terça-feira, 3 de outubro de 2017

Circuito Serras de Ibitipoca - Volta das Transições - 2ª Etapa

2º Dia - Bom Jardim de Minas a Santa Rita de Jacutinga - 09/09/2017

Dia de visual belíssimo, esplendoroso. Menor quilometragem que o dia anterior, porém exigindo muita técnica e grandes esforços físicos. Transição considerável no relevo e na vegetação, deixando para trás os Campos das Vertentes e penetrando a Zona da Mata, com o seu vale do Rio Preto. É a nossa segunda etapa, a 7ª descrita no site da Volta das Transições. 
A Pousada Chalés Camará, a alguns quilômetros da cidade, onde passamos a noite e tomamos o gostoso café da manhã: 
As bicicletas haviam ficado na cidade de Bom Jardim e nosso carro de apoio nos levou de volta para lá: 
A pacata cidade de Bom Jardim de Minas assim se apresenta: 
Hoje é dia de mata Atlântica, fechada, úmida, maravilhosa. Região onde estão as serras do Pacau e da Mira, um divisor de bacias hidrográficas, tendo do lado de Santa Rita de Jacutinga os afluentes que desembocam no Rio Preto e do lado de Bom Jardim de Minas, aqueles que deságuam no Rio Grande. 






O relevo se revela em toda a sua magnitude, no esplendor da Mantiqueira e a serra tem que ser transposta, para a sequência da jornada: 







Um lugar idílico:
Após o km 12 e a transposição da serra, temos uma descida de cerca de 15 km, um verdadeiro prazer que só conhece quem já se soltou ao vento, só admirando a paisagem e agradecendo à vida. E aí chegamos à vila de Itaboca, km 24 do dia: 




Então, por 8 km, enfrentamos a nossa primeira "single track", margeando o rio Jacutinga, tendo à esquerda a vegetação ciliar e à direita, a montanha. Isto motivou o seguinte comentário da Eros Maria: "Pedalei pendendo para a direita, pois à esquerda estava o precipício. Se caísse, cairia para cima..." A trilha era bem estreita, mesmo, com muitas pedras e exigindo de primários, como nós, muito esforço, paradas e retomadas. 




  





Ao final da single track, a surpresa desagradável: tivemos, literalmente, que carregar as bicicletas montanha acima (aquilo nem se podia chamar de empurrar), por cerca de 600 m, por uma trilha mais larga, aberta em meio ao capim e, logo depois, descer, por mais 800 m, num caminho de vacas, com grande pedras e enormes possibilidades de quedas, caso a gente se aventurasse a descer montado: 

Mas todo grande esforço tem sempre a recompensa. Chegamos à cachoeira Boqueirão da Mira, aproximadamente no km 30 do caminho. Boqueirão, que significa fenda e Mira, que é a serra onde estávamos:
 

A poeira já nem incomodava, a gente pedalava como se não houvesse amanhã. A mente vazia, éramos só nós, o sol, a vegetação e o caminho... 


A sinalização estava lá, indicando o caminho: 
                           


O carro de apoio parecia compor com a paisagem: 
Fotografar sem montanhas por todos os lados era impossível: 





Rios de águas claras descortinavam sua beleza aos nossos olhos: 
O caminho continuava. Exigindo força nas subidas e cuidado nas descidas: 




Caminho? Onde está o caminho? 

No km 34 do dia havia a Cachoeira dos Meirelles, mas devido ao adiantado da hora, não passamos por lá. 
No km 40 tem ainda a Vila do Cruzeiro. A chegada a Santa Rita de Jacutinga se dá pela antiga Estação Ferroviária, preservada. Ali embarcavam o café produzido na região, com destino à Central do Brasil, no Rio de Janeiro. O dia termina em um nível altimétrico mais elevado que o dia anterior.
Conta-se que o nome da cidade originou-se a partir da vinda de um morador de Santa Rita de Ibitipoca para a região, trazendo uma imagem dessa santa. Associada ao nome da ave jacutinga, que existia em abundância na área, acabou resultando no nome Santa Rita de Jacutinga.

Quilometragem do dia em nossos odômetros: 48,62 km
As referências geográficas e históricas devemos ao idealizador do caminho e nosso guia, Gabriel Fortes. Assim como algumas fotos acima inseridas.
Dormimos muito bem na Pousada Portal de Minas, da Dona Márcia, muita simpatia e acolhimento.

4 comentários:

  1. Que bela paisagem, passeio em lugares de tirar o fôlego, como disse a Éros, medo de cair.

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    1. É muito lindo, Ecedir, você vai ver mais para a frente, quando pusermos as fotos do parque...

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  2. Pelo jeito tão difícil quanto o Caminho da Fé... Mas lindo demais!

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  3. Sem dúvida, Claudia! Você vai gostar!

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