domingo, 2 de agosto de 2015

Via Claudia Augusta - 11º dia - Trento a Levico Terme (Itália) - 22/06/2015

Hoje é o 11º dia na Via Claudia Augusta, 17º de pedal geral (quando se conta com a Rota Romântica).
Estadia em Trento - Hotel Maso Wallenburg - Via Bassano, 3 - tel. +39-0461-821513 - Custo de 89 euros com café da manhã.
O hotel fica à beira da estrada "Provinciale" e só pode ser acessado por carro. Quando fizemos a reserva não sabíamos disso. Ou seja, não é recomendável para quem está de bicicleta. É razoável, o quarto é limpo e bom para o qual sobe-se através de escadarias. E não tem restaurante, nem nas proximidades. O café da manhã também é aceitável. Acho que o custo/benefício acaba não sendo favorável... 
Na saída, não estávamos conseguindo entender a orientação do proprietário sobre como chegar à Via Claudia Augusta e falamos de voltar por onde tínhamos vindo. Ele ficou meio bravo e insistiu que devíamos prosseguir na Provinciale, por pouco tempo e pegar uma saída à direita, que iríamos chegar à Via Claudia. Acabamos indo por onde ele disse e quando chegamos ao local onde deveríamos sair da estrada, haviam três possibilidades diferentes. Mais uma vez veio a pergunta clássica: e agora? Qual caminho seguir?
Analisando as possibilidades de prosseguimento, acabamos optando por um dos caminhos que, em pouco tempo, revelou-se, felizmente, correto. Era uma subida pesada e depois de algum tempo encontramos a ansiada Via Claudia. A vista para trás e para frente dá ideia do aclive:

Porém a alegria duraria pouco. Logo acabamos perdendo a sinalização ou ela não existia, porque pegamos caminho errado. Analisando hoje no Google Earth, verifico que teríamos que ter virado à esquerda, num certo ponto, uns 315°, ou seja, quase voltando na mesma direção de onde vínhamos e continuado a subir. A nossa opção foi por seguir em frente e descer... Acabamos chegando a um ponto em que não poderíamos continuar pela estrada, pois era proibido. Um carro que passou buzinou para nós e sinalizou que deveríamos ir pela cidade de Cognola, que estava à nossa direita. Acabamos seguindo sua indicação, mesmo porque não havia outra possibilidade. Voltar e procurar onde erramos estava fora de cogitação por causa da subida que teríamos que enfrentar. Mas por Cognola, também era subida...
Atravessamos a cidade, passamos sufoco com um ônibus num local estreito, mas acabamos chegando numa ciclovia que indicava a direção que tínhamos que seguir.
Porém, a ciclovia terminava numa estrada, onde novamente não havia sinalização de continuidade da Via Claudia Augusta: e aí? Direita ou esquerda?
Viramos à esquerda e logo em seguida havia uma banca de frutas na beira da estrada. Paramos e perguntamos, mas a moça que trabalhava no local não sabia ou não quis ajudar, sei lá. Resolvemos almoçar frutas e compramos uma caixa de morangos e uma de cerejas e sentamos num local próximo para degustar.
Terminada a refeição, seguimos adiante. Não tínhamos pedalado nem 200 metros ainda, subindo mais uma vez, quando fomos chamados por um senhor que morava numa casa à beira da estrada, aos gritos de "non, non, non". Ele veio com uma folha na mão, que estava envolvida num plástico transparente de proteção e a mostrava para nós, freneticamente. Na folha estava escrito em alemão e em inglês alguma coisa mais ou menos assim: "Voltem 500 metros e virem à esquerda". E ele falava em um castelo e uma bicicleta, que entendemos ser uma placa que tinha as duas coisas. Ele disse que muita gente errava naquele ponto, por isso tinha aquela folha impressa em computador com letras grandes, para orientar os errados.
Voltamos e encontramos a sinalização da VCA numa rotatória e seguimos em frente. Numa pequena cidade, atravessamos esta bela ponte, feita especialmente para o tráfego de bicicletas e pedestres, separado dos carros:
Depois de algum tempo passamos por uma casa diferenciada, elegante, com uma parreira e um pé de framboesa: 


Mas o tempo todo a sinalização desaparecia e divergíamos sobre por onde continuar. O jeito era perguntar. Alguns nos ignoravam, mas sempre acabávamos encontrando quem nos ajudasse prá valer. 
A paisagem, entretanto, continuava maravilhosa:
 Passamos por Pergine Valsugana, uma linda cidade:

E encontramos finalmente e de surpresa, a bicicleta a que aquele senhor se referia:  
Achamos a bicicleta, mas não havia referência a castelo, exceto uma indicação de direção, do outro lado da rua, do Castelo de Pergine. Um trabalhador em uma bicicleta, nos disse que a VCA era na direção do castelo. Então, pronto, é para lá que vamos. No caminho continuamos encontrando caprichosos jardins com hortênsias maravilhosas:
Depois de uma subida, no alto de uma montanha, avistamos o castelo:


Mais uma bela construção chamou-nos a atenção:

E finalmente encontramos a sinalização que precisávamos:
Durante todo o caminho, eventualmente, passamos por pontos de descanso, das mais variadas formas. Este é mais um deles, podendo-se ver um senhor sentado em um dos bancos, lendo:
 Chegando a Levico, se descortinou para nós o magnífico lago que enfeita a cidade:

 Ficamos no Albergo Scaranó, um local muito agradável, em meio à subida para a montanha. Um atendimento tão simpático que fizemos questão da foto. Só pedimos desculpas a ela que gentilmente sentou-se conosco para o clique porque, lamentavelmente, não conseguimos nos lembrar de seu nome:

Quilometragem do dia: 33. Total acumulado: 908 km.

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