quinta-feira, 20 de junho de 2013

Vargem Grande do Sul (SP) à Visconde de Mauá (RJ)

1º Dia - Da Pousada da Dona Cidinha (Vargem Grande do Sul) à Águas da Prata (SP).

Levamos as bicicletas de caminhonete até à Pousada da Dona Cidinha, no município de Vargem Grande do Sul (SP). Chegamos por volta de 13 horas e como ainda não havíamos almoçado, decidimos iniciar o pedal só no dia seguinte. Nesta época escurece cedo e seria melhor, portanto, passar a noite e partir de manhã. 
Após o almoço, passeamos pelo sítio. A família, além da pousada, mantém plantações de repolho, tomates, pepinos e bananas, além de uma horta para consumo próprio e pequenas criações de bovinos e suínos.
Há, no sítio, uma pedra enorme, onde foram colocadas imagens sacras, cedidas por peregrinos. Afinal, estamos no "Caminho da Fé", que leva peregrinos a pé, a cavalo ou de bicicleta, a partir de várias cidades do Estado de São Paulo, como Sertãozinho, São Carlos, São João da Boa Vista ou Mococa, além de diversas outras, passando por Águas da Prata, até o santuário de Aparecida (SP): 

A pousada fica no alto de uma montanha. À noite, da varanda da casa, é possível avistar, segundo seu Chico, o proprietário, as luzes de 11 cidades da região. Estava muito frio e fomos dormir cedo, não sem ter registrado antes o por do sol: 
Saímos cedo no dia seguinte, logo após o café da manhã, encarando um forte aclive. A visão, ao olhar para trás, era esta:
Vêem-se muito poucas pessoas pelos caminhos. Nossas fotos juntos tinham que ser tiradas no automático, com o temporizador. E aproveitávamos mourões de cerca e até o chão para apoiar a câmera:
                   
Próximo a São Roque da Fartura chegamos ao asfalto. São dois ou três quilômetros até à cidade e a visão panorâmica era esta:
O caminho nos reserva, muitas vezes, passagens surpreendentes. Como as duas que veremos a seguir. Primeiro, uma construção abandonada, sobre a qual cresceu o cipó de São João, colorindo de laranja o telhado. Depois, um pé de limão cravo que, ignorando a ausência de pessoas para consumir seus frutos, esbanjou produtividade:
                  
As estradinhas rurais têm passagens entre matas exuberantes, tornando o pedalar muito agradável e prazeroso:



Embora já tenhamos passado muitas vezes por estes locais, imagens inusitadas às vezes nos vêem aos olhos, como a desta árvore que multipartiu seu tronco, onde certamente animais se aninham para passar a noite:
A parte final do trajeto de hoje, antecedendo a cidade de Águas da Prata, é uma descida vertiginosa e extremamente perigosa. Passamos por carreadores de uma plantação de café, onde a chuva de semanas anteriores havia feito consideráveis estragos no leito carroçável, sem falar das grandes pedras soltas e dos buracos assustadores. Partes do caminho que ficavam à sombra do arvoredo, não haviam secado, pois o sol não chegava até o solo e estavam muito escorregadios. Tivemos que percorrer boa parte a pé, segurando as bicicletas. Mas, em compensação havia os trechos agradáveis, como este que a Eros chamou "pedalando nas nuvens":
Finalmente, avistamos Águas da Prata. O primeiro dia estava prestes a ser concluído. À direita, embaixo, o caminho por onde iríamos descer:


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