Poços de Caldas a São Roque da Fartura
Em Poços hospedamo-nos no Hotel Varandas do Sol. Fica na Avenida João Pinheiro, nº 8.770, Represa Bortolan. Telefone 35-3714-2609 ou 3712-8205. Diária de R$ 170,00, com um bom café da manhã. Era um chalé com espaço até para guardarmos as bicicletas dentro do quarto. Tão bom que resolvemos ficar um dia a mais para descansar um pouco da dureza do circuito. Tivemos, entretanto, um perrengue lá, em uma das noites, por conta da algazarra feita por funcionárias que chegavam para trabalhar às 5 h da manhã. Mas acredito sinceramente que isso só aconteceu porque elas acharam que não havia ninguém nos chalés. Pelo menos foi o que eu ouvi quando perceberam a mancada.
A gente havia escolhido este lugar porque ficava próximo da saída para São Roque da Fartura. Depois do café, saímos para a avenida e viramos à esquerda. Mil e duzentos metros adiante pegamos a saída à esquerda, seguindo a sinalização do caminho, visível à direita, para quem viesse em sentido contrário. Via com asfalto bem rústico, em ascensão:
Logo, porém, o asfalto acaba e uma estrada de terra batida, firme, cascalhada, mas sem poeira se nos apresenta. Pouco mais de 10 minutos de pedal atingimos uma bifurcação bem sinalizada: A marca no mourão não deixa margem a dúvidas: Mais alguns minutos e, já no Estado de São Paulo, chegamos ao alto do morro: O dia hoje seria marcado pela passagem por bem desenvolvidas fazendas dotadas de infraestrutura pouco frequente nessas propriedades, como escola, clube e posto de saúde para os funcionários e familiares e manufaturas ou indústrias para geração de bens a partir de produções agrícolas próprias. A primeira que encontramos, após a descida, foi a Fazenda Recreio, que produz café Bourbon e tem hoje 240 hectares plantados com a rubiácea:
Depois dessa, passamos nas proximidades da Córrego das Pedras, que possui atualmente 70 mil pés de noz macadâmia e que fornece tanto para o mercado interno quanto para exportação. Seguindo em frente, atravessamos literalmente a Cachoeira da Grama, que produz café arábica em larga escala:
Daqui subimos em meio a uma plantação de eucaliptos, depois por áreas nuas, sem lavouras ou de pastagens. Pedalamos por meia hora nessas estradas campesinas e chegamos a uma capela rural sobre uma pequena elevação, em meio a mato e coqueiros: Nesta altura encontramos o Caminho da Fé oriundo de Divinolândia e o restante até São Roque compartilhamos a mesma estrada.
Vinte e cinco minutos depois, mais uma grande propriedade, a Fazenda Serrinha, com plantação de café consorciada com abacateiros. Estes, carregados de belíssimas frutas que brilhavam ante o sol, apresentavam um belíssimo espetáculo da natureza:
Infelizmente, as marcas de histórias que acabam estão por toda parte: Mas, se por um lado, casas abandonadas provocam tristeza, belas e singelas flores surgem para alegrar o ambiente:
Quando faltavam alguns quilômetros para chegar, arrebentou a corrente de uma das bicicletas. Trocar câmeras a gente consegue fazer, mas consertar correntes ainda não. A solução foi empurrar nos planos e subidas e aproveitar as descidas montado. Foi mais de uma hora assim, até chegar. A chegada é no alto, nas proximidades da propriedade onde funcionava até algum tempo atrás a Pousada da Dona Cida. Antes dali, atravessamos um belo bosque: Depois disso, foi descer a estrada de terra que dá acesso a São Roque, atravessar subindo a pequena cidade e seguir mais uns 200 ou 300 metros até à Pousada Paina, da Dona Clair, onde havíamos deixado o carro. Ajeitar as bicicletas e a bagagem para a viagem de volta para casa e deixar tudo pronto. Tomar um banho refrescante, curtir o delicioso jantar e a prosa divertida até a hora de descansar.
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