sábado, 9 de julho de 2016

Blugrama - Navegantes (SC) a Gramado (RS) - 7ª etapa - De Rio Rufino (SC) a Urubici (SC) - 03/06/2016

Rio Rufino, onde atualmente está muito desenvolvida a produção de vime, cujas plantações crescem em quantidade e área, em detrimento das culturas agrícolas tradicionais, tornou-se, em função disso, a "capital brasileira do vime". A planta encontrou, na região, clima e solo ideais para o seu desenvolvimento, chegando a atingir até o triplo do tamanho normal, multiplicando o resultado e se transformando na cultura mais rentável para o produtor rural local.

Saímos da cidade pela avenida lateral do "Supermercado Paris", chegando rapidamente à estrada de terra, a SC-370.
O percurso hoje atravessa diversos pequenos povoados, tais como as comunidades de Rio da Areia, Rio do Tigre, Consolação e Rio Vacariano. Vimos também plantações de maçãs, milho, tomate e tabaco. Passamos pela entrada do Morro do Campestre (mas não subimos), onde está localizada uma interessante formação rochosa da qual um detalhe é conhecido como "o beijo" (veja na Internet). Na região, o turismo rural é muito explorado, em função das muitas e belas atrações que dispõe, especialmente para os amante da natureza.




Um dos atrativos do dia foi esta árvore maravilhosa, que encontramos no caminho, carregadíssima de umas frutinhas vermelhas que eu não conhecia. Ao tentar descobrir seu nome na Internet, vi que há uma grande discussão a respeito, sem contudo se chegar a uma definição conclusiva. Uns dizem que é cereja nordestina, outros ciruela, outros ainda ameixa andina. O fato é que continuo sem saber o nome. Só sei que os sabiás gostam muito dela, pois haviam vários se alimentado em seus galhos. 
As pontes, nas estradas de terra, são sempre uma atração à parte. Às vezes de madeira, outras de concreto, mas sempre interessantes, porque representam elos de ligação, assim como na vida...

As passagens pelas pequenas comunidades muitas vezes se tornam inesquecíveis pelos acontecimentos que se desenrolam. Enquanto pedalávamos através desta que se vê aí abaixo, chamada Comunidade do Rio do Engano, ao cumprimentarmos um senhor que estava sentado ao sol, no chão do alpendre de uma casa, ele puxou conversa. Era o senhor Juquinha Schmidt, extremamente simpático e acolhedor. Falou-nos que, com a chegada da igreja evangélica, escreveram na fachada "Comunidade do Rio da Verdade", mas expressou sua dúvida: - "Não sei, não"! Pedimos e ele encheu nossas garrafinhas de água e queria que ficássemos para almoçar... Nossa "folga" não poderia se dar a este luxo... Agradecemos muito e seguimos. Será uma passagem que ficará para sempre na nossa memória:
As nascentes são outro ponto de interesse pelo caminho:
As araucárias continuam embelezando o caminho e tornando o pedal mais bonito e agradável:

O percurso de hoje talvez tenha sido o mais fácil do caminho, sem grandes subidas. Passamos por muitas belas casas rurais e pequenas propriedades. Chegamos cedo a Urubici. 
Almoçamos e tratamos de arranjar um passeio para o período da tarde. Contratamos o Claudio Clausen, um profissional muito competente, que nos levou ao Morro da Igreja e à Cascata Véu da Noiva.
No Morro da Igreja encontram-se as instalações de um centro de controle do espaço aéreo, da Aeronáutica, o CINDACTA. O morro tem 1822 m de altitude e lá no alto faz um frio "polar".
Quando chegamos de carro, não sabia disso.  Ao fechar a porta, já do lado fora, comecei a tremer tanto com o vento frio que nem conseguia firmar a máquina para fotografar.
O lugar é fantástico, as fotos (feitas pelo Cláudio, registre-se), são maravilhosas e é onde se encontra a famosa "Pedra Furada":













A Cascata Véu da Noiva, uma propriedade particular, cuja visitação é permitida mediante uma taxa de manutenção, é precedida de um estabelecimento comercial que vende produtos locais e onde se pode tomar um chocolate quente para aquecer os ossos, depois da "gelada" no Morro da Igreja. O lugar é muito bonito e agradável. Logo na entrada, se observa mais uma utilidade da araucária: um tronco utilizado como coluna, com muita graça e elegância:







Nosso guia, Cláudio Clausen
A hospedagem em Urubici foi na Pousada das Flores, assim chamada porque cada quarto leva o nome de uma flor. É um lugar encantador, onde funciona um bistrô, cujo destaque, no meu entendimento, é o macarrão preparado dentro de um queijo parmesão. 

Custo da diária, com café da manhã: R$ 170,00.

Quilometragem do dia: 31 km.

3 comentários:

  1. uhmmmm que dia bom! Amo Urubici e a Pousada das Flores é um espetáculo!

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  2. Sim, Claudia, dia excelente. Muita coisa lindíssima para se ver e curtir, né?

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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