terça-feira, 20 de setembro de 2011

Caminho dos Anjos - 6º dia - da Cachoeira dos Garcias ao Espraiado do Gamarra

Se ontem eu disse que o dia foi duro, o de hoje foi duríssimo. Um dos mais difíceis que eu já enfrentei, dentre todos os caminhos que já percorri. No pior aclive, tivemos que subir cerca de 150 metros em 1 km! Saímos bem tarde, às 10:20 h, porque estava muito frio de manhã e totalmente nublado, um nevoeiro digno de filmes de terror. Aguardamos melhorar a claridade do dia e esquentar um pouco, para sairmos. De início, só subidas. Subimos 230 metros em pouco mais de 2,5 km, para atingir o ponto mais alto do Caminho dos Anjos, em 1900 m de altitude, dentro do parque da Serra do Papagaio. Neste trecho, o Rodrigo fotografou este gavião:

Preparando uma descida sobre o calçamento de pedras:

Depois foram cerca de 10 km de descidas, dificílimas, ora em calçamento de pedras, muito íngremes, ora em estrada de terra, com muitas pedras porosas recortando o terreno. Buracos, declividade forte, perigos constantes. Mas a paisagem era fascinante:

Aspecto da descida, podendo ser observado o estado difícil do piso:

Aproveitando o cimento à beira da sarjeta para evitar a forte trepidação da descida no calçamento de pedras:

Um bonito trecho do caminho: estradinha lisa, arborizada.

Vejam na sequência, quatro fotos do Caminho que a gente nem explica, só admira...




Mais uma visão muito linda do Caminho nesta etapa:

A variedade vegetal: neste trecho, samambaias gigantes.

"Laranja madura, na beira da estrada, tá bichada ou tem marimbondo no pé". Foi só avistar a árvore carregada de frutos maduros e o Célio já cantou a tradicional canção. Que, infelizmente para nós, estava certa: as laranjas eram da espécie "da terra", aquelas que se usam para fazer doce.

Aí, o pior. Segundo o Célio, era uma “ladeira íngreme”, tal a inclinação da subida. Nenhuma chance de pedalar, era só empurrar, mesmo. Muitas pedras grandes desalinhadas, sobre o leito carroçável, colocadas ali para melhorar o piso para os automóveis, porém com a ação das enxurradas, só fizeram tornar o tráfego um exercício de paciência. Uma subida terrível, a mais longa e íngreme ao mesmo tempo que já percorremos. Então chega-se ao "Vale da Cura":

Chegamos à Fazenda Rosa, para tomar um lanche, às 3 h da tarde. Um pouco antes de chegarmos ali, a bicicleta do Célio quebrou (macaquinho do câmbio), tornando inviável para ele continuar o Caminho. Tomamos um lanche de omelete, queijo e guaraná, antes de continuar. O Célio e o Rodrigo foram de caminhonete para Baependi, para concertar a bicicleta e Eros e eu seguimos pedalando. Mais um trecho de cerca de 1 km de subida forte e depois alternamos descidas, pequenas subidas e trechos de pequena inclinação, até a chegada ao Espraiado do Gamarra, às 17 horas. A imagem da foto mostra um trecho do rio que forma uma prainha natural, a qual os moradores da região utilizam como área de lazer.

Com isto, 24 km depois, encerramos o 6º dia. Amanhã tem mais.

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