Distância de Alto Paraíso de Goiás: 58 km, sendo 38 km por asfalto, até São Jorge (desde a Pousada Casa Rosa) + 14 km em terra até o 1º estacionamento (estrada difícil) + 3 km por estrada interna da propriedade, em terra (bem difícil) + 3 km de trilha, a pé.
Custo da visita: R$ 25,00 por pessoa (mais de 60 anos paga meia) + R$ 150,00 do guia (imprescindível).
Almoço: não tem comida ou onde comer.
A estrada de terra que segue de São Jorge para o oeste, utilizada para chegar à cachoeira, é bem larga, esburacada e com grandes camadas de pó de terra, que fazem, nesta época, uma poeira quase insuportável. É bastante utilizada, por isso a poeira não chega nem a baixar, você a percorre sob pó quase o tempo todo.
Entrando na propriedade, através de uma porteira, não tem mais poeira, porém é uma estrada interna, com muitos buracos e trechos com pedras, que tem que ser percorrida com muito cuidado e calma.
O ingresso você paga em São Jorge, no escritório da fazenda, onde é colocada uma fitilha no pulso. Ao chegar no primeiro estacionamento, um dos proprietários (ou funcionário) faz a checagem e dá dicas. Daí até a cachoeira são 6 km, havendo a possibilidade, caso você esteja com um veículo mais alto, de avançar por mais 3 km até o 2º estacionamento, prosseguindo dali os 3 km finais a pé. Escolhendo esta segunda opção, terá que fazer quatro passagens por dentro do rio, com cerca de 20 a 30 cm de altura da água.
A trilha segue, de início, em meio à floresta e depois margeando ou cruzando (o que se faz seis vezes) o riacho sobre pedras e é tudo o que se pode desejar de uma trilha: agradável e sem grandes dificuldades:
Antes da cachoeira, há um poço espetacular, conhecido como "Prainha".
Há no local estrutura para sentar, descansar um pouco ou mesmo fazer um lanche. E a natação, na água fria e límpida, é reconfortante.
Depois da "Prainha" a trilha segue, com um pouco mais de dificuldade em alguns trechos, mas sem maiores problemas:
No caminho é possível reabastecer as garrafas de água em uma pequena mina, utilizando uma folha como canaleta:
Ao nos aproximarmos da cachoeira, a trilha muda de figura e as grandes pedras anunciam a queda d'água:
A cachoeira é realmente espetacular: 114 m de altura e um poço convidativo. O sol só bate no poço nos meses finais do ano. A água é muito limpa e fria:
O nome da cachoeira é atribuído à história. Consta que a família que é proprietária da área veio para o local há mais de 30 anos e descobriu cristal na região. O cristal é especial, de tons avermelhados, raro e por isso resolveram manter a localização em segredo. Daí, com o tempo, adveio o nome.
7º dia - 04/06/2017 - De manhã - Cachoeira do Poço Encantado
Distância de Alto Paraíso de Goiás: 58,2 km, sendo 56 km por asfalto, sentido Cavalcante (desde a Pousada Casa Rosa) + 2 km em terra + 200 m a pé.
Custo da visita: R$ 20,00 por pessoa (mais de 60 anos paga meia). Não precisa guia.
Almoço: Há lanchonete e restaurante no local.
Local de acesso muito facilitado, extremamente bonito e agradável. A trilha é muito curta e sem dificuldades:
A queda d'água tem 38 m no total e o volume, nesta época, não era grande (na foto do site original há um volume muito maior de água).
Há pranchas de stand-up para aluguel (R$ 20,00 por meia hora). A prática é muito facilitada devido à calmaria da água e mesmo principiantes conseguem se divertir:
7º dia - 04/06/2017 - À tarde - Cachoeiras Anjos e Arcanjos
Custo da visita: R$ 20,00 por pessoa (mais de 60 anos paga meia e mais de 65 nem paga). Não precisa guia.
Saímos de Alto Paraíso, sentido bairro do Moinho. A estrada de terra chega a ser até perigosa, nesta época, por causa da poeira e ausência de vento para dissipá-la. A entrada da propriedade é dotada de um colorido portal:
O lugar é tão especial que nos enche de alegria e vontade de brincar:
A chegada à Cachoeira Cariocas é muito íngreme e requer o auxílio de uma escada de madeira:
Não há guarita ou controle. Você estaciona num descampado preparado para isso, onde também há um acampamento. Passa em frente à casa do proprietário, que é estrangeiro e está em algum lugar nas proximidades. Após o pagamento, seguimos pela trilha, agradável, no início, mas duríssima em alguns pontos. A sinalização é escassa e, na volta, saindo da Cachoeira dos Arcanjos para a Cachoeira dos Anjos, chegamos a errar o caminho entre as grande pedras, pois não há marcas e tivemos que voltar um trecho para achar a trilha certa.
A cachoeira dos Arcanjos é muito bonita e sua água escura bem diferente das outras que vimos até agora:
A água é bastante escura e por conta disso não dá para ver o fundo do poço. As pedras no local são gigantescas, o que o torna inusitado. A queda da água na Cachoeira dos Anjos é única, não é espalhada, o que a diferencia da anterior:
8º dia - 05/06/2017 - Vale da Lua
Distância de São Jorge: 11,6 km, sendo 7 km de asfalto (sentido Alto Paraíso de Goiás) e 4 km por estrada de terra, boa. A trilha a pé tem 600 m.
Custo da visita: R$ 20,00 por pessoa (mais de 60 anos paga meia). Não precisa guia.
Almoço: Não tem estrutura para comida.
Local bem sinalizado e trilha de fácil acesso:
No caminho há um pequeno mirante, cuja vista é essa:
O local lembra mesmo uma paisagem lunar. O rio São Bartolomeu escavou durante milhares (milhões?) de anos as pedras de quartzo e o resultado é um espetáculo inédito. O socorrista Léo nos mostrou tudo com muito gosto:
Mas o rio se abre em refrescantes e límpidos poços, que fazem a delícia do visitante:
Se não fosse pelo socorrista que nos mostrou o local, talvez nunca tivéssemos percebido mais uma atração inédita da Chapada: uma pedra enorme, apoiada em três dos quatro lados sobre outras pedras, embaixo da qual a água propicia deliciosos banhos e duchas:
9º dia - 06/06/2017 - Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - Cânion e Cachoeira Cariocas
Distância de São Jorge: 1 km até o parque. Trilha interna a pé de 12 km (ida e volta).
Custo da visita: Não há custo e não é necessário guia.
Almoço: Não tem estrutura para comida. Na entrada do parque há um trailer, onde se pode tomar um lanche ou tomar um suco de polpas.
Trata-se de um lugar maravilhoso e inesquecível. Tem estacionamento para bicicletas e automóveis. O estacionamento gratuito para veículos é bem pequeno e há um estacionamento particular com cobrança de tarifa.
Chegando ao parque, se é a sua primeira visita, você é orientado a assistir um áudio-visual contendo explicações sobre os caminhos internos e recomendações sobre segurança. Preenche-se uma declaração de responsabilidade contendo os nomes dos visitantes, cuja entrada e saída é controlada. Não é cobrada nenhuma taxa de ingresso.
A sinalização interna é ótima e as cores das setas indicam as atrações existentes nos destinos.
As trilhas são muito bem demarcadas em meio à vegetação de cerrado e a passagem constante de visitantes não deixa margem a dúvidas e erros:
As flores do cerrado são um caso de amor à parte:
Grandes pedras anunciam a chegada do cânion. O lugar é simplesmente espetacular. Rio e pedras, água de tons escuros, mas transparente e a paisagem de deixar boquiaberto:
E o cânion, pequeno, mas nem por isso menos belo, nos faz agradecer à vida pelo espetáculo que nos proporciona:
A água, depois de passar pelo cânion, forma um poço maravilhoso:
A trilha de saída e que também conduz à Cachoeira Cariocas segue em meio e sobre muitas pedras:
O lugar não decepciona. Mais uma vez, os olhos se deliciam com a pródiga natureza:
A água, menos fria do que em outros locais, nos propicia um banho repositor de energias:
E os peixinhos são, mais uma vez, um espetáculo à parte:
As setas brancas indicam o caminho de volta:
10º dia - 07/06/2017 - Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - Corredeiras e Saltos I e II
Distância de São Jorge: 1 km até o parque. Trilha interna a pé de 11 km (ida e volta).
Custo da visita: Não há custo e não é necessário guia.
Almoço: Não tem estrutura para comida. Na entrada do parque há um trailer, onde se pode tomar um lanche ou tomar um suco de polpas.
No segundo dia no parque não foi necessário assistir ao áudio-visual. Fizemos a ficha de responsabilidade e entramos direto. O destino de hoje era marcado pelas setas amarelas. Primeiramente fomos visitar as corredeiras. A trilha é bastante tranquila:
Neste caminho foi possível observar restos das cavas que eram feitas pelos garimpeiros a procura dos cristais, riqueza que foi explorada antes de que o local fosse transformado em parque nacional:
As flores do cerrado, mais uma vez, nos propiciam um maravilhoso espetáculo:
Chamou-me bastante a atenção o tablado feito no último quilômetro antes de chegar.
Disseram-nos pessoas que estavam trabalhando na manutenção (os sinais dela podem ser vistos nas fotos abaixo), que ele foi construído a mando da Sra. Carla, última presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes para o Biodiversidade), para permitir o acesso a cadeirantes. O atual presidente do Instituto o está mantendo.
As corredeiras são mais um atrativo do parque:
A trilha para os saltos é pesadíssima, com muitas subidas e descidas feitas de escadas naturais de pedras totalmente irregulares. Por isso, vi em três lugares diferentes bancos para descanso:
O Salto I, de 80 m de altura, é acessível e permite-se mergulho:
O Salto II, de 120 m de altura, é inacessível. Ou melhor, não é permitido o acesso. O ICMBio entende que a área deve ser preservada da presença de humanos, por ser um nicho de reprodução da fauna. Podemos avistá-lo apenas de um mirante lateral:
E fechamos assim, com chave de ouro a visita ao PNCV.
Há, ainda, na Chapada, outras atrações como o Morro da Baleia, o Jardim de Maytréa, pelos quais passamos várias vezes, ao transitar entre Alto Paraíso de Goiás e São Jorge, mas que não vimos neles grandes atrativos, o Sertão Zen e muitas outras cachoeiras, que ficarão para uma outra oportunidade. Achamos que escolhemos as mais bonitas...
Amei!!!
ResponderExcluirÉ bom demais, né não?
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