O time, a postos mais uma vez, com as baterias recarregadas, posou em frente à Pousada do Vovô Juca, onde passamos a noite, assinalando o início do quinto dia:
Logo a cidade de Morro do Pilar era um apenas um aglomerado de casas à distância, ficando para trás enquanto morros iam sendo transpostos. A visão, em dois pontos próximos, mas diferentes, era essa:
Seguindo viagem, o grupo se encontra, em um certo momento, no alto da paisagem e é neste instante que o embate montanhas x ciclistas apresenta vitória, mesmo que parcial, dos pedaleiros:
Um pequeno rio, com sua ponte singular, elo que une, como na vida, dois lados não acessíveis:
A árvore gigante e a vegetação exuberante serviam de fundo neste trecho, para o deleite dos viajantes:
Na estrada de terra, sob o sol forte, a céu aberto:
Na bifurcação da estrada, o marco indicava para seguir à esquerda:
A paisagem, agora, com poucas árvores, continuava, no entanto, muito verde:
Os rios, com suas características águas escuras, são sempre motivo de admiração:
Uma coisa, porém, uma grande dificuldade, marcou este dia: foi a falta de água para beber. Toda a nossa água acabou, por mais que economizássemos, em razão do intenso calor e da necessidade constante de hidratação. E nessa hora bate um desespero. Começamos a pedir aos caminhoneiros ou outros viajantes que passavam por nós. Um motorista de um caminhão, que viajava com seu filho adolescente, cedeu-nos toda a sua água que, no entanto, acabou rapidamente, tal a sede que já nos consumia. Voltamos a pedir. Uma caminhonete na qual seguiam o motorista e um passageiro parou. Quando perguntamos se tinham água, o passageiro disse que não (decepção!) mas o motorista desceu, pegou nos seus pertences, dentro do carro, um garrafão com uma maravilhosa água fresca, com a qual abasteceu gentilmente nossas caramanholas. Não era grande, porém, o seu recipiente e logo tivemos que voltar a pedir, pois não chegávamos a nenhum lugar que tivesse água e as subidas consumiam todas as nossas reservas. O motorista de um outro caminhão que passou, depois, não tinha água, mas disse que logo adiante haveria uma mina, a cerca de 100 metros da estrada e depois, mais adiante, um riacho onde poderíamos pegar água. Não conseguimos localizar a mina e fomos seguindo.
A paisagem, agora, parecia "casar" com nossa falta de água: era árida e desoladora, embora continuasse bonita:
Até dava para ver água em um riozinho distante, mas como chegar até lá?
E íamos tocando, mesmo porque estávamos por nossa conta. Finalmente, encontramos o riacho de que falou o motorista do último caminhão. Tinha as águas escuras, como os outros, porém ficava perto da estrada e nós não tínhamos escolha: descemos e abastecemos novamente nossas garrafas.
Já dava até para ficar mais animados:
Registramos, mais uma vez, um grupamento de pedras gigantes, características da região:
Itambé agora já estava próxima, mas tivemos que enfrentar este trecho de muita areia:
Chegando a Itambé do Mato Dentro, pudemos substituir a água escura do rio que ainda restava em nossas garrafas por água limpa, bem geladinha, para nossa alegria. Na saída, mas ainda dentro dos limites da cidade, passamos por esta cascata, que imagino que fique bem bonita quando tem muita água:
O trecho entre Itambé e Senhora do Carmo é asfaltado:
E os paredões de montanhas voltavam a se descortinar à nossa frente:
Ao chegarmos a Senhora do Carmo, mais um susto. A Renata, que estava à frente, chegou até o local que havíamos reservado para passar a noite, na pousada Senhora do Carmo, que fica anexa ao posto de combustíveis. E perguntou sobre a estadia e o café da manhã. Disseram para ela que não havia café da manhã. Ela voltou ao nosso encontro, antes que chegássemos à pousada, falando isso: que não havia café da manhã.
Fomos conversar com o pessoal do atendimento e dissemos que havíamos combinado com o Paulo, o proprietário. Ah! - disseram - assim é diferente. Vamos ligar para ele.
E assim foi feito. Ligaram, confirmaram tudo e ficamos numa boa. Não havia jantar, mas tinha um sanduíche de linguiça com queijo...
Final do quinto dia.
Legal o negócio das pedras
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