terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Estrada Real - Caminho dos Diamantes - 2º dia - São Gonçalo do Rio das Pedras a Alvorada de Minas - 23/11/2015

Dormimos maravilhosamente bem na linda Pousada Recanto das Pedras, do prestimoso, atencioso e simpático Pedro, em São Gonçalo. Não tivemos acesso à Internet (esse é um problema recorrente em grande parte do Caminho), porque, em virtude das chuvas intensas e trovoadas, que tinham ocorrido na véspera, houve pane do seu sistema telefônico:  nem o telefone funcionava. 
Havíamos saído, na noite anterior, para jantar na Pizzaria Quero Mais, onde experimentamos o vinho de jabuticaba vendido no Bar e Restaurante do Ademil (que só funciona para o almoço). 
Recomendamos a pizzaria, a pousada, mas não fomos felizes no vinho.
De manhã, após o café, preparamo-nos para a partida:

Saímos, seguindo a planilha do Caminho e as indicações do Pedro. Logo estávamos na estrada de terra e não iria faltar a pose clássica: o grupo nas bicicletas, com as montanhas em 2º plano, aos fundos. 
Nossas camisetas, que deveriam ser verdes, conforme pode ser observado no meu manguito, ficaram dessa cor que vocês vêem: 
A primeira parte do caminho, entre São Gonçalo e Milho Verde, é toda de terra e fica bonita a vista com o viço do verde:
Pouco tempo e 5,4 km depois, estávamos na entrada de Milho Verde:

Paramos para carimbar os passaportes na Pousada do Morais (em São Gonçalo não tem carimbo, disseram que o Instituto Estrada Real não o permite quando a distância da última cidade é inferior a 20 km):

Na saída da cidade (ou entrada, para quem vem pelo outro lado), as placas indicam todos os caminhos:
E aí, logo que deixamos o perímetro urbano, passamos por trabalhadores que estão calçando a estrada com aquelas peças sextavadas de cimento, até chegar ao asfalto, que não foi implantado até a cidade. E veio a melhor parte do dia: a visita, a cerca de 200 metros da estrada, à Cachoeira do Moinho:











Seguimos, agora sempre pela estrada pavimentada (asfaltaram-na mas não tiveram a 'ousadia' de fazer uma ciclovia ao lado, deixando o ciclista à mercê do trânsito de veículos automotores). Assim, chegamos a Três Barras:
Ali tomamos um lanche e saímos, subindo para variar, vigiados pelas moças nas janelas:

Há outra cachoeira nas proximidades, mas as pessoas não chegavam a um acordo sobre a distância e a facilidade/dificuldade para ir ao local. Optamos por seguir em frente, desistindo da visita. Após uma grande descida asfaltada, registramos a passagem pela ponte:
Bem, continuar falando de subidas cansativas e rápidas descidas, é redundância nesta terra que produz maravilhosos e deliciosos queijos. Assim, chegamos a Serro, cidade que deu nome ao queijo que ganhou prêmio de excelência na França (uma inesquecível delícia)!
Almoçamos em Serro, no Empório Serro Real, na Praça Pedro Lessa. Curiosamente, sentamos ao lado da mesa de um casal, que depois soubemos ser de Catas Altas-MG, o Vinícius e a Tatiane. Ele é empresário do ramo de cultura e turismo e ao saber do nosso plano de voo, quero dizer, plano de viagem, disse-nos que tinha um pub naquela cidade, iria fazer o lançamento de um chopp de sua produção e convidou-nos a visitá-lo. Prometemos ir. Acabamos sentando todos na mesma mesa e o papo foi animadíssimo. 
Ele explicou-nos sobre coisas da região, como o queijo do Serro e costumes locais e a conversa prolongou-se até a sua despedida. Saímos também e prosseguimos, às vezes sob sol forte, outras com céu nublado e até respingos de chuva. E chegamos a Alvorada de Minas, nosso destino:
Chegamos à Pousada Recanto das Corujas, com uma surpresa não muito agradável: a pessoa que confirmou nossas reservas no telefone, não informou à proprietária, que não nos esperava. E, de fato, ela nem saiu para receber-nos. O Sr. Válter, depois de algum tempo, indicou-nos os quartos onde pernoitar. Soubemos, então que, por não estar preparada, não haveria "jantar de hóspede" e nem "café da manhã de hóspede". Comeríamos o que tivesse. E assim foi. No jantar, ela mostrou-se amuada, mas depois de algum tempo de conversa com o grupo, melhorou o humor. Mas o jantar e o café da manhã foram espartanos, embora não ruim. Problemas que a gente tem que enfrentar... O lugar é muito bonito e foi uma pena o atendimento falho:



Assim, terminamos o segundo dia, com a Walkiria e a Renata mostrando a camiseta dos Corujas, turma que faz pedaladas em Ribeirão Preto:


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