Logo de cara, uma cena inusitada: um canário lindo, amarelinho, que desafiava um adversário virtual no espelho do carro do dono da pousada. É isso mesmo, ele assentava em frente ao espelho e promovia a maior briga consigo mesmo. De se ouvir a alguns metros de distância as batidas do seu bico no vidro. Quando a gente se aproximava, ele fugia, mas logo voltava e reiniciava a batalha:
Deixamos a pousada às 08:45 h da manhã, prometendo, no íntimo, voltar algum dia para desfrutar a maravilha de atendimento da Cíntia e do Juninho e a tranqüilidade do lugar:
Segundo nosso companheiro de viagem, o Célio, aficcionadíssimo do GPS, que ele carrega e consulta na menor dúvida, a altimetria de hoje poderia ser representada como os dentes de um serrote, com uma cabeça de jacaré de boca aberta e outros jacarezinhos menores, no final. Pedalamos a maior parte do tempo por uma estradinha (veja a foto), margeando um rio que em muitos trechos tinha mais de 10 metros de largura. A característica principal de hoje é que teríamos que passar por mais de uma dezena de porteiras, o que poderia ser evitado se trafegássemos pela estrada principal, alternativa descartada por causa da intensa poeira provocada pelo tráfego de veículos naquela via.
Veja mais um aspecto da estrada:
O rio que, como citamos, segue ao lado da estrada:
O dia esteve nublado durante todo o nosso trajeto, só abrindo um pouco o sol após as 14 horas, quando já tínhamos chegado à Estalagem do Mirante, a 4 km de Aiuruoca. O pico da foto, cercado por nuvens, nós contornamos à distância:
Um trecho muito bonito e agradável do Caminho: de um lado eucaliptos, do outro, pinheiros:
A estrada, neste ponto, bem perto do rio:
Há trechos em que o leito do rio está escavado nas pedras:
A Estalagem do Mirante, onde nos instalamos para passar a próxima noite. Tem esse nome porque possui dois mirantes para o rio Aiuruoca, um que dá visão rio acima, outro rio abaixo.
À tarde, depois do almoço, fomos ver a cachoeira do “Deus me Livre”, a cerca de meia hora da estalagem. A foto mostra a passagem do Rodrigo sobre o rio, por uma pinguela, no caminho para a cachoeira:
A trilha, para se chegar à cachoeira, atravessa a floresta que margeia o rio e tem dificuldades de acesso, como passagens estreitas entre árvores e pedras, ou troncos caídos como o da foto:
Outro trecho da trilha para a cachoeira:
Finalmente, a cachoeira. São 3 quedas de 15 m de altura, mas a gente só consegue chegar até a última.
A foto a seguir, tirada do mirante que dá nome à propriedade, encerra a etapa de hoje. Amanhã será um trecho de 18 km, 14 dos quais serão subida. Porque necessitamos de manutenção nas bicicletas, entre outras razões, decidimos hoje enviá-las de caminhonete (após os serviços), assim como nossas mochilas e alforjes e efetuarmos o percurso a pé. Na próxima inserção conto como foi...
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