Itajubá/Wenceslau Braz/Bairro do Charco
A saída de Itajubá é feita pela Avenida Coronel Aventino Ribeiro, que se torna MG 383, passando defronte a IMBEL - Indústria de Material Bélico e do 4º Batalhão de Engenharia de Combate Pontoneiros da Mantiqueira, do Exército Brasileiro e ladeando o Rio Sapucaí.
Seguimos em direção à periferia, pelo asfalto, passando em frente ao Hotel de Trânsito do Exército. Depois de algum tempo a via se torna estrada de terra, até o Bairro Santo Antônio. Cruzamos a ponte sobre um afluente do Sapucaí, seguindo a indicação da sinalização do Caminho:
600 m à frente, após passar por alguns prédios e pedalar na margem da MG-350, viramos à esquerda, antes da ponte sobre o Rio Sapucaí, saindo da rodovia para uma estrada de terra: Não há descidas. Somente planos e subidas. De início leves, quase nem se percebe, porém pedalando o tempo todo. Após passar por algumas casas, há uma porteira à esquerda: entrada para uma fazenda. Passada a porteira, a trilha é em aclive, praticamente uma "single track", mas agradável:
Logo, porém, a coisa complica e a ação da erosão inviabiliza o pedal. A bicicleta tem que ser empurrada:
Ultrapassado o primeiro obstáculo, montamos e prosseguimos: Aí chega o segundo obstáculo, quando já iniciamos a descida: uma área alagada, com barro para todo lado, onde não há opção de pedalar. Pode procurar que não se encontra uma partezinha seca. Embora se diga que o proprietário da fazenda não admite que se conserte a estrada e nem o acesso a veículos motorizados, há marcas de pneus, que certamente pioraram a situação para o pedestre ou o ciclista:
Mais uma porteira e a descida por área bastante erodida torna o pedal uma aventura a desfrutar:
Terminada a descida, atravessamos uma tronqueira de madeira e arame e chegamos a uma estrada rural, onde viramos à direita. Passamos por uma indústria de laticínios, a Santanata, onde uma sebe formada por espinhos conhecidos como "coroa de Cristo" de um lado da estrada e pinheiros do outro proporcionam um belo visual: Dali chegamos ao Bairro Brejão, cruzamos o Rio Bicas e emergimos na BR-459, em direção a Wenceslau Braz:
Em Wenceslau Braz comemos pastéis no Bar e Espetinho dos Amigos, do Paulo, em frente à Igreja de Sant'Ana. Depois seguimos em direção ao Bairro do Charco:
A subida em direção ao Bairro do Charco tem 14 km de extensão, mas a inclinação é baixa e é possível pedalar com tranquilidade o tempo todo:
Há um pouco de tráfego pela estrada, mas não é muito. Quando um veículo passa, a grossa camada de poeira acumulada no solo é um problema: Há muitas araucárias na região, embelezando o caminho: Subindo devagar, uma hora e 10 minutos depois do início chegamos à Casa do Caminho, lugar para pernoite e apoio do Caminho de Aparecida:
Prosseguindo, continuamos com muitas araucárias e poeira:
E aí uma surpresa desagradável: um monte de araucárias cortadas, espécie protegida. Em conversa com pessoas da região, disseram que a empresa que as está cortando alegou ter autorização. Vai saber! Depois da surpresa ruim, uma surpresa boa: um ponto protegido de abastecimento de água potável em meio à subida. Nossos cumprimentos aos idealizadores do caminho pela excelente ideia:Dali para a frente, a estrada segue, sempre emoldurada por grandes árvores, tais como as belas araucárias, pinheiros, ciprestes e outras:
E quando faltavam 10 minutos para as 3 horas da tarde, chegamos aos chalés da Suzi.
Pernoitamos nos chalés da Suzi. Foi ótimo. Almoço, jantar e café da manhã por R$260,00 o casal. Depois do almoço, ela nos preparou o jantar, deixou tudo pronto sobre o fogão de lenha, inclusive o café da manhã e foi para casa. À nossa disposição ficaram petiscos como queijo artesanal, sucos, leite, pão, torradas e bolo. Frutas: mangas, bananas e laranjas. E possibilidade de fazer café a qualquer momento. Maravilha!
Para o jantar, ela deixou truta, arroz, repolho refogado, feijão, linguiça, cenoura e salada de tomate. Um pitéu!
O chalé tem fogão, geladeira e TV. Excelente! Dá vontade de não ir mais embora de lá!
Quilometragem do dia: 35,6 km. Altimetria 1.261m. Quase que só subida de ponta a ponta, só no final, ao cruzarmos os limites dos municípios de Wenceslau Braz e Delfim Moreira é que teve uma descida. Imagino 12 km de ascensão e 2 de descida.
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