Caminho de Aparecida - 1ª etapa: Alfenas ao Bar dos Amigos - Entroncamento de ramais - 30/07/2022

Alfenas/Matão/Pousada dos Amigos (Guaipava - Entroncamento de ramais)

Em Alfenas, ficamos no Hotel São Lucas. Muito bom, com garagem para o carro, quarto espaçoso, bom banheiro, bom café da manhã. Pessoal atencioso. Valor da diária para casal, R$ 166,00, com café matinal. Endereço: Rua Geraldo Thiers Vieira, nº 35. Telefone: 35-3292-1198. Para o jantar, há um restaurante chamado Hot Batata, que fica na Avenida Lincoln Westin da Silva, nº 828, a menos de 100 m do hotel. Pratos executivos, comida rápida, batatas recheadas, etc. Um bom local para saborosas refeições, com preço justo.

Conversamos muito com o Rodrigo, que dá suporte aos viajantes do caminho em Alfenas. Ele dá toda orientação, dicas sobre trechos que requerem algum cuidado especial e se põe à disposição para auxiliar em qualquer emergência. Seu telefone, que consta do site do caminho, é 35-99900-5219. Temos muito a agradecer ao Rodrigo por toda a ajuda que nos proporcionou, tornando nossa viagem mais cômoda, segura e por que não dizer, divertida. 

No dia 30/07/2022, pela manhã, 08:30 h, estávamos prontos para partir no portal do Caminho e registramos a presença do Rodrigo em nossa largada, em frente à Capela de São Francisco de Assis, no bairro Pinheirinho: 

Na rota de saída, passamos pela oficina de bicicletas do Timóteo, que fica ao lado da Capela de São Francisco, na rua paralela à avenida, para um pequeno ajuste em uma das bicicletas. Muito atencioso, o Timóteo nos atendeu prontamente e fez um ótimo serviço. Atravessamos o quarteirão e adentramos à avenida Jovino Fernandes de Sales, em direção ao centro da cidade, acompanhando a sinalização do Caminho de Aparecida. As plaquinhas, com desenhos triangulares em verde sobre fundo branco, contém a silhueta de um peixe. O lado que o peixe apontar é o que devemos seguir. 

Seguindo a rota, passamos pela Igreja de Nossa Senhora Aparecida, uma bela construção: 

Como o portal fica a poucos metros da extremidade leste da cidade e a saída é para o sudoeste, em direção a Guaipava, tivemos que atravessar toda a área urbana e acabamos passando também pela praça Dr. Emílio Silveira, no Centro: 

Descemos até a parte baixa e subimos do outro lado, em direção ao Alfenas Tênis Clube. Ali, uma larga faixa lateral à rua permite caminhadas à sombra, naquele horário, com muita segurança pela ausência de automóveis. 

Mais à frente, porém ainda dentro da cidade, após contornar a pista do aeroporto municipal, viramos à esquerda, voltando a subir e ladeando uma pista de ciclismo espetacular. A imagem aérea do Google é reveladora: 

Subindo mais umas duas quadras e virando à direita, finalmente saímos da cidade. A estrada é de chão batido, duro, áspero, porém, à beira da estrada, onde se acumula uma fina camada de poeira, a bicicleta desliza mais suavemente: 

Dez minutos depois passamos por uma grande plantação de sorgo. A cor dos cachos é tão marrom quanto a terra da estrada: 

A estrada é boa e há que se fazer também aqui um elogio à sinalização, que é perfeita. Atravessamos a cidade de Alfenas de ponta a ponta, sem que tenha ocorrido qualquer dúvida. 

Outra coisa que chamou a atenção positivamente nesta rota é a oferta de água potável. Muitos pontos de hidratação ao longo do caminho, o que parece ter sido uma preocupação muito elogiável dos organizadores. Só neste primeiro trecho há 3 deles. O primeiro está em uma fazenda: 

Na sequência, um trecho bonito do caminho, com árvores, flores e sombra: 

Em seguida, uma fila de palmeiras imperiais emoldura uma fazenda com aspecto de descuido: 

Chegamos então ao asfalto e passamos ao lado de outra fazenda. Esta tinha guarita e balança realmente abandonadas. 

Uns 2 km de asfalto, no máximo e já viramos à direita, em outra estrada de terra, margeada por vegetação: 

Com quase 3 horas de pedal no dia, passamos por uma fazenda escola,  da Universidade de Alfenas: 

A estrada segue em direção ao povoado de Matão, com muita poeira, ladeando um haras, cuja entrada tem um portal avantajado: 

Chegamos ao bairro de Matão às 11:45 h, com fome. Felizmente, a venda local serve pratos feitos a um custo de R$15,00. A comida era bem simples: arroz, feijão, frango, macarrão e uma saladinha. Achei o preço compatível. Uma garrafinha de água mineral, por exemplo, custava apenas R$2,00. O local é parecido com outros do mesmo tipo e é até bem arrumado: 

 

Ao redor está a igreja e o salão de festas, como usualmente se vê em todas as pequenas localidades e até em áreas rurais: 

Barriga cheia, pé na areia. Para nós, fome satisfeita, vamos girar o pé-de-vela. Afinal, ainda faltam 19 km, pois vamos pernoitar na Pousada dos Amigos, a 9 km de Guaipava. O carimbo no passaporte pode ser obtido no bar, seguindo ao lado da igreja, uns 50 m à frente, onde anteriormente era um albergue, que parou de funcionar, segundo o proprietário, por conta do ínfimo movimento.

Há por este Brasil afora uma infinidade de casas abandonadas e a gente vê muitas nestas andanças por aí. Esta é uma delas, caindo aos pedaços, ao lado de um galpão que até apresenta um bom estado. Os urubus não estão preocupados com isso: 

Ora sob o sol escaldante, ora curtindo a generosa sombra de grandes árvores, vamos evoluindo: 

Outro ponto de hidratação, no local conhecido como Chico dos Santos. Aqui, entretanto, a casa também tinha aspecto de abandono e parecia não haver ninguém. Nem água. 

Mais uma igrejinha rural e logo à frente, uma fazenda de café, onde se oferece água: 

Na meia hora final até o Bar dos Amigos, enfrentamos muito sol e poucos lugares onde era possível se proteger dele: 

O Bar dos Amigos fica localizado no ponto onde se encontram as estradas de Alfenas e de Três Pontas, o entroncamento de ramais do Caminho de Aparecida. O dono é o Sr. Pedro, que mora numa casa anexa ao bar. Sua esposa, Dona Fátima, toma conta da pousada, que tem espaço para muita gente. O quarto que ficamos estava muito limpo e perfumado. Tem uma cama de casal e 3 de solteiro. O custo foi de R$90,00 por pessoa, incluído o jantar e o café da manhã. Um excelente local para descanso e prosa, ao melhor estilo mineiro...

Quilometragem do dia: 39,4 km. Altimetria: 742 m.