Espera Feliz/Caparaó/Alto Caparaó
Dia de poucos atrativos. Todo o trecho se desenvolve em estradas de terra com muita poeira, tráfego muito acima da média e motoristas sem cuidado com os ciclistas. Muitos deles passavam por nós sem ao menos reduzir a velocidade, pouco ou nada se importando com a nuvem de poeira que provocavam, como a dizer ninguém mandou vocês estarem aí. Como já falou alguém no meio do ciclo turismo, a gente estava simplesmente "cuspindo tijolo".
Na minha opinião, este é o pior trecho do caminho, em contraste com o de ontem, por exemplo, que esbanja beleza, especialmente na parte em que percorremos a estrada de ferro desativada.
Exatamente por isto, não há muitas fotos e nem muito o que falar.
Como o dia anterior, este também é de constante subida, o que pode ser constatado no vídeo do Relive ao final. Passagem por comunidades: Entrada de uma fazenda
Notem o acúmulo de poeira às margens da estrada: A cena mais bonita do dia ficou por conta dos meandros do rio: Erosões nas encostas também chamavam a atenção: No interior, as comunidades sempre erguem igrejas, geralmente tendo ao lado um local de festas. Ao menos uma vez por ano, o povo se reúne para, após as celebrações religiosas, se divertir com leilões, bebidas, comidas, jogos, etc., quase sempre com o objetivo de angariar fundos. Os moradores produzem as prendas que vão a leilão, que os próprios moradores ou visitantes arrematam e o resultado financeiro é da igreja. Esta tem à frente, um belo cenário: Placas marrons sempre indicam atrações turísticas ou culturais: Muito pouca sombra o dia todo. Mas as marcas do pó estão em todos os lugares:
Aos 18 km de pedal, chegamos à guarita que marca uma bifurcação do caminho. Há duas opções: seguir pela comunidade de Galiléia ou via cidade de Caparaó.
Nós escolhemos a segunda opção e, pouco mais de 10 minutos depois, chegamos a Caparaó, onde almoçamos em um restaurante de auto serviço, localizado na rua principal.
Às 12:56 h, continuávamos subindo na direção de Alto Caparaó, porém, desta vez, agraciados com um pouco de sombra: Em algumas partes, o que mais chama a atenção é a cor das plantas e dos objetos, pelo acúmulo de poeira: Quase chegando em Alto Caparaó, um dos raros ipês floridos encontrados. A paisagem passa uma impressão de desolação: Logo à frente, uma outra árvore que não sei identificar, esta com flores vermelhas: Mais 10 minutos de pedal e chegamos a Alto Caparaó. Mas, nossa pousada fica do outro lado da cidade, por isso tivemos que atravessá-la inteira, de ponta a ponta, sempre subindo. Já na outra extremidade, a praça da matriz: Para chegarmos à Pousada do Bezerra, onde nossa estadia estava reservada, saímos da cidade pela estrada que leva ao Parque Nacional do Caparaó, que abriga o Pico da Bandeira, o terceiro mais alto do Brasil, com 2.892 m de altura. Por ali se encontram muitos locais de hospedagem, restaurantes e outros pontos comerciais, além de um belo riacho: Então chegamos ao ponto mais alto do dia, com 1.105 metros de altitude. Percorremos 35 km e a altimetria acumulada atingiu 853 m.
Nenhum comentário:
Postar um comentário