De Pirenópolis à Fazenda Caiçara - 26/05/2021
Dormimos confortavelmente no Casarão Dom Bispo, pagando uma diária de R$280,00 pelo casal, incluídos um chá de boas vindas, jantar e café da manhã. O Bispo oferece, também, suporte para transporte de bagagens e até traslado de veículos. É uma referência aos que vão percorrer o caminho, estando sempre à disposição para auxiliar no que for preciso.
A gentileza do Bispo não parou aí. De manhã, após o café, levou-nos gratuitamente a visitar o Morro do Frota, de onde se tem uma magnífica visão da cidade e onde, em meio ao cerrado que circunda a área das torres de TV e rádio, encontram-se belas flores:
Na volta, pudemos apreciar aspectos da cidade como, por exemplo, a igreja Nossa Senhora do Rosário, onde funciona atualmente um museu de arte sacra.
A história diz que havia na cidade uma outra igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, construída no século XVIII, no mesmo local onde hoje existe a Praça do Coreto. Àquela época, o segregacionismo não permitia aos negros frequentar a mesma igreja dos brancos. Com a Lei Áurea, no século XIX, a miséria chegou forte aos negros e eles não puderam manter a igreja, que foi demolida em 1944, a mando da Diocese.
Sob o sol, revisitamos a bela ponte sobre o Rio das Almas:
O estilo colonial está presente nas igrejas, como esta dedicada a Nosso Senhor do Bonfim, bem como nas casas antigas bem preservadas. Observem o estilo único do calçamento de pedras das ruas e a ausência de fios elétricos aéreos:
O estilo colonial está presente nas igrejas, como esta dedicada a Nosso Senhor do Bonfim, bem como nas casas antigas bem preservadas. Observem o estilo único do calçamento de pedras das ruas e a ausência de fios elétricos aéreos:
O mascarado é um personagem típico das cavalhadas de Pirenópolis que se encontra representado em vários locais da cidade: Na pousada do Bispo eu pude ver pela primeira vez na minha vida uma flor verde. Nunca tinha visto. Não é lá muito bonita, mas é uma curiosidade: A saída do caminho é feita por via asfaltada, por 6 km. Há marcas na pista quando chega o local de sair do asfalto e uma placa "Reserva 1727" à direita. Vira-se à esquerda, ultrapassando uma porteira, tomando uma estrada rural muito boa. Mais uma placa com dizeres motivacionais de Cora Coralina: Prosseguimos deslizando agradavelmente em meio ao cerrado por um bom tempo, passando através de um riacho e algumas porteiras:
Sempre em planos ou em terrenos com pouca inclinação, cortamos fazendas com estradinhas pouco delineadas e aparecem pela primeira vez placas de sinalização do caminho colocadas pela Secretaria de Turismo de Goiás:
A estrada continua boa e enfrentamos mais um riacho para atravessar, desta vez sem ter que pisar na água:
Descemos então por um pasto e chegamos a uma cerca onde as marcações do caminho estão em dois mourões, mas não há passagem. O colchete fica uns 30 metros abaixo. Ultrapassada a cerca, tivemos dificuldade com a sinalização, pois o caminho envereda em meio à vegetação e foi difícil encontrar a sequência:
Sempre em planos ou em terrenos com pouca inclinação, cortamos fazendas com estradinhas pouco delineadas e aparecem pela primeira vez placas de sinalização do caminho colocadas pela Secretaria de Turismo de Goiás:
Isso feito, empurrando agora as bicicletas sobre grandes pedras, um lugar muito bonito, chegamos à famosa roda d'água do Caminho de Cora. Interessante assinalar que na ocasião não observamos o cabo de aço ali existente e que se presta à travessia sobre a barragem, pois há sinalização para continuar em frente, sobre as pedras:
Entramos então em um lugar pitoresco, em meio a um bambuzal gigante, com a sinalização do caminho não deixando dúvidas de para onde ir:
É preciso mesmo ficar atento, porque erramos o caminho quando deveríamos virar à direita, logo depois de uma pequena represa de água suja, que parece ser um ponto de dessedentação de animais, para pegar a entrada para a Fazenda Caiçara. Por causa dos sinais de movimento apenas à frente, com a entrada para a Caiçara onde não passa um veículo há muito tempo e o mato cresceu, indicando abandono e também porque a marca do Caminho de Cora está a uma certa distância da estrada, em um toco de árvore, com a tinta bem desgastada pelo tempo. Fomos salvos pelo GPS. A gente tem que passar dessa entrada e virar à direita, com um ângulo menor que 90°, em formato >, utilizando a entrada de quem vem em sentido contrário. Espero que consigam entender. Veja as fotos: Olhe como está o mato e as condições no que seria a entrada para a Fazenda:
Seguindo agora pelo caminho certo, inicialmente em subida. Passamos por uma mangueira gigante e depois de "sobes" e "desces" com algumas pedras, uma porteira bem sinalizada nos oferece acesso e nos conduz à sede da fazenda através de uma bela alameda de mangueiras e coqueiros:
Seguindo agora pelo caminho certo, inicialmente em subida. Passamos por uma mangueira gigante e depois de "sobes" e "desces" com algumas pedras, uma porteira bem sinalizada nos oferece acesso e nos conduz à sede da fazenda através de uma bela alameda de mangueiras e coqueiros:
Lavamos nossas roupas no tanque, nos banhamos e após um bom papo com o Maurinho, o proprietário, jantamos com a família. Uma comida muito saborosa...
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