra em geral era boa, mas perigosa nas descidas, em razão da erosão provocada pelas enxurradas e do cascalho:

As rochas, que se constituem na grande riqueza mineral do estado, serão "personagens" constantes de nossas fotos até o final:

Exercitando a imaginação sobre esta foto de cima, dá para voar bem longe...




Outro "personagem" encontrado em abundância será as cachoeiras. Esta é bem à beira da estrada:
A sinalização deixa muito poucas dúvidas durante a quase totalidade do caminho que percorremos. Apenas algumas situações específicas geraram dificuldades de compreensão da direção a seguir, como a ausência do totem quando teríamos que virar para uma estrada secundária. A consulta à planilha elucidou a questão:
A vegetação, que tinha muitos sinais do fogo que a consumira no período das secas, com as chuvas intensas que têm ocorrido ultimamente, estava exuberante:

Após 30 km de percurso, chegamos ao rio Jequitinhonha:




















Lição da natureza para a vida: às vezes, bem perto dos espinhos e em meio à rigidez das pedras, há flores:
Após uma árdua subida, finalmente um alento:
O bar (e restaurante) do Ademil tem, incrivelmente, uma parreira que o circunda. Uma coisa linda de se ver: 

Veja, na foto aproximada, os lindos cachos de uva da parreira do Ademil:












A vista, a partir da janela do estabelecimento do Ademil, revela uma São Gonçalo totalmente arborizada, com os telhados das casas ponteando aqui e ali, entremeando a vigorosa vegetação:
Houve tempo ainda para a visita à Cachoeira do Comércio, antes de ir para a pousada. Ela fica encostada na cidade:



A cachoeira, propriamente dita, é muito alta e não cabia em apenas um instantâneo da máquina fotográfica. Tentei juntar as duas fotos em uma só, mas não sei trabalhar com os softwares disponíveis e o resultado deixou a desejar. Por isso, aí vão as duas fotos separadas. Usem a imaginação para juntá-las:
                     
Para chegar até a parte de baixo, a trilha no meio da mata não é muito clara a partir de um certo ponto e acabei não conseguindo ir até o final. Digamos que desci uns 2/3 da altura da queda. Tinha que voltar logo, porque poderia escurecer e as coisas se complicarem para voltar, por causa das dificuldades técnicas. Uma das passagens, sem ponto de apoio, era essa:
Assim terminamos nosso primeiro dia. Cansativo, extenuante, mas maravilhoso...




2 comentários:

  1. Pois é, Ecedir. É tudo muito lindo lá. E dá prá fazer de carro também! Abração prá você e prá Jurema!

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