Num
determinado momento passamos por um pé de urtiga. Na parte de cima da folha
você pode tocar, sem problemas, já na de baixo, nem pense!
A
plantinha da próxima foto é utilizada nas floriculturas para compor arranjos. Seu formato e as
cores ajudam a embelezar ramalhetes e afins...
A plantinha a seguir é conhecida como unha-de-vaca. Pelo folclore local, as moças que
conseguirem abrir a folha mais nova do ramo (veja no detalhe), sem estragá-la, vão conseguir arrumar
namorado...
E
esta a seguir é a erva-de-rato. Se o gato
comer, morre!
Um
dos marcos da divisa SP-MG mostrado no detalhe. Ele está localizado bem ao pé
deste pinheiro.
A crença popular diz que se a frutinha do juá (foto ao lado) for aquecida, partida ao meio e colocada sobre furúnculos, tem o poder de atrair o carnegão para fora.
Finalmente
chegamos: Pedra da Onça. Altitude: 1.692 m. A placa que contém a informação foi
confeccionada com erro. Pausa para
um descanso e lanchinho para repor as energias.
A visão de cima da pedra (foto ao lado). As primeiras casas que se vê abaixo são do Bairro do Alegre e bem ao fundo, a cidade de Brasópolis.
Iniciamos a volta, que não é feita pelo mesmo caminho da vinda. A trilha é um circuito que se fecha no bairro do Cantagalo. Em uma clareira da mata, avistamos a famosa Pedra do Baú.
Encontramos aqui um exemplar do xaxim, que é uma samambaia pré-histórica, cujo tronco é utilizado para extração dos famosos vasos de mesmo nome. Reza a lenda que quem quiser entregar a alma ao diabo, é só jogar truco, na sexta-feira santa, embaixo desta planta!
As intensas chuvas que têm ocorrido, acompanhadas de fortes ventos, às vezes fazem estragos na floresta: esta árvore não resistiu e foi arrancada, expondo no ar sua raiz...
Em mais uma clareira da trilha, pudemos avistar a cidade de Paraisópolis. Continuávamos, ainda, bem no alto da montanha...
A descida agora era difícil e a ajuda dos guias, imprescindível. O bom humor, porém, prevalecia.
Encontramos também a taquara, espécie de bambu utilizada em artesanato, especialmente na confecção de peneiras.
Faltavam
três quilômetros, mas para nosso psicológico eram 300...
Uma
pinha, que foi derrubada pelos ventos, ainda verde. Veja nos detalhes, depois de partida, as
partes interna e externa. Não confundir com a pinha fruta-do-conde. Esta é a
que produz os pinhões. Nunca é vista madura, pois quando os pinhões se
encontram prontos, ela se abre ainda no pé e os frutos se espalham pelo chão. É
uma fonte de renda no bairro, pois os pinheiros se espalham fartamente pelas
encostas e morros.
Mais
fotos, agora da descida:
Finalmente,
a visão de Cantagalo. Agora está perto...
Por
trás da árvore seca, uma plantação de azeitonas, que está abandonada. Mas há na
região, agricultores que se ocupam da produção de azeite de oliva com sucesso,
devido ao clima frio que predomina a maior parte do ano. O produto acabado
atinge preços muito bons no mercado.
No final da trilha, o joelho começou a falhar. O jeito foi pedir carona a um cavaleiro cavalheiro que passou, que por sorte, era conhecido dos guias. O Sr. João, vereador em Luminosa-MG, incontinenti e gentilmente cedeu seu cavalo e acompanhou-nos a pé. Agradecemos muito seu gesto.Assim, terminamos o circuito, de volta à Pousada do Galo, onde estávamos hospedados. Muito limpa e arrumada, com o cuidado e o carinho de Dona Helena, mãe do Daniel.
Agradecemos,
aqui, os guias, foram fantásticos. Competentíssimos. Aliás, o Daniel, pela
postura e pela divulgação dos pontos fortes do bairro, que vem se desenvolvendo
rapidamente com a exploração do turismo, um dia será o prefeito, quando o
povoado se emancipar... Não sei se ele é igual ao Raul Seixas e não quer ser
prefeito, mas age dando força aos produtores locais, seja de queijos, de
roscas, de doces ou artesanato, promove o turismo desenvolvendo trilhas
ecológicas com seu parceiro e incentiva a prestação de serviços, como a casa de
café da Dona Aninha. Parabéns, pessoal. Seu grande trabalho certamente será
recompensado com o merecido sucesso e o pleno atingimento de seus objetivos.
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