Pico da Bandeira
A última etapa do Caminho da Luz é a subida do Pico da Bandeira, o 3º mais alto do país, com 2.891 m de altitude. O pico fica no estado do Espírito Santo e pode ser acessado tanto a partir daquele estado, quanto de Minas Gerais. O Caminho da Luz indica a subida mineira, iniciando em Alto Caparaó.
É possível acampar dentro do Parque Nacional do Caparaó, onde se localiza o pico. Muita gente faz isso para levantar-se de madrugada e assistir ao nascer do sol no alto da montanha. Há 2 acampamentos do lado de Minas e 2 no Espírito Santo.
É necessário inscrever-se antecipadamente para ter acesso aos acampamentos do parque. A visita em que o usuário sobe e desce no mesmo dia não necessita reserva.
A distância a ser percorrida a pé, do lado mineiro, é de aproximadamente 7 km.
Há vasta informação na Internet, por isso não vamos nos alongar aqui em detalhes.
Saímos da pousada de carro, subindo a estrada parque nacional de Caparaó. Uma subida bem íngreme e tortuosa, até a portaria do parque. Passada a portaria, continuamos de carro até o estacionamento. A partir dali tem que ser a pé.
A subida é quase constante, através de trilha rústica ou sobre pedras e exige muito esforço físico. As rochas estão por toda parte e há necessidade de escalá-las como se fossem degraus assimétricos de uma longa escada natural. Boa parte da caminhada é feita ao lado do Rio José Pedro:
Com pouco tempo de subida já nos encontrávamos acima das nuvens, um espetáculo inesquecível: A primeira parte da trilha, até a Tronqueira, onde se permite acampar, dá uma ideia bem nítida da sua rusticidade:
Do início da trilha até a área do camping Tronqueira, são 3,5 km de distância. Trata-se de um espaço gramado aberto, sem árvores, sem energia elétrica e com água apenas nos banheiros, que ficam numa lateral da área.
Área de acampamento Tronqueira |
Área de acampamento Tronqueira |
Casa de pedras no acampamento Tronqueira |
Casa dos fiscais do ICMBio - Acampamento Tronqueira |
No alto da montanha, um pequeno reservatório de água que, segundo o guia, nunca seca, permanecendo cheio e tendo a área ao seu redor encharcada: Ao nos aproximarmos do pico, já de blusa, devidamente protegidos do frio, pois a temperatura baixa à medida que subimos, assisto ofegante à passagem de nuvens por nós: O pico, propriamente dito, já pode ser visto bem à nossa frente: E quando chegamos, 4 horas depois do início, um misto de cansaço e satisfação se reflete no rosto. Extenuado pelo desgaste da subida forte e longa, mas feliz por tê-la superado e atingido o objetivo sem nenhum problema, admiramos de cima a inusitada paisagem:
Literalmente com os pés nas nuvens:
Um cruzeiro fixado no ponto mais alto é disputado para as fotos:
Muitas pessoas superaram suas dores e medos e curtiam a vista. Desfrutar de uma visão de 360° do local é algo prá ficar na memória. Felizmente as nuvens estavam abaixo de nós e, embora impedissem a visão da paisagem ao redor, proporcionavam um espetáculo maravilhoso que só temos oportunidade de ver quando viajamos de avião:
Ao lado do estacionamento de veículos há um mirante e uma área de piquenique.
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