segunda-feira, 10 de julho de 2023

Caminho da Prece - 1ª Etapa - Jacutinga a Inconfidentes (MG) - 04/06/2023

 Caminho da Prece - 1ª Etapa - Jacutinga a Inconfidentes (MG) - 04/06/2023

O contato para organizar o percurso foi feito diretamente com o José Policarpo Pereira, o Polly, um dos idealizadores do Caminho da Prece. Assim, dirigimo-nos a Jacutinga (MG) e ficamos hospedados em sua casa, onde tem um espaço para receber peregrinos e uma sala repleta de itens referentes a todas as peregrinações efetuadas por ele, além de objetos relativos ao Caminho: 


Gentilmente, o Polly permitiu que nosso carro ficasse estacionado em sua garagem, enquanto percorríamos de bicicleta o Caminho da Prece e depois o Caminho de Nhá Chica. 

Chegamos no dia 02/06/2023, com intenção de iniciar a ciclo viagem no dia seguinte. Havia uma festa na Igreja Matriz de Santo Antônio e fomos dar uma volta pela área urbana, conhecendo o local da quermesse, a igreja e aspectos da cidade. 



Local de início do Caminho da Prece, com o Polly. Antiga estação ferroviária.

Maria Fumaça preservada
Parque da cidade
No dia 03/06, levantamo-nos, tomamos café da manhã na área reservada pelo Polly, onde ele mandou registrar na parede toda a sua história de peregrino: 


Na saída, o registro para ficar na lembrança: 
O caminho é agradável e bonito: 


Mas, uma indisposição estomacal estragou a pedalada. Passei mal com tudo que "tinha direito". O jeito foi retornar para Jacutinga, trazendo na lembrança a pizza de quatro queijos saboreada com tanto prazer no jantar da véspera. Ficaríamos mais uma noite na casa do Polly e reiniciaríamos no dia seguinte. Minha esposa pegou uma carona, voltou para Jacutinga, pegou nosso carro e foi me buscar e às bicicletas. 
No dia 04/06/2023, após o café, partíamos novamente, para desfrutar a beleza do caminho: 







Pouco antes do meio dia chegamos à venda do Nerinho, um ponto de apoio do caminho. Achegamo-nos, para ver se havia alguma coisa para comer e para reabastecer nossas caramanholas. Haviam diversas pessoas papeando e bebendo cerveja nas mesas dispostas na varanda. Esta é uma foto do local tirada mais tarde, quando já estava fechada: 
Cumprimentamos as pessoas e fomos entrando. Letícia (vão vê-la adiante), nos recebeu, na graça dos seus 7 anos: "Essa venda é do meu tio. Eu é que vou servir vocês. Em quê eu posso ajudar?" Em resumo, na venda do Nerinho não havia nada para comer, mas a Letícia sentenciou: "Minha vó tem uma pousada e um restaurante aqui perto, vocês podem almoçar lá!" Letícia é prolixa e absolutamente desembaraçada. Alegremente surpreendidos com a declaração, achamos que havíamos resolvido a questão: iríamos almoçar no restaurante da vó da Letícia! O próprio pai dela, que também estava no local, ratificou o convite, dizendo que sua mãe ficaria feliz em conhecer a Eros. E explicou que, na verdade, era a casa onde moravam seus pais, a qual seus irmãos haviam construído para eles e onde vinham passar dias de folgas do trabalho. O sítio é lindo e caprichosamente elaborado: 

Criadouro de peixes

Letícia na entrada do sítio
A família reunida. De pé, comigo, estão o Reginaldo, ciclista e amigo da família e o avô da Letícia. Sentados, com a Eros, estão a tia da Letícia, a esposa do Reginaldo e a avó da Letícia, além da própria: 
Acabamos almoçando com eles. É mais uma daquelas situações que muitas vezes ocorrem conosco e com outros ciclo viajantes. Do nada, pessoas que nunca havíamos visto na vida nos recebem, partilham sua refeição e nos abençoam na despedida. Somos muito gratos a eles e a tantos outros que nos ajudam pelos caminhos. Ontem foi o motorista de taxi que, indo para Jacutinga, levou minha esposa, deixou-a na porta da casa do Polly e não cobrou nenhum centavo. Disse que ia mesmo para lá, por que cobraria? Hoje, esta maravilhosa família, que nos abre sua casa e nos trata com tanta gentileza. Como diz Violeta Parra, na melodiosa voz de Mercedes Sosa: Gracias a la vida!
Na saída, passamos pelo sítio do Reginaldo e esposa, a qual nos mostrou suas plantações de frutas vermelhas, que vende no mercado interno e também exporta: mirtilo, framboesa, pitaia. Uma maravilha! Mas, já era tarde, tínhamos que continuar e retomamos a pedalada. Passagem pelo Bairro Peitudos, no município de Ouro Fino: 
A paisagem segue maravilhosa e só vamos curtindo: 

Pouco depois das 16 horas chegamos a mais um ponto de apoio: o Bar do Márcio, ainda no município de Ouro Fino. Havia bastante movimento, mas um funcionário gentilmente carimbou nosso passaporte. 

Prosseguimos, contornando a cidade, pedalando pela área rural. Passagem por típica fazenda, vendo-se a qualidade da estrada de terra e a placa de sinalização do caminho, além de nossas sombras que se prolongavam no solo, pelo adiantado da hora: 
Já nas proximidades de Inconfidentes, passamos pela entrada do Clube Vila Rica, quando o sol já se debruçava no horizonte: 
Às 16:47 h chegamos. Uma bela praça, ponto de fusão de todos os caminhos que cruzam a cidade: 


Quilometragem do dia: 35,8 km. Altimetria: 620 m. 

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